Fumaça das queimadas no Brasil

28/08/2019 às 06:56
por Angela Ruiz

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Tempo seco ajuda a aumentar focos de fogo

Agosto é considerado o auge da seca do inverno no Brasil. Falta de chuva, umidade do ar muito baixa e fumaça no ar, por conta do aumento das queimadas, são problemas comuns em muitas áreas de todas as Regiões do país. A vegetação está mais seca e fica mais fácil do fogo se alastrar. A inalação e o contato inevitável com a fumaça podem acarretar problemas respiratórios na população.

 

Nesta quarta-feira, quase todo o interior do país continua com predomínio de uma massa de ar seco. Sem chuva e com a falta de vento, as condições para o acúmulo da fumaça devido às queimadas é maior, nestas localidades.

 

Dados da tabela anual comparativa do Inpe, mostram que na área denominada de biomas do Brasil, no período entre 01/01 a 26/08 a Amazônia lidera o ranking com 42.719 focos e em segundo lugar o Cerrado com 25.121 focos, seguido do bioma Mata Atlântica com 8.595.

 

Ainda, segundo dados do INPE- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais em sua página na internet sobre monitoramento de queimadas, em relação a Amazônia a diferença é de 128% se comparado a 2018. Mas, se comparar com o ano de 2016, a diferença é bem menor, 15%.

 

Nos próximos dias, a circulação de ventos vai concentrar muita umidade em parte do litoral norte do país e no leste da Região nordeste. Nuvens de chuva também vão se formar no Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, boa parte do Amazonas e do Pará. Até sexta-feira as condições são favoráveis para pancadas de chuva nestas áreas. No Sul do país, a passagem de uma frente fria colabora para ocorrência de chuva, principalmente no fim de semana.

 

Fumaça das queimadas

 

Os focos de fogo de queimadas continuam se espalhando pelo Brasil. Segundo levantamento do Sistema de Monitoramento de Queimadas por Satélite do INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, do dia 01 de Janeiro até o dia 26 de Agosto, o Brasil registrou 82.285 focos de fogo. No mesmo período do ano passado foram registrados 45.656 focos, uma diferença de 80%.

 

Mato Grosso lidera o ranking dos estados com o maior número de queimadas detectadas desde o início deste ano. Ao todo já são 15.476 focos contra os 7.915 registrados no mesmo período do ano passado.

 

O aumento das queimadas nesta época causa desconforto muito grande para a população e deixa o ar mais poluído, agravando problemas de saúde. Mas outro problema é que o excesso de fumaça no ar prejudica a visibilidade não só nos aeroportos, mas também nas estradas, alerta a Climatempo.

 

Acre

 

Dados da Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema) mostram que mais de 2,8 mil focos de queimadas já foram registrados até o mês de agosto. O governo do estado decretou estado de emergência. Dois aviões Hercules da Força Aérea Brasileira (FAB) estão trabalhando para combater as queimadas em Rondônia e no Acre. Cerca de 900 militares atuam na operação nos dois estados.

 

 

 

No estado acreano, os municípios de Feijó, Tarauacá e Sena Madureira são os que mais registraram focos de queimadas entre 1º e 25 de agosto. Somados, as cidades têm 1.232 mil focos, sendo Feijó com 576, Tarauacá com 377 e Sena Madureira com 279. Na capital acreana Rio Branco, o total acumulado de focos de queimadas registrados no período avaliado foi de 200.

 

Foto de Romeu Silva, Rio Branco (AC)

 

 

 

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