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    Atlântico a favor do Nordeste

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    4 min de leitura

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    O fenômeno La Niña se configurou em novembro no oceano Pacífico Equatorial leste. A La Niña ocorre quando a água do mar nesta região fica com temperatura pelo menos 0,5°C abaixo da temperatura média normal e por pelo menos três trimestres consecutivos.

    Esta alteração de temperatura causa mudanças no padrão de chuva e de temperatura em diversas regiões do globo, da mesma forma como o El Niño, fenômeno oposto ao La Niña, que se caracteriza pelo aquecimento anormal das águas do Pacífico Equatorial leste.

     

     

    Um dos efeitos clássicos no Brasil relacionados com o fenômeno La Niña é o aumento da chuva sobre o Nordeste. Mas no caso da Região Nordeste, tão ou mais importante do que saber como está a temperatura no Pacífico Equatorial, é saber qual a situação do oceano Atlântico que banha todo o Nordeste. É preciso analisar com cuidado o que o que acontece em relação à temperatura do Atlântico, pois é isto que vai regular a intensidade e o deslocamento dos dois mais importantes fenômenos atmosféricos que provocam quase toda a chuva do Nordeste no decorrer do ano: a ZCIT - Zona de Convergência Intertropical e os DOL - Distúrbios Ondulatórios de Leste -, dentro dos quais se enquadram as Ondas de Leste.

     

    Veja a Climatologia de chuva do Nordeste nos mapas abaixo. Repare na escala de cores.

    A chuva da porção norte do Nordeste, entre o Maranhão e o Rio Grande Norte é fundamentalmente influenciada pela força e posicionamento da ZCIT. Quase toda a chuva do ano ocorre no verão e em parte do outono.

     

    A chuva da costa leste, do Rio Grande do Norte ao norte da Bahia, depende fortemente das Ondas de Leste e também das frentes frias de outono/inverno. A maior parte da chuva do ano ocorre nos meses de outono e inverno.

     

     

    Por uma combinação de diversos fatores, o Nordeste está a cerca de 5 anos tendo períodos chuvosos ruins, com chuva abaixo da média, na costa norte como na costa leste da Região.

    O ano de 2016 que começou com forte influência de El Niño, que tirou a chuva do Nordeste, termina em La Niña que devolve a chuva. O mais importante é que o oceano Atlântico está favorável. As águas mais quentes terão um papel especial sobre a ZCIT e sobre as Ondas de Leste.

    Os mapas mostram a anomalia (diferença em relação à média) da temperatura da superfície do mar do Atlântico e do Pacífico no mesmo período em 2015 e em 2016.

     

    Atlântico contra o Nordeste: relembre a situação da primavera de 2015

     

    Em 2015, tínhamos um El Niño forte e o Atlântico frio banhando o Nordeste.

     

     

    No fim de 2016 e por todo o verão de 2017 temos uma La Niña fraca e a água do Atlântico com temperatura um pouco acima do normal. A diferença entre os dois mapas é muito grande!

     

     

     

    Qual o efeito da La Niña sobre o Nordeste no verão 2016/2017? O Atlântico vai ajudar a trazer a chuva da ZCIT? Veja a análise do meteorologista Alexandre Nascimento.

     

     

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