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Quando se confirmou em maio de 2015 que um novo episódio El Niño estava em desenvolvimento no oceano Pacífico Equatorial, e que poderia ser um evento forte, já se considerou a chuvarada sobre o Sul do Brasil na primavera. Um dos efeitos clássicos do El Niño é o aumento da chuva sobre o Sul e especialmente nesta estação. Outro efeito é a redução da chuva sobre o Nordeste, embora a primavera já seja uma estação de pouca chuva para a maioria das áreas desta Região.
Já o Sudeste e o Centro-Oeste, em anos normais, esperam justamente o aumento gradual da chuva durante a primavera. É época normalmente de calor e o aumento da umidade que vai ocorrendo no decorrer da estação faz com que as pancadas de chuva fiquem cada vez mais frequentes.
Mas 2015 não é um ano normal. É um ano de El Niño e que fá se mostrou forte. O fenômeno caracterizado por um aquecimento acima do normal nas águas do oceano Pacífico Equatorial, modifica o padrão de ventos e de pressão atmosférica em várias regiões do globo. Embora a principalmente influência do fenômeno no Sudeste e no Centro-Oeste seja sobre a temperatura, o El Niño também tem alguma interferência no padrão da chuva.
Após meses com predomínio de dias com sol forte e tempo seco nas duas Regiões, e depois do período de calor extremo entre os dias 14 e 23 de outubro sobre o Brasil, um grande mudança pode ser observada. As nuvens voltaram a se formar e as pancadas de chuva começaram a pipocar. Uma frente fria conseguiu chegar ao sul da Bahia. Será que esta mudança veio para ficar? A chuva finalmente será mais frequente nas próximas semanas? A seca no norte de Minas e no Espírito Santo poderá terminar no verão? Confira a entrevista com o meteorologista Alexandre Nascimento.