Climatempo lança Índice de Churrasco: descubra se hoje é o dia ideal para acender a churrasqueira

Climatempo analisa o furacão Melissa. Acompanhe o histórico.

Negócios

O impacto do clima no varejo brasileiro

Janeiro com previsão de mais chuva no Norte do Brasil

Moda

Transição alimentar e seu impacto climático: soluções emergentes

Aumento alarmante de mortes por ondas de calor no Brasil

Alimentação

Ar muito seco predomina sobre o Brasil nos próximos dias e prejudica a saúde

Os riscos do Vírus Sincicial Respiratório durante a temporada de inverno

Saúde

Congresso das Mulheres da Energia antecipa COP30 e destaca São Paulo na transição energética

Estações meteorológicas: inteligência climática a serviço da resiliência no setor elétrico

Energia

Climatempo leva soluções que transformam o clima em vantagem competitiva à EXPOSIBRAM 2025

Reservatórios de São Paulo caem abaixo de 30%: risco de nova crise hídrica preocupa especialistas

Infraestrutura

Financiamento Climático no Brasil: BIP, Fundo Clima e Captação Internacional

Currículo Azul: educação climática pode começar pelo oceano

Governo

Belém no pós-COP30: o legado climático deixado pela capital paraense

WMO divulga relatório: 2025 deve ser o segundo ou terceiro ano mais quente já registrado

Sustentabilidade

O que é clima e como ele é definido: entenda os fatores que determinam as condições do planeta

O que é possível fazer para reduzir CO2 na atmosfera

Mudanças Climáticas

Frente fria avança sobre o Sul do Brasil e volta a chover

Sul do Brasil volta a ter chuva forte nos próximos dias

Sobe e desce das temperaturas marca a semana em São Paulo

Alerta de temporais em SP e no RJ com risco de transtornos

Sudeste

Temporais continuam no Centro-Oeste e mantêm alerta para o Mato Grosso

Chuva persiste no interior do Brasil e as instabilidades seguem no Centro-Oeste

Centro-Oeste

Chuva aumenta no interior do Nordeste

Interior do Nordeste segue quente e seco, com baixa umidade e calor intenso nos próximos dias

Nordeste

Verão amazônico em Manaus está sendo com chuva acima da média

Manaus teve segundo agosto mais chuvoso em 9 anos

Norte

Frio fora de época surpreende o Sul do Brasil em Dezembro

Frio de outubro bate recorde em décadas em algumas capitais brasileiras

Frio

Como se formam as nuvens de chuva: entenda o processo e os tipos mais comuns

Vendaval seco em São Paulo é inédito e acende alerta para novo padrão de vento extremo

Temporal

El Niño e La Niña: o que são, diferenças e impactos no clima do Brasil e do mundo

À espera da chuva, Brasília tem tarde mais quente do ano

Calor

Vento de quase 100 km/h na cidade de São Paulo

Ciclone extratropical avança pelo RS com chuva intensa e ventos fortes

Ciclone

NOAA confirma La Niña 2025: fenômeno deve persistir até o verão de 2026

Temperatura do Pacífico mantém padrão neutro em 2025

La Niña

Que embalagem é mais verde: plástico ou papel?

Livro digital ou impresso: o que é melhor para o planeta?

Entenda como as nuvens de chuva se formam, quais suas caracteristicas visuais e quando sua presença indica risco eminente de temporal. Acompanhe

Temporais continuam no Centro-Oeste com destaque para o Mato Grosso. Chuva forte, volumes elevados e calor abafado mantêm risco de transtornos nos próximos dias.

Entenda o que é El Niño e La Niña, as diferenças entre esses fenômenos climáticos e seus impactos no clima do Brasil e do mundo.

Após período de baixa umidade, instabilidades associadas a um VCAN aumentam as chances de chuva no interior nordestino.

Rajadas acima de 90 km/h sem chuva, registradas por horas, fogem do padrão histórico da capital e indicam mudanças importantes na dinâmica atmosférica

Fenômeno foi associado a fortes áreas de instabilidade que provocaram chuva volumosa em diversas regiões dos estados de São Paulo e do Paraná no fim de semana de 13 e 14 de dezembro de 2025.

Climatempo confirma tornado em Teodoro Sampaio (SP)

Temperatura varia bastante em São Paulo nesta semana. Frente fria provoca temporais, queda nos termômetros e alívio no calor antes de nova elevação no fim de semana.

SP e RJ entram em alerta para temporais a partir de terça (16). Frente fria provoca chuva intensa, com risco de alagamentos, deslizamentos e transtornos no Sudeste.

Frente fria avança pelo Sul e reforça instabilidades no Sudeste e Centro-Oeste, com risco de temporais, rajadas de até 70 km/h e queda nas temperaturas em algumas áreas.

Previsão do tempo (16/12): frente fria espalha chuva forte, temporais e ventos intensos pelo Brasil

Temporais voltam a ganhar força no Brasil nesta segunda-feira, com risco de chuva intensa, ventos fortes e transtornos em diversas regiões. Confira a previsão.

Temporais voltam a ganhar força no Brasil no início da última semana da primavera

Instabilidades se espalham pelo país com risco de temporais, volumes expressivos de chuva, rajadas de vento e calor persistente; veja a previsão completa por macrorregiões para sábado e domingo.

Previsão Fim de Semana: temporais, acumulados elevados e calor em várias regiões do Brasil

Instabilidades geram risco de temporais, chuva intensa e condições de perigo no Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Previsão Brasil (12/12): calor intenso e risco de temporais com alerta de perigo

Instabilidade atmosférica, nesta sexta-feira (12/12/2025), eleva chances de chuva intensa, granizo e ventos acima de 90 km/h.

Alerta de tempestades no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul

Tempo segue instável no Brasil com calor intenso, pancadas de chuva, temporais isolados e abafamento nos próximos dias. Veja a previsão completa.

Tempo segue instável de norte a sul do Brasil

Interior do Nordeste segue quente e seco, com baixa umidade, altas temperaturas e risco de incêndios. Calor persiste nos próximos dias em vários estados da região.

Frequência e a velocidade das rajadas de vento diminuem no decorrer da tarde desta quinta-feira, à medida que o ciclone extratropical for se afastando cada vez mais da região Sul do Brasil. Não há risco de ventania durante a sexta-feira.

Ciclone se afasta e o tempo firme volta a predominar no Sul e Sudeste, mas pancadas moderadas a fortes ainda atingem parte do Centro-Oeste, Norte e Nordeste nesta quinta-feira (11).

Previsão Brasil (11/12): Sol retorna em boa parte do país, mas há risco de chuvas e ventos fortes

Chuva forte, ventos intensos e transtornos marcam a atuação do ciclone no Sul.

Formação de um novo ciclone extratropical provoca rápida queda da pressão do ar e aumenta o potencial para temporais e rajadas intensas no Sul e em áreas do Sudeste e Centro-Oeste.

Forte queda da pressão atmosférica no Sul intensifica risco de temporais e ventos fortes

Ciclone extratropical provoca chuva forte, rajadas acima de 90 km/h e riscos em várias regiões; veja a previsão completa.

Previsão Brasil (10/12): Ciclone intensifica chuvas, ventos fortes e temporais pelo país

Informações foram divulgadas durante a Conferência Internacional de Açúcar e Etanol que reuniu mais de 1300 pessoas em São Paulo

Projeção aponta queda de 9,4% na safra 2024/25 de cana

Veja como fazer o condicionamento na fase da recria e as recomendações na época da transição das secas para o período das águas

Técnica de manejo recupera rebanho castigado pela estiagem  

Chuvas em outubro iniciam queda nos focos de queimadas, mas impactos ambientais e desafios de prevenção ainda exigem atenção para os próximos meses.

Intensificação das chuvas reduz queimadas em outubro

Chuvas ajudaram na reserva hídrica do solo e beneficia os trabalhos em campo   

Semeadura da soja avança em ritmo acelerado no PR

Previsão indica chuvas acima de 50 milímetros para algumas localidades paranaenses. Veja no mapa 

Colheita do trigo está finalizada no Paraná

Frente fria em alto mar aumenta a umidade no centro-sul e leste paulista. RMSP fica em alerta com risco para transtornos

Risco de temporal na Grande SP

Confira alguns fatos que você precisa saber sobre este o ciclone extratropical para não cair nas fakes news por aí.

Ciclone extratropical se forma esta semana entre o RS e Uruguai

Chuva intensa e frente fria trarão instabilidade ao Sul do Brasil nesta semana.








Semana chuvosa com frente fria no Sul do Brasil

Colapso oceânico pode transformar o clima do Brasil

Cidades como Vila Pavão e Rio Bananal superaram a média mensal de chuva. Frente fria mantém instabilidade e preocupa centro-norte do Espírito Santo.

Espírito Santo segue em alerta para temporais e mais chuva

Última semana do mês terá formação de ciclone extratropical e de frente fria, com potencial para provocar temporais e muito vento no Sul do Brasil.

Pancadas de chuva e ciclone extratropical fecham outubro

Chuvas fortes atingem Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, com acumulados que superaram a média mensal em algumas áreas nas últimas 24 horas.








Chuvas intensas em MG, RJ e SP superam a média de outubro em 24h

Condições para chuva diminuem no decorrer do dia. Grande SP segue com temperatura amena. Confira quanto choveu no sábado.

Domingo úmido no estado de São Paulo

Áreas de instabilidade persistem sobre SP na noite deste sábado, podendo chover com moderada forte intensidade em vários locais.

SP segue com chuva na noite deste sábado

Chuvas fortes atingem MT, MS e GO, com acumulados expressivos em Goiânia, que registrou 60% da média mensal em 24h. Alerta para alagamentos segue ativo.

Goiânia tem 60% da chuva do mês em 24h; MT, MS e GO em alerta

Chuva deve continuar entre a noite deste sábado e a madrugada e manhã de domingo (20). Risco ainda alto para transtornos!

Acumulados já ultrapassam 50mm em cidades de Minas Gerais

A chuva da primavera finalmente começou no Centro-Oeste. Os acumulados já passam de 100mm em vários locais da Região e também no Distrito Federal

Brasília supera a média de chuva de outubro com 4 temporais

A previsão é que estas áreas de instabilidades que atuam no país se intensifiquem sobre Minas Gerais e o Rio de Janeiro até o fim deste sábado

Interior do país continua com previsão de chuva forte 

América do Sul terá safra recorde de soja em área e produção, revela projeção da DATAGRO

Clima e preço favorecem cultivo da soja no Brasil 

Chuva volumosa e persistente neste final de semana, dias 19 e 20 de outubro. A chuva pode se prolongar por muitas horas seguidas, variando de intensidade! 

Climatempo alerta: Perigo de chuvas volumosas na Região Sudeste

O acumulado do ano deve ficar abaixo de 300 mil toneladas. Mudança climática afetou mercado global. Entenda

Clima impacta e safra de trigo de SP encerra com volume menor

Sistemas meteorológicos combinados deixam Centro-Oeste e Sudeste em alerta para tempo instável até segunda-feira.

Sudeste e Centro-Oeste sob alerta de chuvas intensas e temporais

Grandes áreas de instabilidades se formam no fim de semana e acumulados podem superar os 100mm até o domingo, 20 de outubro

Alerta: temporais ganham mais força no interior de SP

A República Dominicana é um paraíso caribenho com uma diversidade de atrações turísticas espalhadas por regiões icônicas. 

Destino: República Dominicana! Passeios incríveis o ano todo

Especialistas definiram cenários e expectativas para safra nos principais players internacionais

Mudanças Climáticas: novas perspectivas para o mercado de trigo

A superlua de 17 de outubro será a maior e mais brilhante de 2024. Veja onde e como observá-la, além das condições de visibilidade no Brasil.


Superlua de outubro: O que saber e como observá-la

Rio de Janeiro enfrentará dias seguidos de chuva intensa até 21 de outubro, com acumulados que podem superar 100mm. Shows de Bruno Mars terão chuva.


Chuva no Rio de Janeiro persistirá até segunda-feira

Com a previsão de mais chuva forte, há risco de ventania como na sexta-feira, 11 de outubro? Confira a previsão de chuva e de ventos.

Alerta em SP: chuva forte e ventania

A primeira quinzena de outubro começou com níveis de umidade abaixo dos 10% e o calor de 43°C, mas terminou com muita umidade e temporais. Saiba quanto choveu.

Brasil tem muita chuva nos próximos dias

A 9º edição do evento irá realizar uma final de reality show culinário ao vivo com produtoras 

Força no campo: mais de 3 mil mulheres estarão reunidas no CNMA

Semeadura da soja tende a aumentar ainda mais após as chuvas  

Plantio do milho 1ª safra avança no Paraná

Após chuvas intensas, o RS terá trégua nos próximos dias, com sol predominando em várias regiões e temperaturas estáveis.








Chuva dá trégua no RS com previsão de sol nos próximos dias

Climatempo e Defesa Civil instalam radar de alta tecnologia em Porto Alegre para intensificar o monitoramento e a resposta a eventos climáticos extremos no RS.

Radar do RS aprimora respostas a eventos extremos no estado

Aumento do nível médio dos oceanos é uma ameaça global, especialmente para ilhas e cidades costeiras. Quais as causas desse fenômeno e como podemos reagir?

Como as mudanças climáticas elevam o nível do mar?

Estado tem mais chuva prevista. Veja no mapa como fica as condições do tempo nos próximos dias 

Umidade alta pode impactar qualidade do trigo no Paraná

La Niña adia sua formação, enquanto o Brasil enfrenta um padrão neutro que persiste nas condições climáticas.

 La Niña atrasa e padrão neutro continua

Veja o vídeo enviado pelos produtores que marca o início do plantio nas duas regiões 

Chuva favorece início da semeadura da soja no PR e em GO 

A semana será marcada por chuvas intensas e temporais no Rio Grande do Sul, com acumulados expressivos no oeste, campanha e sul do estado.


Alerta de chuva e ventos fortes no Rio Grande do Sul

Após um final de semana de chuvas, a previsão aponta para intensificação das precipitações em boa parte do Brasil, aliviando a seca e marcando a primavera.

Previsão de chuva para esta semana em amplas regiões do Brasil

Veja no mapa quantos milímetros de chuva está previsto para sua região ao longo da semana

Chuva se espalha sobre as áreas de cana do Brasil

Na Campanha, o plantio está sendo limitado pelo excesso de umidade no solo. Veja como fica o tempo nos próximos dias

Fim do vazio sanitário marca o início do plantio da soja no RS 

No dia 14 de outubro, celebramos uma profissão que combina ciência, tecnologia de ponta e compromisso com o futuro: o Dia do Meteorologista

Dia do Meteorologista: Garantindo um futuro seguro e sustentável

A partir de meados da semana, a condição de novas pancadas de chuva retornam a boa parte do estado! 

Início de semana sem alertas meteorológicos no estado de SP

Tempo fica mais instável neste começo de semana no estado da Bahia. Instabilidades avançam mais para o interior da Região nos próximos dias

Chuva aumenta no Nordeste

Furacões e tornados causam ventania extrema e estão entre os mais destruidores fenômenos atmosféricos, mas são completamente diferentes entre si.

Furacão e tornado: qual a diferença?

Ventania arrancou parte da cobertura dew shopping na zona sul da cidade. Entenda o que provocou o temporal e a previsão para o fim de semana.

Temporal assusta São Paulo com ventos de mais de 100 km/h

Chuva acumulada entre o fim da tarde do dia 9 e o fim da tarde do dia 11 já representa de 70% a 80% da média de chuva para outubro.

Espírito Santo em alerta para muita chuva no fim de semana

Impacto do fenômeno será pontual. Veja a tendência para agricultura nos próximos meses

Atualização mostra cenário de La Niña entre Outubro e Novembro

Após causar 16 mortes, o furacão Milton impacta a Flórida com ventos fortes e tornados, deixando milhões sem energia.



Flórida em estado de emergência após o furacão Milton

O ar úmido permanece sobre Minas Gerais e as pancadas de chuva continuam nos próximos dias aliviando o calor e a secura do ar e da terra.

Volta a chover em Belo Horizonte depois de 170 dias de seca

Pelo meteorologista César Soares e o jornalista Djalma Albuquerque
A COP30 chegou ao fim, mas Belém permanece no centro das atenções internacionais. Ao sediar a conferência climática mais importante do mundo, a capital paraense não apenas recebeu líderes, cientistas e representantes de mais de 190 países — ela também se tornou símbolo de uma discussão que ultrapassa fronteiras: a urgência de proteger a Amazônia para garantir o futuro climático do planeta.
A escolha de Belém não foi casual. Localizada na porta de entrada da maior floresta tropical do mundo, a cidade reúne em seu território as contradições e os desafios que definem a crise climática global: eventos extremos mais intensos, mudanças nos regimes de chuva, impactos urbanos crescentes e a escalada das queimadas. Tudo isso enquanto a temperatura global já ultrapassou, em diversos momentos, o limite de 1,5°C previsto pelo Acordo de Paris.
Amazônia em evidência: por que Belém foi o palco ideal
Belém representa um ponto estratégico entre a floresta, o oceano e a dinâmica climática do Norte. Ao contrário de outras regiões do país, a capital paraense vive dois períodos bem definidos:
· inverno amazônico (chuvoso e menos quente);
· verão amazônico (seco e mais quente).
Nos últimos anos, porém, estudos meteorológicos indicam mudanças claras:
· tendência de aquecimento da temperatura média anual,
· chuvas mais irregulares,
· ocorrência de eventos incomuns, como queda de granizo,
· tempestades mais intensas e com maior potencial destrutivo.
Esses fatores tornam Belém um laboratório vivo da crise climática e evidenciam por que a presença da conferência na região era necessária para ampliar o debate global sobre florestas tropicais, bioeconomia e proteção dos povos originários.
Dados que falam: como o clima de Belém já mudou
Com base nos registros do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), análises climatológicas revelam uma curva de aquecimento contínuo. Paralelamente, a variabilidade das chuvas aumentou, impactando diretamente:
· a infraestrutura urbana,
· a saúde pública,
· o abastecimento de água,
· e a segurança alimentar.
Eventos extremos, antes raros, tornaram-se mais frequentes: consequência direta de uma atmosfera mais quente e mais carregada de umidade.
Ironia climática: queimadas disparam no Pará durante a COP30
Enquanto líderes mundiais negociavam metas e financiamentos para conter o avanço da crise climática, o Pará enfrentava um aumento expressivo de queimadas. Dados do INPE analisados pela Climatempo apontaram 451 focos de incêndio no dia 12 de novembro, além de uma elevação significativa na concentração de monóxido de carbono.
Esse poluente veio tanto de queimadas locais quanto de áreas do Nordeste, transportado por correntes de vento — mostrando como o problema é regional, complexo e interconectado.
O que ficou da COP30: avanços e desafios
A conferência encerrou com alguns marcos importantes, entre eles:
· Mobilização de US$ 5,5 bilhões em financiamento climático, com foco em países vulneráveis;
· Lançamento de um plano de ação de cinco anos para acelerar a implementação do Acordo de Paris;
· Estabelecimento de princípios para interoperabilidade de taxonomias, visando facilitar investimentos em projetos de transição justa.
Apesar dos avanços, as negociações finais destacaram uma realidade incontornável: o mundo ainda está distante de reduzir emissões na velocidade necessária para conter o aquecimento global. E regiões como o Norte do Brasil já sentem os impactos dessa lentidão.
Belém pós-COP: legado e próximos passos
A COP30 ampliou a visibilidade de Belém e de toda a Amazônia. Colocou em evidência suas vulnerabilidades, mas também seus potenciais, especialmente no desenvolvimento de uma bioeconomia sustentável e na valorização das comunidades locais e tradicionais.
Agora, com o evento encerrado, permanece a responsabilidade:
o que será feito com o protagonismo conquistado?
A discussão climática continua, e a Climatempo segue monitorando as condições meteorológicas, ambientais e os efeitos das decisões tomadas, sempre trazendo atualizações e estudos científicos ao seu público!

Como a Amazônia voltou ao centro das negociações globais e o que ficou de lição após o maior encontro climático do planeta.

A Amazônia pode estar se aproximando de um ponto crítico em que a destruição da floresta provocaria mudanças climáticas irreversíveis, alerta a Climatempo. Às vésperas do início da COP30, que acontece este mês em Belém do Pará, se reacende o alerta sobre o papel decisivo da Amazônia na regulação do clima global. O avanço do desmatamento pode levar o bioma a um ponto crítico, a partir do qual a floresta não conseguiria mais se regenerar –desencadeando um ponto de não-retorno climático.
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“Mesmo registrando a redução no ritmo de desmatamento da floresta amazônica, a área total devastada da Amazônia Legal já corresponde a cerca de 20% do bioma. O ritmo diminui, mas a floresta continua sendo derrubada”, ressalta Pedro Regoto, especialista em Clima e Mudanças Climáticas da Climatempo.
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A Amazônia é considerada um dos nove pontos de inflexão climáticos (tipping elements) do planeta – sistemas que, ao ultrapassarem determinados limites, podem sofrer alterações abruptas e irreversíveis, afetando o equilíbrio climático de todo o planeta.
No passado, estudos de modelagem apontavam que o tipping point (ponto de não-retorno) da Amazônia era atingir o limite de 40% de desmatamento. Pesquisas mais recentes, no entanto, indicam que o efeito combinado de desmatamento, das mudanças climáticas e do grande uso de fogo na floresta pode levar a um limiar bem mais baixo, entre 20% e 25%.
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“Isso significa que um desmatamento acima desse patamar nos coloca cada vez mais perto de atingir um limite irreversível de degradação, o que pode levar a floresta a se transformar em savana e causar impactos diretos e irreversíveis sobre o clima global”, explica Regoto.
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Além da Amazônia, o conceito de tipping elements, definido em 2008 pelo cientista britânico <a href="https://www.pnas.org/doi/pdf/10.1073/pnas.0705414105">Timothy M. Lenton</a>, inclui o gelo marinho do Ártico , a camada de gelo da Antártida Ocidental,  a circulação termoalina do Atlântico Norte, o fenômeno El Niño no Pacífico Equatorial, as monções asiáticas, as florestas boreais do hemisfério Norte e o permafrost – o solo permanentemente congelado do Ártico.
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Segundo Regoto, todos esses sistemas estão interligados. “Quando um deles entra em colapso, pode desencadear reações em cadeia em todo o planeta”, explica. “O degelo do permafrost, por exemplo, pode liberar o metano que está aprisionado há milhões de anos – um gás cerca de 80 vezes mais potente que o CO₂ no efeito estufa. Esse processo acelera ainda mais o aquecimento global e cria um efeito dominó climático, que pode escapar do controle humano.”
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No caso da Amazônia, o especialista alerta que o ponto crítico está estimado em 40% de desmatamento. “Se a destruição atingir esse patamar, a floresta pode não conseguir mais se regenerar, dando lugar a uma savana. Esse processo alteraria profundamente o regime de chuvas e a temperatura do planeta”, ressalta.
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Por isso, Regoto enfatiza que frear o desmatamento já não é suficiente. “Precisamos investir também na recuperação das áreas degradadas da floresta. Somente assim teremos chance de conter as mudanças climáticas de longo prazo”, afirma.
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Os efeitos do aquecimento global já são percebidos no Brasil, com diversos recordes anuais na temperatura média. Em 2024, por exemplo, ela foi de 25,02oC, o que representou um aumento de 0,79oC em relação à média histórica de 24,23oC registrada entre 1991 e 2020, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
Os recordes de calor dos dois últimos anos culminaram com desastres climáticos de grande impacto, como as tragédias no litoral norte de São Paulo e no Rio Grande do Sul.
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“Fenômenos como El Niño e La Niña sempre existiram, mas agora estão mais intensos e frequentes devido às mudanças climáticas”, destaca Regoto. “O aquecimento global é o principal fator que potencializa esses extremos.”
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Se o desmatamento da Amazônia e o degelo nas regiões polares continuarem, o planeta pode caminhar para um cenário de transformações irreversíveis.
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“Chegaremos a um ponto em que a adaptação será muito mais difícil e custosa. Precisaremos lidar com eventos climáticos cada vez mais intensos e frequentes”, alerta o especialista.
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A Climatempo reforça que a ciência já oferece evidências claras: conter o desmatamento e restaurar ecossistemas é essencial para evitar o colapso climático.
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“A Amazônia é o coração climático do planeta. Proteger e recuperar a floresta é proteger a nós mesmos”, conclui Regoto.
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Considerada estratégica para o planeta, a região tem influência direta na elevação da temperatura global, e requer não só que se contenha a destruição do bioma, mas que se invista na  recuperação da floresta.

Desmatamento da Amazônia pode acelerar aquecimento global e gerar um ponto de não-retorno climático

A Organização Meteorológica Mundial (WMO – World Meteorological Organization) divulgou nesta quinta-feira (06) o relatório “State of the Global Climate Update 2025”, que confirma a continuidade do aquecimento global em níveis recordes. O documento aponta que 2025 deve se tornar o segundo ou terceiro ano mais quente da história, consolidando uma tendência excepcional de aumento das temperaturas globais.
Os 11 anos mais quentes da história
Segundo o relatório, o período entre 2015 e 2025 deve representar os onze anos mais quentes desde o início dos registros, há 176 anos. 
A temperatura média da superfície global entre janeiro e agosto de 2025 ficou 1,42 °C ± 0,12 °C acima da média pré-industrial, reforçando a aceleração do aquecimento.
Gases de efeito estufa e calor oceânico seguem em alta
As concentrações de gases de efeito estufa e o calor armazenado nos oceanos, que atingiram recordes em 2024, continuaram crescendo em 2025. 
O gelo marinho do Ártico teve sua menor extensão já registrada após o inverno, enquanto a Antártida manteve níveis bem abaixo da média anual. 
Mesmo com pequenas oscilações naturais, a elevação do nível do mar segue uma tendência de longo prazo.
Eventos extremos aumentam e provocam impactos em cadeia
Até agosto, eventos climáticos extremos — de chuvas intensas e enchentes a ondas de calor e incêndios florestais — causaram impactos em cascata sobre vidas humanas, economias e sistemas alimentares. 
Esses fenômenos ampliaram deslocamentos populacionais e comprometeram o desenvolvimento sustentável e o progresso econômico em diversas regiões.
Aquecimento acima de 1,5 °C: “Será praticamente inevitável nos próximos anos”
“Essa sequência sem precedentes de temperaturas elevadas, combinada com o aumento recorde dos gases de efeito estufa no último ano, torna claro que será praticamente impossível limitar o aquecimento global a 1,5 °C nos próximos anos sem ultrapassar temporariamente esse limite. Mas a ciência também é clara ao afirmar que ainda é totalmente possível — e essencial — reduzir as temperaturas de volta a 1,5 °C até o fim do século.” 
— Celeste Saulo, Secretária-Geral da Organização Meteorológica Mundial (WMO)
“Cada ano acima de 1,5 °C prejudicará economias, aprofundará desigualdades e causará danos irreversíveis. Devemos agir agora, com grande velocidade e escala, para tornar esse excesso o menor, mais curto e mais seguro possível — e trazer as temperaturas de volta abaixo de 1,5 °C antes do fim do século.” 
— António Guterres, Secretário-Geral da ONU, citando o relatório da WMO em seu discurso na Cúpula Climática de Belém
Relatório apresentado durante a COP30, em Belém (Brasil)
O relatório foi publicado pela WMO para subsidiar as discussões da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém, no Brasil. 
Segundo a instituição, o documento serve como referência científica para embasar as negociações climáticas com dados confiáveis e atualizados.
O estudo destaca os principais indicadores do clima global e demonstra como os serviços meteorológicos e hidrológicos apoiam a tomada de decisão baseada em evidências científicas.
Avanço dos sistemas de alerta precoce
Desde 2015, o número de países que implementaram sistemas de alerta precoce multirriscos (MHEWSs) mais que dobrou — de 56 para 119 em 2024. 
Apesar disso, 40% dos países ainda não possuem esses sistemas, e a WMO reforça a necessidade urgente de ampliar a cobertura global.
Os Serviços Meteorológicos e Hidrológicos Nacionais (SMHNs) passaram a ter papel essencial nos planos de ação climática, oferecendo serviços de previsão sazonal e inteligência climática para agricultura, recursos hídricos, saúde e energia. 
Hoje, quase dois terços dos SMHNs prestam algum tipo de serviço climático — o dobro do índice observado há cinco anos.
Energia limpa e clima: prever é essencial
Com o clima influenciando diretamente a oferta e a demanda de energia renovável, a WMO destaca que antecipar essas variações é fundamental para o planejamento de sistemas de energia limpa confiáveis e resilientes.
Fonte oficial:
World Meteorological Organization (WMO) — State of the Global Climate Update 2025 
Publicação original em: https://public.wmo.int/en/media/news

Relatório da Organização Meteorológica Mundial alerta que 2025 deve ser o segundo ou terceiro ano mais quente já registrado, reforçando a urgência de ações globais contra o aquecimento climático.

O clima sempre foi um dos principais reguladores da vida na Terra e hoje, mais do que nunca, entender suas mudanças é essencial para planejar o futuro.
O novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP), “Climate Counts: Every Number Tells a Story”, reúne 30 indicadores que traduzem em números o impacto das mudanças climáticas sobre a sociedade, a economia e os ecossistemas.
Mais do que estatísticas, esses dados mostram tendências reais que já influenciam setores estratégicos como energia, agricultura, infraestrutura e saúde pública. E apontam caminhos possíveis para mitigação e adaptação.
Um planeta, um equilíbrio
O relatório começa lembrando o óbvio e o essencial: a Terra é o único planeta conhecido capaz de sustentar a vida.
Porém, as atividades humanas estão alterando rapidamente o equilíbrio climático que mantém essa condição. As emissões de gases de efeito estufa continuam em níveis que nos colocam em rota de aquecimento acima de 2 °C até o fim do século, superando a meta do Acordo de Paris, que busca limitar o aumento a 1,5 °C.
Cada décimo de grau faz diferença. Com 2 °C de aquecimento, o número de pessoas expostas a ondas de calor severas dobra em relação ao cenário de 1,5 °C, um dado que ajuda a dimensionar a urgência de reduzir emissões e fortalecer ações de adaptação.
O custo de agir e o custo de não agir
Um dos dados mais expressivos do relatório mostra que os prejuízos causados por eventos climáticos extremos são seis vezes maiores do que o custo estimado para cumprir as metas do Acordo de Paris.
Entre 2000 e 2019, os danos relacionados ao clima somaram cerca de US$ 16 milhões por hora, afetando a produção agrícola, a infraestrutura e a segurança energética.
Esses números reforçam que a inação é economicamente insustentável. Investir em adaptação, como sistemas de alerta, infraestrutura resiliente e gestão hídrica, é não apenas uma medida ambiental, mas uma estratégia de desenvolvimento.
Desigualdade climática e gerações em risco
Mais de 3 bilhões de pessoas vivem em regiões altamente vulneráveis aos impactos climáticos.
O relatório destaca que os efeitos das mudanças do clima não são distribuídos de forma igual: países e comunidades com menos recursos enfrentam riscos mais severos, mesmo tendo contribuído menos para o problema.
Outro dado chama atenção: crianças nascidas hoje enfrentarão até sete vezes mais eventos extremos ao longo da vida do que seus avós.
Isso inclui mais secas, enchentes e ondas de calor, situações que já impactam o Brasil, exigindo maior integração entre meteorologia, gestão territorial e políticas públicas.
Economia verde e transição energética
Os números também mostram que as soluções estão em curso.
A economia verde já representa quase 9% do mercado global e movimenta US$ 7,9 trilhões.
As fontes renováveis de energia, como solar e eólica, respondem por 15% da geração elétrica mundial, e devem mais que dobrar até 2030.
Para o Brasil, o cenário é promissor: com potencial renovável elevado e matriz elétrica majoritariamente limpa, o país pode ser protagonista na transição energética e na atração de investimentos sustentáveis.
Natureza e conhecimento tradicional como aliados
Mais de 17% das terras e águas continentais do planeta estão protegidas, mas o ritmo de perda de florestas tropicais segue elevado, cerca de 18 campos de futebol por minuto.
Essas áreas são vitais para a regulação do clima e da água, além de abrigarem a maior parte da biodiversidade terrestre.
O relatório também ressalta o papel dos povos indígenas, que administram 25% das terras globais e concentram 36% das florestas intactas. Suas práticas sustentáveis e o manejo tradicional são fundamentais para manter ecossistemas equilibrados e o clima estável.
Oportunidades e soluções
O relatório da ONU destaca que cada dólar investido em adaptação e resiliência pode gerar mais de dez dólares em benefícios em dez anos.
Investimentos em infraestrutura verde, tecnologia, gestão de riscos e sistemas de alerta antecipado reduzem impactos, protegem vidas e impulsionam o crescimento sustentável.
Atualmente, 28% das emissões globais já estão cobertas por mecanismos de precificação de carbono, um instrumento econômico que incentiva a redução de emissões e o financiamento de projetos de baixo carbono.
Clima: o eixo de todas as decisões
Com quase metade da população mundial abaixo dos 30 anos, as decisões tomadas hoje definirão o cenário climático das próximas décadas.
A mensagem do relatório é clara: o futuro não será apenas determinado pelas condições do clima, mas por como governos, empresas e cidadãos vão se adaptar e agir diante dele.
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“Quando transformamos previsão em decisão, o risco vira eficiência. Adaptação não é custo: é continuidade operacional. O papel da meteorologia aplicada é antecipar cenários e apoiar escolhas que preservem vidas, ativos e produtividade.” — Pedro Regoto, especialista em clima e Head de Operações da Climatempo
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Na Climatempo, acompanhamos essa transformação diariamente.
Por meio da análise de dados meteorológicos e climáticos, contribuímos para que empresas, setores produtivos e gestores públicos tomem decisões baseadas em ciência, reduzindo riscos e aproveitando oportunidades.
Fonte: Relatório Climate Counts: Every Number Tells a Story — Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP), 2025.

Inspirado no relatório Climate Counts, da ONU, que reúne 30 indicadores globais sobre as mudanças climáticas, o release destaca os principais dados e tendências que impactam diretamente o Brasil e a América do Sul.

Indicadores que mostram como o clima molda o nosso futuro

A Climatempo, referência em consultoria meteorológica e inteligência climática na América Latina, ganhou destaque na mídia ao anunciar a criação de um comitê de diversidade e a intensificação de ações voltadas à inclusão no ambiente corporativo. A iniciativa reflete o compromisso da empresa em unir ciência, inovação e pluralidade para enfrentar os desafios climáticos de forma mais humana e colaborativa.
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Climatempo intensifica cultura de inovação e diversidade
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De acordo com Stephanie Poloni, Analista de RH da Climatempo, a diversidade é um dos motores da criatividade e da inovação tecnológica que movem o trabalho das equipes.
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“Ao promover espaço para talentos diversos, a Climatempo estimula o pluralismo de ideias e experiências em um ambiente dinâmico e engajador. Essa troca é essencial para o desenvolvimento científico e tecnológico que aplicamos às soluções oferecidas aos nossos clientes”, afirma.
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O novo comitê surge após uma pesquisa interna que mapeou diferentes identidades de gênero, orientações sexuais e perfis profissionais entre os colaboradores da empresa. O diagnóstico reforçou a riqueza dessa pluralidade e apontou caminhos para fortalecer a representatividade, especialmente nas áreas de liderança. Hoje, 37,5% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres, incluindo posições estratégicas como o cargo de CEO, ocupado por Patrícia Madeira.
Para Patrícia, a diversidade vai além de um valor corporativo — é um diferencial competitivo.
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“Temos um histórico sólido de inovação e estamos ampliando nossos espaços para talentos diversos na ciência aplicada ao clima. Acredito que a diversidade é o verdadeiro motor do crescimento sustentável de qualquer empresa — é ela que impulsiona novas perspectivas, amplia nossa capacidade criativa e nos conecta com a complexidade do mundo real. Em um país tão rico quanto o Brasil, essa diversidade é uma força natural”, ressalta.
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Além do comitê, a Climatempo também investe em programas de capacitação, mentorias e parcerias acadêmicas, fortalecendo sua atuação como agente transformador. Essas ações fazem parte de um movimento mais amplo dentro do grupo StormGeo — empresa global de inteligência meteorológica que integra o grupo Alfa Laval — e refletem a visão de futuro da Climatempo: um espaço onde a ciência climática, a tecnologia e as pessoas caminham juntas para construir soluções inovadoras e inclusivas.
Com mais de três décadas de história, a Climatempo segue mostrando que a inovação nasce da diversidade de ideias — e que a previsão do tempo pode, sim, ajudar a construir um futuro mais sustentável, colaborativo e humano.

Comitê interno e novas iniciativas fortalecem a cultura de inclusão e ampliam o espaço para talentos diversos na meteorologia aplicada e na tecnologia climática.

Climatempo é destaque na mídia por promover inovação e diversidade na ciência do clima

Das 1.024 praias brasileiras analisadas em um estudo publicado na revista Environmental Research em 24 de setembro, 69,3% estavam poluídas por microplásticos. Com menos de cinco milímetros – algo como um grão de arroz –, esses fragmentos podem afetar a biodiversidade, a segurança alimentar, a saúde humana e até as atividades econômicas do ambiente marinho e costeiro.
A pesquisa faz parte do projeto MicroMar, liderado pelo Instituto Federal Goiano (IF Goiano). Segundo o artigo, o estudo é o mais extenso levantamento padronizado conduzido não só no Brasil, mas em todo o Sul Global.
&#8220;O MicroMar representa um marco porque, pela primeira vez, conseguimos ter uma visão abrangente e sistemática da contaminação por microplásticos ao longo das praias brasileiras. Isso gera um banco de dados inédito, que pode ser usado de maneiras muito concretas&#8221;, avaliou Guilherme Malafaia, professor do Departamento de Ciências Biológicas do IF Goiano e coordenador da pesquisa.
O estudo também mostrou que a concentração de microplásticos é apenas parte do problema. &#8220;A principal mensagem do projeto não é só identificar onde há plástico, mas também onde estão os mais perigosos e quais áreas concentram os maiores riscos&#8220;, explicou Thiarlen Marinho da Luz, doutorando em Biotecnologia e Biodiversidade pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e primeiro autor do artigo.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) disse acompanhar as pesquisas sobre o tema. Em nota enviada à DW, destacou a importância da Estratégia Nacional Oceano sem Plástico (ENOP), publicada no dia 1º de outubro. &#8220;É uma iniciativa inédita do governo federal que orienta e coordena ações estratégicas, sinérgicas e multissetoriais para a prevenção, redução e eliminação da poluição por plástico no oceano até 2030&#8221;, informou o MMA.
<h2>Presença e risco</h2>
Para detectar os microplásticos e seus riscos, os pesquisadores seguiram algumas etapas. Primeiro, selecionaram 1.024 praias em 211 municípios de todos os 17 estados costeiros do Brasil, cobrindo aproximadamente 7,5 mil quilômetros de litoral. Depois, coletaram 4.134 amostras de areia entre 2022 e 2023, levando-as para o mesmo laboratório.
A partir daí, os pesquisadores analisaram a quantidade de microplásticos por quilograma de areia em cada praia, encontrando a poluição em 69,3% delas. Os estados com os valores médios mais elevados foram Paraná, Sergipe, São Paulo e Pernambuco.
Das 30 praias com maior concentração de microplásticos, oito estavam em Pontal do Paraná (PR) – entre elas Barrancos, que ficou no topo do ranking, com 3.483,4 itens por quilograma de areia. Questionada pela DW, a prefeitura informou que não conhecia o estudo. E levantou a hipótese de que esses materiais cheguem ao município, principalmente, pelas correntes marítimas.
O passo seguinte foi calcular o Índice de Perigo do Polímero (PHI, na sigla em inglês), que mediu o quão tóxico eram os microplásticos encontrados. Os estados com maiores valores neste índice foram Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Maranhão e Pará.
Para ter uma ideia de como o cálculo mudou o cenário, a praia de Barrancos, apesar de ter a maior densidade de microplásticos, caiu para a 107ª posição. Já a praia Paraíso, em Torres (RS), com poucos fragmentos encontrados comparados à realidade nacional, ficou no topo do ranking.
Mas o estudo deu outro passo: combinou a quantidade de microplásticos com o perigo dos materiais, através do cálculo do Índice de Risco Ecológico Potencial (PERI, na sigla em inglês). Os estados com os maiores valores encontrados foram Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Piauí e Maranhão.
Novamente, a praia Paraíso teve o índice mais alto. Apesar de não ter tantos microplásticos, foram encontradas amostras de materiais considerados mais tóxicos, como o PVC. A prefeitura de Torres não respondeu aos questionamentos da DW.
<h2>Risco aos banhistas?</h2>
Os microplásticos funcionam como pequenos fragmentos de poluição, explicou o professor Guilherme Malafaia, do MicroMar. &#8220;Eles podem ser ingeridos por organismos marinhos – desde o plâncton até os peixes – interferindo na nutrição, crescimento e reprodução dessas espécies. Isso gera um efeito em cascata, ou seja, se a base da cadeia alimentar sofre, todo o ecossistema fica comprometido.&#8221;
Para os seres humanos, a principal preocupação é indireta, por meio do consumo de peixes e frutos do mar contaminados. &#8220;Para os banhistas, a presença de microplásticos na areia não representa, no momento, um risco direto de intoxicação. Entretanto, é importante destacar que esses fragmentos podem atuar como ‘esponjas ambientais&#8217;, absorvendo metais pesados, pesticidas e até microrganismos patogênicos&#8220;, pontuou Malafaia.
De forma geral, a proximidade de galerias de águas pluviais e esgoto, fozes de rios e áreas altamente urbanizadas explica boa parte da poluição. O estudo também apontou três frentes urgentes para resolver o problema: conter o lixo antes de chegar ao mar (drenagem urbana e manejo de resíduos), reduzir a carga plástica nas bacias hidrográficas e implementar metas regionais de monitoramento.
<h2>Da fonte ao mar</h2>
Apesar dos inúmeros alertas dos cientistas, o combate à poluição por plásticos e microplásticos enfrenta resistências. Em agosto, um acordo histórico no âmbito do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) para resolver o problema foi bloqueado pelos países produtores de petróleo.
No Brasil, dois projetos de lei de 2022 seguem tramitando: o PL 2524, que propõe restringir plásticos de uso único e criar metas de reciclagem, e o PL 1874, que institui a Política Nacional de Economia Circular. O MMA acredita que o cenário pode mudar com a Estratégia Nacional Oceano sem Plástico (ENOP).
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<li>&#8220;Os objetivos da ENOP se ancoram no enfrentamento à poluição por plástico em todo o ciclo de vida do material, desde a extração de matérias-primas até a destinação final, para proteger recursos naturais e a biota marinha, incluindo o cuidado com cadeias alimentares e os efeitos do microplástico&#8221;, informou, em nota. Essa abordagem é chamada de &#8220;da fonte ao mar&#8221;.</li>
</ul>
Em 90 dias deve ser lançado um plano de ação baseado na estratégia, conforme o MMA. &#8220;A expectativa é que o trabalho realizado a partir desta estratégia seja um marco para engajar consumidores e mercado em alternativas mais sustentáveis ao plástico, ampliar o acesso a financiamento, debater a revisão e orientação de subsídios que agravam impactos ambientais e sociais negativos, promovendo por fim dignidade, saúde e inclusão social.&#8221;
Para Thiarlen Marinho da Luz, primeiro autor do estudo publicado na Environmental Research, a sociedade está consciente do problema, mas falta ação. &#8220;As pessoas estão conscientes de que uma tartaruga pode comer uma sacola, de que o remédio pode causar dano nos peixes. Agora, se elas são sensíveis à causa, eu acredito que não.&#8221;
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Maior levantamento do tipo revela que sete em cada dez praias apresentam fragmentos plásticos.

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