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A partir desta segunda-feira, 18 de maio, a Agência Nacional de Águas começa a disponibilizar dados sobre a situação do armazenamento de água dos reservatórios que abastecem três das maiores capitais brasileiras: Belo Horizonte, Brasília e São Paulo. A novidade consta do Sistema de Acompanhamento de Reservatórios (SAR), que pode ser acessado em www.ana.gov.br/sar.
Os novos dados podem ser visualizados no módulo Outros Sistemas Hídricos e incluem cota (nível) de água, volume armazenado em hectômetros cúbicos (1hm³ equivale a 1 bilhão de litros), percentual do volume acumulado e a data da medição. Além disso, é possível gerar planilhas e comparar históricos de armazenamento.
No caso de Belo Horizonte, estão disponíveis dados dos três reservatórios que integram o Sistema Paraopeba: Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores. Para Brasília há dados de três barragens que abastecem a capital nacional: Descoberto (DF/GO), Santa Maria e Paranoá. A situação dos quatro reservatórios que compõem o Sistema Cantareira – Jaguari-Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro – também pode ser acompanhada pelo novo módulo do SAR.
O Sistema Cantareira é o principal manancial da Região Metropolitana de São Paulo, abastecendo cerca de 9 milhões de pessoas. Atualmente o Cantareira opera com cerca de 60% de seu volume útil e está em sua faixa de operação Normal, conforme a Resolução Conjunta ANA/DAEE nº 925/2017. Assim, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), que capta água no Sistema, está podendo captar até 33m³/s, o máximo permitido.
Operado pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA), o Sistema Paraopeba é responsável pelo abastecimento de 2,3 milhões de pessoas na Grande Belo Horizonte e atualmente acumula quase 100% de sua capacidade de armazenamento. Também estão cheios os reservatórios do Descoberto e Santa Maria, que abastecem cerca de 80% da população do Distrito Federal ou 2,4 milhões de pessoas. Assim, cerca de 13,7 milhões de brasileiros recebem as águas dos reservatórios exibidos pelo SAR.
De 2014 a 2016, Belo Horizonte e São Paulo passaram por crise hídrica, situação enfrentada por Brasília entre 2016 e 2017.
O SAR
A Agência Nacional de Águas criou o Sistema de Acompanhamento de Reservatórios com o intuito de reunir e organizar os dados operativos dos reservatórios do Brasil num só lugar, auxiliando na tomada de decisão na gestão de recursos hídricos e fortalecendo a segurança hídrica do País. Lançado oficialmente em 2014, o SAR permite o acompanhamento da operação dos principais reservatórios do Brasil de forma prática e eficiente a partir da disponibilização dos dados disponíveis mais recentes com a preservação de seu histórico.
Atualmente o SAR é a principal fonte de informação sobre as condições de operação de 160 reservatórios das hidrelétricas do Sistema Interligado Nacional (SIN); mais de 500 açudes Semiárido (Nordeste e Minas Gerais); e agora dos sistemas de abastecimento de Belo Horizonte, Brasília e São Paulo. No caso das hidrelétricas, é possível consultar diversas informações, como vazão turbinada, volume útil armazenado, vazão liberada, entre outras.
Além de fornecer dados e informações dos reservatórios, o SAR permite a espacialização da informação por meio de arquivos que podem ser baixados e utilizados em ferramentas de geoprocessamento.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social (ASCOM)
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