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O Operador Nacional do Sistema (ONS) divulgou na segunda-feira,12 de julho, que a geração de energia eólica bateu mais um recorde no Nordeste, com um pico de 11.715 MW, potência suficiente para abastecer 106,8% de toda a região nordestina no momento do recorde.
Os números vêm de uma sequência inédita desde o dia 8 de julho, última quarta-feira, quando os ventos alcançaram o pico e levaram à geração de 11.548 MW, o suficiente para abastecer 99,2% de toda a região. E não parou aí. Um dia depois, na sexta-feira, 9, à zero hora, a geração instantânea bateu 11.464 MW, valor correspondente ao fornecimento de 100,8% do consumo de energia da região Nordeste.
Quanto ao recorde de geração média, o último registro foi feito no dia 2 de julho, quando foram gerados 9.707 MW médios, potência suficiente para atender a 91,9% da demanda da região no dia.
De acordo com dados do ONS, a energia eólica hoje representa 10,7% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que chegue ao fim de 2025 alcançando 13,2%.
Atualmente, a energia eólica representa 10,7% da matriz elétrica brasileira e a expectativa é que chegue até o fim de 2025 com 13,2%.
No ano passado, a chuva foi volumosa no interior do Nordeste (com valores entre 1 de janeiro e 13 de julho de 2020 entre 100 e 1000mm acima da sua média). Nestes últimos dias, pelo contrário, pouca chuva ocorreu. Aliás, o Monitor de Seca da Agência Nacional de Águas (ANA) mostra que a seca aumentou no interior do Nordeste com relação ao ano passado. Naquele ano, praticamente não choveu, e os maiores volumes ficaram concentrados mais no norte do Nordeste e no Norte do país. Este ano choveu bem menos, entre 01 de janeiro e 13 de julho de 2021 a chuva ficou entre 900mm e 100mm abaixo da média. Se tem poucas chuvas, têm uma maior intensificação dos ventos. E o que domina principalmente é a região do Atlântico.
Como a Zona de Convergência Intertropical está mais posicionada ao norte da posição Climatológica e diminui a precipitação no Nordeste, como consequência observa-se o fortalecimento dos ventos alísios na região, favorecidos pela área de alta pressão atmosférica na região do Atlântico Sul. Destaca-se também que durante ocorrência de neutralidade no Oceano Pacífico tropical temos mais extremos de vento no Nordeste Brasileiro, principalmente no interior e leste da Região, onde a relação entre o sinal de ENSO e extremos não é tão evidente quanto no norte do Nordeste.