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Kenneth é rebaixado para tempestade tropical

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Nesta sexta-feira, o ciclone Kenneth provocava ventos de 70 km/h no máximo em Moçambique, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, que rebaixou o fenômeno para tempestade tropical.

 

Antonio Beleza, que é funcionário do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGC), afirmou que na ilha de Ibo, onde vivem 6.000 pessoas, 90% das casas foram destruídas.

 

A agência meteorológica da França informou que entre 600 e 800 mm de chuva são esperados para os próximos dias. Há potencial para alagamentos. 

 

O Instituto nacional de Gestão de Calamidades de Moçambique (INGC) informou que uma pessoa morreu após ser atingida por um coqueiro em Pemba, principal cidade e capital da província de Cabo Delgado, na fronteira com a Tanzânia. Além de derrubar os coqueiros, os ventos empurraram os barcos até a praia de Wimbi. Apenas no distrito de Palma, 36 mil famílias estão em áreas de risco, segundo estimativas do INGC.

 

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Trajetória do Kenneth

 

O ciclo Kenneth atingiu Moçambique na última quinta-feira (25) e provocou estragos no norte do país. Embora tenha perdido força, a tempestade tropical deve provocar fortes chuvas com potencial para provocar inundações e deslizamentos no país, que ainda se recupera do devastador ciclone Idai.

 

Foi um ciclone de categoria 3, com ventos de 160 km/h. O Idai foi pior, era de de categoria 4", afirmou o porta-voz do Instituto Nacional de Meteorologia, Acacio Tembe.

 

A porta-voz da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Clare Nullis, informou que não há dados na história sobre duas tempestades de tamanha intensidade atingirem Moçambique na mesma temporada.

 

Comores

 

Antes de chegar a Moçambique, o ciclone passou pela ilha de Comores, no leste africano. Os ventos de até 140 km/h causaram blecautes generalizados na parte norte da ilha principal, Grande Comore, na capital Moroni e na ilha de Anjouan. Três pessoas morreram.

 

Idai

 

Em março, o ciclone Idai deixou mais de mil mortos em Moçambique, Malui e Zimbábue. A região da cidade moçambicana da Beira, a segunda maior do país, foi a mais atingida pelos ventos e pelas severas inundações. Milhares de pessoas ficaram desabrigadas.

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