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O ar está imundo na Grande SP

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Foto de Marcelo Pinheiro, São Paulo (SP) em 12/7/2019

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Exatamente uma semana depois de ter tido o dia mais chuvoso em julho em 76 anos de medições, a cidade de São Paulo se vê sufocada por um ar parado e imundo.

Com a falta de chuva e de vento nos últimos dias, a qualidade do ar que piorou muito na região da Grande São Paulo.  A semana termina com qualidade do ar ruim em algumas áreas da capital paulista e durante o fim de semana, o ar vai continuar bastante poluído.



Esta era a imagem do horizonte de São Paulo às 7h30 da manhã da sexta-feira, 12 de julho. A faixa meio cinza, meio marrom no fundo é a camada de poluição que ficou mais visível nos últimos dias. 



Foto de Marcelo Pinheiro, São Paulo (SP) em 12/7/2019

 

Na noite da sexta-feira, por volta das 20 horas, a qualidade do ar foi considerada ruim na região do Itaim Paulista e na ponte dos Remédios (marginal Tietê), segundo a CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Nos dois casos, a quantidade de MP 2,5 (material particulado fino) estava acima dos padrões aceitáveis. 

 

O poluente MP2,5 é uma dos piores. Isto significa uma poeira fina que penetra facilmente no corpo humano e atinge os alvéolos, uma parte muito delicada dos pulmões, onde é feita as trocas gasosas entre o ar e o sangue.

 

A maioria das áreas da Grande São Paulo tinha qualidade do ar moderada. O ar foi considerado bom apenas em Cerqueira César, em Itaquera, Nossa Senhora do Ó e em Santo André/Capuava.

 

Efeitos no corpo humano

A poluição prejudica diretamente a saúde humana. Em dias muito mais poluídos do que o normal, quando a qualidade do ar está ruim, a população de forma geral pode ter sintomas como ardor nos olhos, nariz e garganta, tosse seca e cansaço.

Pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas, idosos e crianças têm os sintomas agravados. 

 

 

Proteja-se!

O ar vai continuar imundo neste fim de semana. Algumas ações simples e baratas podem ser muito eficientes para aliviar os efeitos nocivos da poluição excessiva.

 

Neste fim de semana beba mais água, lave mais vezes as mãos, os olhos e as narinas. Uma injeção de soro caseiro nas narinas é uma boa forma de hidratação. Inalação com soro caseiro também é uma dica para quem tem problemas respiratórios crônicos. 

 

Quem tem  doenças cardíacas ou pulmonares, idosos e crianças devem evitar fazer esforço físico pesado ao ar livre em dias muito poluídos. 

 

Curta o sol e passeie à pé por aí! Se puder não circular de carro pela Grande São Paulo no fim de semana, vai ajudar a não aumentar ainda mais a sujeira no ar.

 

Por que secura do ar afeta a sua saúde?


Trio da sujeira

A qualidade do ar ruim na Grande São Paulo também foi observada na quinta-feira, 11 de julho. Portanto, já foram dois dias consecutivos de sujeira bombando no ar e pode ficar um pouco pior neste fim de semana. 

 

Três fatores se juntaram para que a concentração de poluentes aumentasse. O trio da sujeira é formado pela falta de chuva, ar parado (falta de ventos) e inversão térmica em camadas atmosféricas baixas, mais próxima do solo. 

 

Mas tudo é consequência da massa de ar seco que vem atuando por quase todo o Brasil os últimos dias. Essa massa seca está associada a um forte sistema de alta pressão atmosférica que é o causador da inversão térmica. O centro deste sistema de alta pressão tem estado perto de São Paulo nos últimos dias e isto fez o vento parar e o ar secar. Sem nuvens, nada de chuva. 

 

O que é inversão térmica?

 

Dupla da limpeza

A melhor e mais eficiente dupla de faxineiros da atmosfera é formada pela chuva e pelo vento. Um dia de chuva, e que nem precisa ser temporal, faz uma verdadeira limpeza na atmosfera. 

Mesmo sem chuva todos os dias, a presença de vento constante, mesmo fraco a moderado, dificulta o acúmulo de poluentes. O vento movimenta o ar, funciona como um ventilador que mistura as camadas de ar em todas os sentidos: para cima, para baixo, de um lado para o outro.

 

 

Quando vai chover?

Neste sábado, 13 de julho, a qualidade do ar na Grande São Paulo pode até piorar porque o ar deve continuar parado e não tem previsão de chuva. 

No domingo, 14, a situação pode ser menos pior porque deve voltar a ventar com a aproximação de uma frente fria. 

Esta frente fria deve passar pelo litoral paulista na segunda-feira, 15 de julho, e pode provocar um pouco de chuva fraca.

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