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    Região Sul possui 3.042 áreas de risco para deslizamentos

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    Um projeto transdisciplinar da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) pode auxiliar municípios e regiões a detectarem, por meio de um sistema inteligente, movimentações de solo atípicas com indicação de áreas com riscos de deslizamentos.

     

    A proposta foi apresentada à Promotoria de Justiça de Balneário Camboriú, no início de fevereiro, com objetivo de viabilizar uma futura captação de recursos derivados de termos de ajustamento de conduta (TAC). 

     

    O mapa da população exposta em áreas de risco do IBGE, de 2018, indica que, na região Sul, há 3.042 áreas de risco. Santa Catarina destaca-se com 2.835 áreas, ou seja, 93,19% das áreas da Região Sul e 10,99% das áreas do Brasil. Não há registros de sistemas desenvolvidos especificamente para o monitoramento de áreas sensíveis a deslizamentos de solos, no Estado. Isto dificulta o trabalho de prevenção e alerta à população. Essa situação motivou a Univali a pesquisar e desenvolver o Sistema Inteligente para o Monitoramento de Movimentos do Solo (Simms), que é capaz de correlacionar dados de movimentação da área monitorada, informações ambientais e meteorológicas da região.

     

    O Simms realiza a telemetria de áreas sensíveis a movimentos dos solos, obtendo dados por meio de acelerômetros eletrônicos. A análise destes dados pode ser empregada no planejamento urbano e na tomada de decisões, tais como: determinação das áreas mais adequadas para expansão urbana; classificação de áreas de risco ou elaboração de rotas de fuga durante eventos adversos. 

     

    O projeto é conduzido pelo Laboratório de Geologia e Sedimentologia da Univali, coordenado pelo professor Júlio César Leão, em parceria com o Laboratório de Redes de Computadores, com a participação dos professores Fabrício Bortoluzzi e Paulo Roberto Oliveira Valim. Os laboratórios são vinculados à Escola do Mar, Ciência e Tecnologia da Univali e a iniciativa envolve os cursos de Engenharia Civil, Engenharia Mecânica e Ciência da Computação.

     

    Os professores alertam que apesar de existirem programas governamentais para conter as inundações e a reorganização urbana, com o passar dos anos, áreas de risco foram ocupadas, o que causou um problema ainda maior. “Os eventos e todo o contexto recente apontam a urgência de investimentos e de melhorias. O monitoramento ambiental é uma ferramenta indispensável na quantificação de parâmetros e no acompanhamento de séries históricas de eventos extremos. Ele serve como sistema de alerta para a defesa civil e a comunidade", pondera Julio Leão.

     

    A Univali possui parceria neste projeto com o Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres de Santa Catarina (Cigerd) e também com a Defesa Civil de Balneário Camboriú. Porém, a implantação do projeto piloto com recursos dos TAC ainda está em discussão e alinhamento.

     

    Recursos e vantagens do sistema 

     

    O sistema, desenvolvido pelo grupo da Universidade, gera histórico de dados e permite o envio destes dados a um banco de dados online. O Simms também possui telemetria em tempo real e geração de alertas destinadas aos órgãos competentes, além de ter total autonomia no fornecimento de energia elétrica e correlação dos dados com outros parâmetros ambientais. O sistema garante ainda segurança na aquisição dos dados, é de fácil operação, passível de instalação em ambientes remotos, dispõe de comunicação sem fio com outros dispositivos. O investimento para sua implementação é relativamente baixo e tem uma base de dados flexibilizada e compatível com outros sistemas de informação. 

     

    Mais informações: (47) 3341-7731, Laboratório de Geologia e Sedimentologia | (47) 99610-2648, com o professor Júlio César Leão.

     

    Foto: Projeto Simms - Univalli - Divulgação

     

     

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