Seca no Sul afeta lavouras em fase reprodutiva

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Foto: Paola Anghinoni – São Domingos – SC 

 

Nos três estados do Sul do Brasil, a estiagem que vem castigando lavouras com perdas irreversíveis para soja e milho. Agora, começa a faltar água para a alimentação dos animais.

 

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Foto: Paola Anghinoni – São Domingos – SC 

 

No Rio Grande do Sul, segundo levantamento realizado pela Emater/RS-Ascar até 30 de dezembro, foram contabilizadas 138,8 mil propriedades rurais atingidas pela estiagem, em 6.340 localidades do Estado. Mais de 5 mil famílias estão sem acesso à água, ressaltou o diretor técnico da Emater/RS, Alencar Rugeri.

 

A Defesa Civil reportou que, dos 110 municípios que relataram estar sofrendo com os efeitos da estiagem, 96 publicaram decretos de situação de emergência, mas apenas 15 destes encaminharam as documentações completas para que o Governo do Estado homologue estes decretos em nível estadual. Este passo é necessário para que o Governo Federal também reconheça a situação de emergência, destacou o coronel Rocha. Hoje, o Rio Grande do Sul conta com 11 municípios reconhecidos pela União como em situação de emergência em razão da estiagem.

 

Estiagem prolongada deixa o RS em situação de emergência

 

A secretária de Agricultura, Silvana Covatti relatou que a pasta vem atuando ininterruptamente com quatro máquinas de perfuração de poços, direcionando este serviço especialmente aos municípios em situação mais crítica. Destacou ainda que a Secretaria vem levantando os valores que serão necessários para operacionalizar o Programa de Sementes Forrageiras em 2022, instrumento que contribuirá para formação de pastagens para alimentação dos rebanhos, assim que houver condição de plantio.

 

“Vamos fazer um esforço para tentar agilizar a tramitação disso o mais rápido possível e ajudar a preparar o Rio Grande do Sul para os períodos de falta de chuva”, acrescentou a secretária.

 

 

Em Santa Catarina e no Paraná, a estiagem também provoca perdas para os produtores. No estado catarinense, o baixo volume de chuvas atinge as regiões extremo oeste, oeste e meio-oeste do Estado. Ao menos sete municípios declararam situação grave de estiagem.

 

Produtora rural do município de São Domingos, Paola Anghinoni diz que a a falta de chuva prejudica o desenvolvimento reprodutivo (fases entre R4 e R5) da soja. Essa situação pode provocar perdas irreversíveis na produtividade e no volume de produção. Veja o vídeo da produtora:

 

 

Não é só a soja que sente a falta de chuva. O milho que também está na fase reprodutiva (entre o pendoamento e a fase R1) sente os efeitos da deficiência hídrica na localidade de São Domingos (SC), onde a produtora cultiva o grão. Veja a foto:   

 

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Foto: Paola Anghinoni -São Domingos -SC

 

Tendência do clima

 

Devido ao avanço da frente fria e a formação de uma nova ZCAS a partir de quinta-feira (06), o Sudeste fica em atenção máxima para temporais, atingindo áreas como São Paulo, Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais, além do leste do Paraná. Em todas estas áreas, os modelos meteorológicos indicam mais de 150 mm de chuva e risco alto de transtorno. O solo está muito úmido e várias regiões da faixa leste do estado de São Paulo já dão sinal de deslizamento.

 

No Sul,  o avanço da frente fria nesta semana coloca a Região em atenção para a possibilidade de temporais e queda de granizo. Após a passagem do sistema, ventos mais frios predominam e favorecem uma diminuição na temperatura, nada de frio, apenas um alívio no calorão.

 

Nos próximos 7 dias, norte do Tocantins, Pará, metade sul do Maranhão, a previsão indica mais de 160 milímetros de chuva. De 13 a 19 de janeiro, a chuva continua intensa nestas áreas.

 

 

Em Goiás e no Mato Grosso, há condições de chuva até o fim de semana o que pode paralisar por alguns momentos os trabalhos de colheita. 

 

Como planejar uma safra e monitorar sua fazenda?

 

Otimizar o plantio, ficar de olho no Clima para avançar com os trabalhos no campo e observar o desenvolvimento da cultura para evitar perdas são algumas das decisões que você produtor rural precisa tomar durante a safra. 

 

Agroclima Pro é um serviço de tecnologia da Climatempo que utiliza o conhecimento meteorológico. Com ele você pode acessar o histórico de dados de Clima para sua fazenda e pode detectar áreas com menor vigor vegetativo. Além disso, você fica sabendo como será a demanda hídrica da sua lavoura nos próximos 15 dias e ainda consegue identificar os melhores dias e horários para realizar as pulverizações. 

 

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