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Importantes reservatórios da província do Cabo Ocidental, na África do Sul, estão em níveis críticos. No início de novembro de 2017, o reservatório Theewaterskloof, principal responsável pelo abastecimento de água na região, caiu para 27% de sua capacidade. Já o reservatório Voëlvlei, o segundo maior, trabalhava com 28% de sua capacidade.
Após dois anos consecutivos de seca, o governo do Cabo Ocidental decretou estado de emergência em maio deste ano. Como o período de chuva mais intensa (que vai de abril a setembro) já terminou, as esperanças de que a Natureza aliviasse a seca ainda este ano desapareceram.
Lago Theewaterskloof na Cidade do Cabo (África do Sul) antes (acima) e depois (abaixo) da seca
As imagens captadas pelo satélite Landsat 8 - OLI, da NASA, mostram o reservatório Theewaterskloof antes e durante a seca. A primeira foto foi tirada no dia 18 de outubro de 2014, quando o reservatório trabalhava em sua capacidade máxima. A segunda foi coletada no dia 10 de outubro de 2017, quando operava com apenas 27% de sua capacidade. É interessante notar a borda em tom de marrom claro que surgiu ao redor do lago, que é um indicador do baixo nível de água.
Na animação das imagens das duas situações é possível perceber ainda melhor a impressionante redução do volume de água do lago Theewaterskloof.
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O gráfico abaixo mostra o quanto os níveis de água mudaram desde 2013. O problema começou com a falta de chuva em 2015, ano em que a estação meteorológica do aeroporto da Cidade do Cabo registrou apenas 280 milímetros de chuva até novembro, quando o normal seria de cerca de 450 milímetros.
Armazenamento de água no lago Theewaterskloof entre 2012 e 2017 (%)
Apesar de a Cidade do Cabo já trabalhar com novas instalações de dessalinização, reutilização de água e perfuração de novas fontes de água subterrâneas, as autoridades locais decretaram também um rígido racionamento de água nas residências.
Diretrizes para o uso de água, lançadas em setembro deste ano, proibiram o uso de água potável para usos não essenciais e orientou as pessoas a utilizarem menos de 87 litros (o equivalente a 23 galões) de água por pessoa por dia. A recomendação também é de reduzir banhos para menos de dois minutos, reutilizar a água do banho em qualquer local da casa e também consertar vazamentos.
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Colaborou neste texto a estagiária Amanda Sampaio.
Fonte da matéria: NASA Earth Observatory