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Relatório Fronteiras revela aumento de problemas ambientais

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Novo relatório do Pnuma oferece soluções a essas questões ambientais que precisam receber atenção de governos e do público em geral. A primeira edição, em 2016, já alertava para o grande risco de doenças zoonóticas.  


O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, publicou nesta quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022, a nova edição do “Relatório Fronteiras”. O documento revela que “os incêndios estão acontecendo, de forma mais severa e com mais frequência, a poluição sonora urbana está se tornando um problema global de saúde e as desordens nos ciclos de vida na natureza estão causando consequências ecológicas”. 

 

A diretora-executiva do Pnuma declarou que o Relatório Fronteiras “identifica e oferece soluções para três questões ambientais que merecem a atenção e ação de governos e do público em geral”. 

 

 

Foto: iStock

 

Pandemia 


Segundo Inger Andersen, “poluição sonora urbana, incêndios e mudanças nos processos biológicos são problemas que destacam a urgência de se tratar da tripla crise planetária: mudança climática, poluição e perdas da biodiversidade.”

 

Esta é a quarta edição do relatório, sendo que a primeira, publicada quatro anos antes da pandemia de Covid-19, em 2016, alertava para o risco crescente das zoonoses.  

 

Sobre a poluição sonora urbana, o documento destaca que barulhos causados pelo tráfego, por ferrovias ou por atividades de lazer impactam de forma negativa a saúde e o bem-estar. Muitas pessoas acabam tendo problemas no sono, o que pode resultar em desordens metabólicas, incluindo diabetes, falhas na audição e baixa saúde mental.  

 

 

União Europeia 


A poluição sonora já é responsável por 12 mil mortes prematuras por ano na União Europeia, afetando um entre cinco cidadãos do bloco. O barulho em excesso também ameaça os animais, alterando a comunicação entre espécies e os comportamentos de pássaros, insetos e anfíbios.  

 

Uma das soluções propostas pelo Pnuma é para que projetos de planejamento urbano levem em conta a redução do barulho na fonte e que as infraestruturas urbanas criem “paisagens sonoras” como cinturões de árvores, paredões verdes, jardins nos topos de edifícios e mais espaços verdes nas cidades. 

  

Em relação aos incêndios, o Pnuma revela que a situação irá piorar: projeções mostram que as queimadas serão mais intensas e frequentes, graças à mudança climática, com temperaturas mais quentes e Clima mais seco. Além dos perigos para a saúde humana, haverá grandes perdas de biodiversidade, ameaçando mais de 4,4 mil espécies terrestres e aquáticas 

 

Entenda  o que é um "estudo de atribuição" de mudança climática


Continente africano 


Entre 2002 e 2016, por exemplo, cerca de 423 milhões de hectares de terra, uma área equivalente ao tamanho da União Europeia, foi queimada, sendo mais comum em florestas mistas ou savanas. O Pnuma calcula que 67% de todos os tipos de queimadas aconteceram no continente africano

 

O relatório pede mais investimentos para reduzir riscos de incêndios; desenvolvimento de programas de prevenção e resposta que incluam comunidades rurais e indígenas e utilização de satélites e radares. 

 

O terceiro alerta feito pela agência da ONU está relacionado com a fenologia, termo utilizado para os estágios dos ciclos de vida que ocorrem graças às forças ambientais. 

 

Ninhos 

 

O Pnuma explica que plantas e animais de todos os tipos utilizam temperaturas, duração dos dias ou chuvas para saber quando desabrochar folhas e flores, dar frutos, fazer os ninhos, produzir pólen ou migrar. 

 

As alterações climáticas estão afetando esses ciclos, fazendo com que plantas ou animais fiquem fora de sincronia com seus ritmos naturais. O problema atinge principalmente espécies migratórias de longa distância, que podem deixar de prever com precisão quais serão as condições do clima no local de destino. 

 

O Pnuma revela que mais pesquisas são necessárias sobre o fenômeno, mas destaca ser essencial limitar as taxas de aquecimento global por meio da redução das emissões de CO2. 

 

Fonte: ONU News

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