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18/06/2016 às 16:06
por César Soares
Atualizado 18/06/2016 às 16:08
A manhã de sábado (18) chamou a atenção por conta da formação de um forte e denso nevoeiro sobre a Região Metropolitana de São Paulo. Em situações meteorológicas nas quais há a presença de uma forte massa de ar seco atuando, é comum a formação deste tipo de fenômeno.
O nevoeiro também trouxe transtornos, o aeroporto de Congonhas ficou fechado por três horas durante o período da manhã.
Saiba mais sobre a formação do nevoeiro
Normalmente o nevoeiro se dissipa rapidamente em situações de aquecimento da atmosfera, afinal conforme ocorrem movimentos verticais na atmosfera, o ar mais úmido também é transportado para camadas mais elevadas. Não foi o caso do nevoeiro deste sábado, no qual ainda era possível ser observado resquícios de nevoeiro em algumas áreas da capital durante o início da tarde, como pode ser vista nas imagens do satélite meteorológico.
Clique na imagem e acompanhe o satélite para todo o Brasil
A dificuldade de dissipação do nevoeiro tem explicação nas camadas baixas da atmosfera. Tínhamos a presença de uma camada de inversão térmica a aproximadamente 1,5 km de altura em relação à superfície.
Radiossondagem do aeroporto do Campo de Marte às 9h da manhã de 18/06/2016
A radiossondagem mostra a variação da temperatura conforme subimos na atmosfera. Note, no retângulo vermelho, que a temperatura começa a aumentar aproximadamente em 1,5 km. Sendo assim, temos a presença de uma camada de inversão térmica, isto é, a temperatura do ar aumenta conforme há a elevação da altitude.
A inversão térmica também faz com que camadas de poluentes não se dissipem, desta forma, piorando a qualidade do ar em grandes centros urbanos.
Veja também o explicando o tempo com a Maria Clara sobre o assunto
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