Os desafios das lavouras de cana de açúcar

CompartilharsocialIconsocialIconsocialIcon

Aumentar a longevidade dos canaviais, melhorar a produtividade e otimizar os custos, são os objetivos de todos aqueles que produzem. Alcançar esses resultados exigem uma série de adequações, tecnologias e cuidados com manejo, mas sem dúvida há um fator que é fundamental nessa equação, a irrigação.

 

O clima, falta de recursos hídricos e o custo elevado de terra são alguns dos principais obstáculos do produtor de cana-de-açúcar nessa busca por melhores rentabilidades. Neste sentido, o investimento em irrigação por gotejamento tem ajudado a intensificado os ganhos e reduzido os custos operacionais.

 

A Usina Coruripe, por exemplo, é uma das pioneiras em irrigação por gotejamento em cana de açúcar no Brasil. Dois projetos instalados nas fazendas Solange e Nogueira, ambas em Iturama (MG), tem apresentado resultados expressivos de produtividade e longevidade.

 

A irrigação por gotejamento subterrâneo chegou na fazenda Nogueira em 2001 com 81 hectares. Após 12 anos de utilização do sistema, com uma produtividade média de 85 ton/ha sob colheita mecanizada e utilizando uma variedade SP 79 1011, em 2011, a Usina reformou o canavial alteramos para uma variedade mais responsiva a água, a RB 92 579, e fazendo a troca apenas dos tubos gotejadores – que representa aproximadamente 35 a 40% do custo de um projeto -, já que os demais itens, como moto bomba, filtros, etc, foram mantidos e estão em uso até hoje.

 

“Isso vem nos demonstrando a eficiência do sistema de irrigação por gotejamento, que está aumentando a longevidade e a produtividade dos nossos canaviais, além de permitir uma otimização dos custos operacionais”, destaca Carlos Ferreira, coordenador de irrigação da Usina Coruripe – Polo Iturama (MG). Após a reforma a Fazenda já está no sexto corte, com média superior a 150 toneladas por hectare.

 

Já o projeto da Fazenda Solange, instaurado em 2007, possui 117 hectares de gotejamento enterrado e na safra 2017/18 colheu média acima de 100 ton/ha em seu décimo corte. “Nesses dois casos, a longevidade e alta produtividade dos canaviais são bem claras. Para nós a irrigação é uma aliada fundamental nesse processo, por isso, somando todas nossas unidades temos aproximadamente 2.700 ha de irrigação por gotejo”, acrescenta Ferreira.

 

Segundo dados Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), em 2018 a média de TCH nas lavouras no Centro Sul atingiu 76,26, enquanto que a média das áreas irrigadas com tecnologia da Netafim foi de 131,47 ton/ha, um avanço de 55 ton/ha. No Nordeste o crescimento é ainda maior, cerca de 65 ton/ha a mais do que a média regional, que é de 54,26 ton/ha, contra 119,3 ton/ha.

 

Esses resultados positivos ocorrem porque o sistema de irrigação por gotejamento evita que a plantação sofra os efeitos do estresse hídrico, além disso, possibilita a utilização da técnica de nutrirrigação, que permite fornecer água, nutrientes e defensivos para as plantas diretamente na raiz, melhorando a produtividade da água e reduzindo a mão de obra.

 

Fonte: Netafim