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Como uma das condições do tempo características do inverno, massa de ar seco vem acompanhada de sistema da alta pressão atmosférica que são áreas onde ocorrem a corrente descendente de altos níveis da atmosfera para baixos níveis, com isso inibindo a formação de nuvens. Mas não é só isso: ausência de nuvens favorece o resfriamento noturno, e como a atmosfera perde calor mais rapidamente próximo a superfície, parte superior ainda permanece mais aquecido, resultando em inversão térmica. Inversão, pois esta situação é invertida em relação a condição usual, onde a superfície está mais quente que ar superior.
Quando ocorre aquecimento próximo a superfície, parcela de ar aquecido fica mais leve e sobe, iniciando o processo de convecção. Formam-se as chamadas térmicas, e quando houver umidade suficiente, a condensação e formação de nuvens que desenvolvem verticalmente.
Já quando ocorre a inversão térmica, o movimento vertical é inibido. Para piorar a situação, é justamente próximo ao centro da alta pressão é que os ventos também são fracos. Mesmo com inversão térmica, um pouco de vento já provocaria mistura vertical, trazendo ar quente de cima. Na ausência de vento, não há nenhum mecanismo para interromper o resfriamento, que só será interrompido ao amanhecer, com aquecimento solar.
A medida que esfria, havendo umidade, ocorre a condensação do vapor de água, formando nuvens, mas em camadas, já que não há movimento vertical. São nuvens estratiformes, ou, quando próximo ao solo, formam nevoeiros. As imagens do satélite MODIS-AQUA captaram na manhã de hoje os remanescentes desta formação de nuvens nas áreas de baixada, junto a vale de alguns rios em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, áreas que ficam protegidas dos ventos.
Comparando com mapa de topografia, é possível identificar como a formação de nuvens baixas ocupam os vales. A medida que ocorre aquecimento solar, o movimento vertical mistura a camada e assim estas formações são rapidamente dissipadas.
