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Nasa lança novo satélite para medir degelo polar

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ICESat-2 pode medir com elevada precisão altura da camada de gelo na Groenlândia e Antártida, bem como espessura e volume sobre o Oceano Ártico.

 

A Nasa lançou neste sábado (15/09) ao espaço o satélite ICESat-2, que vai analisar com alta precisão as mudanças na massa de gelo polar da Terra. O lançamento ocorreu na base área de Vandenberg, na Califórnia, às 6h02 (horário local, 10h02 em Brasília).

 

Segundo a Nasa, o objetivo é ampliar e melhorar a pesquisa sobre a mudança do gelo polar, que começou em 2003 com a primeira missão do ICESat e continuou em 2009 com a Operação Ice Bridge.

 

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O ICESat-2 vai calcular a alteração média anual da altura da camada de gelo que cobre a Groenlândia e a Antártida, com uma margem de até quatro milímetros, fazendo 60 mil medições por segundo.

 

O satélite vai medir também as alterações na espessura e no volume do gelo do Oceano Ártico, cuja área diminuiu em 40% desde 1980, segundo a Nasa.

 

"O ICESat-2 representa um grande salto tecnológico em nossa capacidade de medir as mudanças na altura do gelo: seu sistema de altímetro laser topográfico avançado (Atlas) mede a altura de acordo com o tempo que os fótons de luz individual demoram para viajar da nave espacial até a Terra e vice-versa", afirmou a Nasa.

 

O Atlas fará 10 mil disparos de fótons por segundo, enviando centenas de trilhões dessas partículas à superfície polar. Isso permitirá ao ICESat-2 ter uma visão muito mais detalhada da superfície do gelo do que a de seu antecessor, o ICESat.

 

Enquanto orbita a Terra, o novo satélite calculará o volume de gelo nas regiões polares quatro vezes ao ano, proporcionando um controle ao longo das estações do ano.

 

Só o derretimento das camadas de gelo da Groenlândia e da Antártida elevou o nível global do mar em mais de um milímetro por ano nos últimos anos, o que representa aproximadamente um terço do aumento total. A taxa está aumentando, segundo a Nasa.

 

A agência americana quer que os dados do ICESat-2 ajudem os pesquisadores a reduzir as incertezas nos prognósticos do aumento futuro do nível do mar e ligar essas mudanças aos fatores climáticos.

 

AS/efe/lusa/ap

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