Quando a chuva vai parar na Grande SP?

22/01/2017 às 00:12
por Josélia Pegorim

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Nível dos rios preocupa

A chuva não para na região da Grande São Paulo. Desde o fim da manhã do dia 18 de janeiro, a chuva praticamente não deu trégua. Na noite do sábado, 21, já eram quase 72 horas de chuva ininterrupta.

Do dia 1 até o dia 21 de janeiro, pela medição automática do Instituto Nacional de Meteorologia no Mirante de Santana, na zona norte da cidade de São Paulo, o volume de chuva chegava a aproximadamente 430 mm. A média de chuva para janeiro fica entre 230 mm e 260 mm.

 

Confira a previsão para o estado de São Paulo para os próximos dias  

 

Chuva continua

A preocupação com transbordamento dos rios, enchentes, grandes alagamentos e deslizamento de terra é grande na região metropolitana de São Paulo porque o tempo instável deve persistir até a segunda-feira. Até lá, o céu cinza e a chuva vão predominar, com alguns períodos de melhora. Neste domingo, a Grande São Paulo continua tendo chuva contínua, com poucos momentos de trégua.

A temperatura segue amena na Grande São Paulo por causa da chuva e da falta do sol.

A partir da terça-feira, a instabilidade deve enfraquecer permitindo a volta dos períodos com sol. A temperatura sobe e volta fazer calor, mas a chuva vai continuar ocorrendo não de forma contínua, mas na forma de pancadas que podem ser moderadas a fortes em diversas áreas da capital e da Grande São Paulo

 

 

 

Circulação de ZCAS

A circulação de ventos sobre a América do Sul nos últimos dias permitiu a formação da ZCAS - Zona de Convergência do Atlântico Sul - sobre o Brasil. A ZCAS é um dos principais sistemas meteorológicos típicos do verão e que provoca chuva volumosa por pelo menos 4 dias consecutivos especialmente sobre estados do Norte, do Centro-Oeste e do Sudeste do Brasil. É caracterizada por extensos e persistentes aglomerados de nuvens de chuva que cruzam o Brasil do Norte até o Sudeste e se estende pelo oceano Atlântico Sul.

 

Entenda a diferença entre ZCAS e ZCIT

 

Muitas vezes, a grande instabilidade que se forma sobre o continente fica acoplada e é reforçada por frentes frias que avançam pelo mar até a costa da Região Sudeste

A posição e abrangência das áreas de instabilidade de uma ZCAS muda de uma verão para outro, tem variação de intensidade e do número de dias em que atua.

No caso da Região Sudeste, no evento deste janeiro de 2017, a chuva da ZCAS está privilegiando São Paulo, o centro-sul do Rio De Janeiro e de Minas Gerais.

 

 

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Rios cheios

A chuva volumosa e contínua que vem caindo sobre a Grande São Paulo desde o dia 15 de janeiro elevou perigosamente o nível dos rios e córregos na Grande São Paulo.

No começo da noite do sábado, 21, o córrego Ipiranga voltou a transbordar. Por volta das 22 horas, o rio Tietê alcançava a cota de alerta em dois pontos no Estaleiro (Mogi das Cruzes) e na ponte do Limão, na zona norte da cidade de São Paulo. Na altura da ponte do Piqueri, a cota era de atenção.

O CGE - Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura - computava 10 pontos de alagamento na capital às 22h40.

 

 

Veja quanto choveu na cidade de São Paulo entre 21h do dia 20 e 21h do dia 21 de janeiro de 2017

 

 

 

 

Maiores volumes de chuva registrados pela rede telemétrica do Alto Tietê (SAISP)

 

Córrego Itaquera - Rua Santa Divina - 60,0mm

Rio Pinheiros - Ponte Cid. Universitária - 59,8mm

Córrego Pirajuçara - Sharp - 55,8mm

Córrego Jacú - Jd. Pantanal - 52,7mm

Rio Tietê - Anhembi - 50,8mm

Córrego Mandaqui - Rua Zilda - 50,2mm

Rio Tietê - Ponte do Limão - 48,2mm

Córrego Tremembé - R. Gareb Gananian - 47,8mm

Rio Tietê Barragem Móvel Montante - 44,8mm

Ribeirão Vermelho - Anhanguera - 40,8mm

 

Nível do rio Tietê - 21/0717

 

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São Paulo - SP

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5mm / 90%

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30mm / 67%