Focos de queimadas no BR é o maior dos últimos 5 anos

15/08/2019 às 13:32
por Angela Ruiz

Atualizado 15/08/2019 às 16:24

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Em comparação a 2018, o número de focos neste período teve um aumento de 70%

A forte massa de ar seco que está sobre o País tem deixado o tempo aberto com sol forte, calor e umidade baixa em todo o Centro-Oeste, no interior do Nordeste, no centro-sul da Região Norte e em grande parte do Sudeste. E, isto tem contribuído para o aumento das queimadas pelo país.

 

É comum nesta época do ano a configuração destas massas secas devido ao regime de circulação dos ventos em todos os níveis da atmosfera, que impedem a formação de nuvens de chuva e dificultam o avanço de frentes frias sobre o País, segundo os meteorologistas da Climatempo.

 

No Centro-Oeste, tem chovido pouco ou quase nada desde junho. A ausência de chuva, a baixa umidade relativa do ar e o vento têm contribuído para um grande aumento dos focos de queimadas sobre o Brasil.

 

Focos de queimadas 

 

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE, o n[úmero de focos do satélite de referência (AQUA_M-T) acumulados por país da América do Sul entre os dias 01/Jan e 14/Ago de cada ano, de 2015 a 2019, totalizaram 63.336 focos de incêndio. Em comparação com outros países da América do Sul este valor é bastante elevado. Em comparação a 2018, o número de focos neste período teve um aumento de 70%.

 

A Bolívia vem em segundo lugar, com um total acumulado de 26.407 focos e na Colombia, o número de focos acumulados chega a 14.013. Aqui no Brasil, o estado que lidera o ranking de incêndios é o Mato Grosso, com um total de 12.438 focos observados, seguido pelo Pará, com 7267. E em terceiro lugar aparece o estado de Tocantins, com acumulado de 5385 focos.

 

Foto: www.istock.com.br 

 

Tempo continua seco

 

Pelo menos até sábado, o tempo continua seco no Sudeste, Centro-Oeste, no interior da Bahia e do Maranhão, em Santa Catarina, Paraná, Tocantins, Acre, Rondônia e no sul em leste do Pará. As condições meteorológicas permanecem favoráveis para o alastramento destes focos de incêndio, sobretudo na porção central do País.