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O último boletim do centro americano de meteorologia e oceano (NOAA) indica probabilidade de 70% de ocorrência do fenômeno, que deve atuar pelo menos até o outono de 2019.
As primeiras chuvas de setembro e outubro permitiram o início do plantio em boa parte das principais áreas cultivadas com grandes culturas como arroz, soja e milho. No entanto a confirmação da ocorrência de El Niño que deverá ocorrer em janeiro é motivo de preocupação. Aos poucos se espera uma diminuição gradual dos volumes de precipitação nos estados do Centro Oeste e Matopiba. Por outro lado, para a região Sul e para o estado de São Paulo, podemos esperar uma continuidade das precipitações, sendo até mesmo abundantes nos estados do Sul.
Embora o estabelecimento inicial dos cultivos de soja e milho tenha sido favorecido no Centro Oeste e Sudeste, o problema da ocorrência de períodos de estiagem pode comprometer a floração da soja e o pendoamento do milho, neste caso para as regiões que conseguiram plantar precocemente. Ainda assim, como é esperado um El Niño da fraca magnitude não esperamos grandes prejuízos já que as estiagens não serão prolongadas a ponto de prejudicar seriamente a primeira safra.
O problema maior é esperado para a segunda safra, e aí as estiagens mesmo que fracas podem ter um papel importante. Isso porque as reservas de água, que estão em ótimas condições devido às chuvas volumosas da primavera, tendem a diminuir em termos de qualidade. Com o padrão de chuva irregular esperado para o verão, é esperado que algumas regiões como o Matopiba, norte do Mato Grosso e centro de Minas Gerais sofram com as estiagens pontuais que devem ocorrer a partir de dezembro.
Já para o Sul, a atenção deverá ser maior em relação ao manejo fitossanitário. Com o ambiente mais quente e úmido, o controle e prevenção contra a ferrugem asiática devem ser a tônica desta safra.