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Qual a diferença entre tornado, downburst e microburst?

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Foto: Istock

 

Na noite da última segunda-feira (20), um tornado causou fortes rajadas de vento no município catarinense de Seara. A Defesa Civil de Santa Catarina confirmou que se trata de um tornado. Segundo o órgão, uma supercélula com características tornádicas atingiu o município por volta das 20h de segunda-feira (20).

 

Pela cidade há relatos de muitas árvores e postes tombados e registro de destelhamento de casas e outros imóveis. Ainda na manhã de terça-feira (21), a região oeste de Santa Catarina também registrou queda de granizo.

 

Qual o motivo para os fortes ventos?

 

De acordo com os meteorologistas da Climatempo, a passagem de uma frente fria por Santa Catarina favoreceu a ocorrência de temporais, com raios, rajadas de vento e granizo. Vale lembrar que no dia 13 de setembro já houve registro de um tornado em Guatambu, Santa Catarina.

 

Em Caxias do Sul (RS) na manhã de segunda-feira (20) pode ter ocorrido uma microexplosão, que ainda está sendo apurada e analisada por especialistas e órgãos oficiais.

 

O que diz a previsão para os próximos dias?

 

A quinta-feira terá novas pancadas de chuva na maioria do estado de Santa Catarina. No sul do estado, o tempo fica mais instável já de manhã com riscos de chuva moderada a forte acompanhada de raios e rajadas de vento. No oeste do estado, o alerta é para o risco de temporal. Em Florianópolis e nas demais áreas catarinenses não chove.

 

Qual a diferença entre tornado, downburst e microburst?

 

Microexplosão

 

Uma Microexplosão é um evento de tempo severo associado à fortes correntes de ar da nuvem para superfície (ou seja, correntes descendentes de ar), que se espalham horizontalmente, chegando a percorrer cerca 6 quilômetros de distância, com duração entre 2 á 5 minutos, e apesar de rápido pode produzir ventos de até 270km/h.

 

Isso geralmente ocorre quando o ar próximo (ou acima) da nuvem está relativamente mais seco e ao entrar em contato com essa nuvem esse ar ajuda a evaporar as gotículas de água presentes na nuvem, consequentemente reduzindo suas temperaturas e aumentado assim sua densidade. Por fim, o ar naquela região fica relativamente mais denso e frio o que produz uma queda brusca desse ar e sequencialmente devastando a área por onde passa.

 

Vale salientar que também existem a macroexplosão que dura entre  5 à 20 minutos e chega a ter sua extensão maior do que a da Micro, porém acaba não sendo tão forte quanto está última. No entanto, é importante lembrar que seus ventos chegam a ficar acima dos 210km/h, causando estragos semelhantes a um tornado da escala fujita de número 3.


Quando uma microexplosão atinge uma região, deixa para trás um padrão mais em linha reta de destruição e detritos, enquanto os danos causados pelos ventos de um tornado causam danos em um padrão mais circular.

 

Frentes de Rajada

 

A mistura do ar, quente com frio, junto com o excesso de umidade causam essas nuvens de tempestades e as frentes de rajadas. Com o movimento do ar, há a descida de uma ar mais frio da nuvem e o ar quente sobe, alimentando a tempestade. Os ventos provocados por esse deslocamento de ar, causados pelas nuvens de tempestades são fortes e perigosas. Ás vezes pode se observar objetos que podem girar, pois são causadas pelas turbulências eddies, que são provocadas pelo atrito da velocidade do vento da frente de rajada com os obstáculos, como casas, árvores e entre outros. Mas se for intenso mesmo, a frente de rajada levanta uma poeira, aí forma o redemoinho que não encosta na nuvem, esse pode ser bem mais perigoso. 

 

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Como se forma um tornado?

 

O tornado é uma nuvem em forma de funil que toca o solo e cujos os ventos giratórios podem alcançar de 110km/h a 500km/h. Essa intensidade dos ventos são medidas por uma escala chamada Fujita (ou Fujita-Pearson Tornado Intensity Scale), que vai de 0 à 5.

 

Vale salientar que o tornado é o fenômeno mais devastador, possui um pequeno diâmetro (de centenas de metros à 2 km na média, mas já houve casos que já chegou aos 4,2km) e dura pouco, de minutos a meia hora, causando consequentemente danos por onde passa. Ele se forma, geralmente, em uma nuvem de tempestade chamada de super célula, que surge a partir do encontro de uma massa de ar frio e seca com outra massa de ar quente e úmida. Quando essas massas apresentam ventos com direções opostas começa a ocorrer um torque ou um giro que vai até o chão, ou seja, uma nuvem em forma de funil consegue atingir o chão - conforme já citado anteriormente.

 

No Brasil, a primavera é a época mais propícia para esse fenômeno acontecer e as regiões com maior probabilidade de ocorrer são os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e até mesmo na região do Amazonas. Nos Estados Unidos os tornados são relatados mais na primavera e com mais frequência em uma banda que se estende do oeste ao norte do Texas, atravessa a região de Oklahoma, o estado do Kansas e no leste de Nebraska. Aliás, essas áreas são conhecidas como região de tornado Alley.


Destaca-se que o tornado do tipo Landspout, como os caçadores de tornados classificam, não se forma a partir de uma tempestade super-célula como uma cunha ou um tornado de cone. Em vez disso, elas se formam através de uma área de rotação que se origina perto da superfície, e não de cima (como acontece nos outros tipos de tornados). Assim, esse ar rotativo é esticado verticalmente até chegar próximo as nuvens. Algumas chegam a ser classificadas como 2 da escala Fujita.

 

Curiosidades para você:

 

Conheça a escala dos tornados: https://www.spc.noaa.gov/faq/tornado/f-scale.html


Tipos de Tornados: 
https://www.ustornadoes.com/2015/04/15/to-wedge-or-not-to-wedge-tornado-types-include-many-shapes-and-sizes/
https://stormtrack.org

 

Veja também: Conheça a nuvem que provoca as tempestades 

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