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Balanço de tempestades - Janeiro/2022

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6 min de leitura

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O país enfrentou um janeiro com muita chuva devido a formação de muitos sistemas meteorológicos. Um dos principais atuantes durante o verão é a Zona de Convergência do Atlântico Sul, mais conhecida como ZCAS. O sistema é responsável por causar chuva por vários dias consecutivos e de forma frequente, por isso, durante os dias de atuação do sistema, os volumes são bastante expressivos.

 

O que é ZCAS e como este sistema se forma?

 

Só neste mês de janeiro, três eventos de ZCAS foram registrados no país:

 

31/12/2021 até 03/01/2022

06/01/2022 até 11/01/2022

29/01/2022 até 31/01/2022

 

Chuva

Com a atuação desses corredores de umidade e outros sistemas meteorológicos, o mês de janeiro fechou com valores de chuva bastante elevados, principalmente em áreas do Sudeste, Centro-Oeste e Norte do país.

 

Em Belo Horizonte, a situação foi ainda mais delicada. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), choveu 528,2mm na capital, sendo que 481mm foram acumulados apenas até o dia 15. A média de chuva para o mês é de 329,1mm. Assim, o valor total ficou 60,5% acima da média para o mês.

 

Em São Paulo a chuva também ficou acima da média histórica. O acumulado foi de 382,2mm e a média para janeiro é de 288,2mm, de acordo com o INMET.

 

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Mapa de chuva acumulada entre os dias 01 e 30 de janeiro. Fonte: INMET

 

 

Não só na capital Belo Horizonte, mas grandes volumes de chuva também foram registrados em outras áreas da Região Metropolitana de Belo Horizonte, como 767,8mm em Brumadinho - que corresponde mais do que o dobro da sua Climatologia (267mm), segundo dados do Cemaden. Além de Ibirité, com 762,8mm e Florestal com 746,4mm, que também registraram mais do que o dobro das suas médias climatológicas, que são 286mm e 275,5mm respectivamente, de acordo com os dados das estações automáticas do INMET.

 

O local que registrou mais chuva durante o mês de Janeiro no Brasil foi o Parque Nacional do Itatiaia, no Rio De Janeiro, com 817,4mm, correspondendo a mais do que o dobro da sua climatologia de janeiro (302,3mm). Este foi o maior volume de chuva em um mês, desde seus registros que começaram em 2017, segundo dados do INMET.

 

Destaque também para o litoral do Paraná, como Guaraqueçaba, com 717,0 mm de chuva em janeiro de 2022, sendo 97,8% acima da climatologia de janeiro (362,42mm), segundo o Simepar.

 

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Raios

O Brasil é o país com maior incidência de raios no mundo. Os números tendem a aumentar justamente agora, no verão, devido à ocorrência de inúmeras tempestades. Só neste ano de 2022, mais de 3 milhões de raios já caíram sobre o território brasileiro.

 

É importante lembrar que há uma grande diferença entre raio e descargas elétricas atmosféricas. As descargas atmosféricas são geradas pelas nuvens de tempestades e podem ou não se conectar ao solo. Já os raios, são somente as descargas que se conectam ao solo.

 

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O levantamento exclusivo feito pela Climatempo, com dados da rede de sensores de Earth Networks, mostrou que em janeiro de 2022, o estado que mais registrou raios foi o Amazonas. Outros estados como Mato Grosso, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Pará e Rio Grande do Sul também estão entre os estados com mais raios neste início de 2022, com mais de 200mil ocorrências até o momento.

 

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Até o momento, a cidade que mais registrou raios neste ano é Corumbá (MS), com 67.601 raios relatados, de acordo com dados da Earth Network. Segundo pesquisas da USP e pelos dados da Starnet, a cidade de Corumbá costuma registrar cerca de 1.141.817 raios por ano.

 

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Perigo!

Apesar da chance de um raio atingir uma pessoa ser baixa, o perigo aumenta de acordo com a localização e com as estações do ano. Além de provocar mortes em todos os anos no Brasil, os raios também são capazes de provocar incêndios e queda de energia em muitas áreas, além dos impactos bastante expressivos em obras e atividades minerais.

 

Para minimizar o risco das operações e se planejar melhor, fale com um de nossos consultores e conheça mais sobre o SMAC - a plataforma da Climatempo que permite o monitoramento de tempo severo, com envio de alertas com antecedência. A ferramenta auxilia na tomada de decisões e pode ser uma grande aliada para evitar prejuízos de setores como Construção e Mineração.

 

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