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Parte da soja gaúcha poderá ser beneficiada com chuva

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Choveu pouco no Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul. A umidade do solo está abaixo do ideal para o desenvolvimento agrícola em boa parte do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina, do Paraná e de São Paulo e no sul de Mato Grosso do Sul.

 

No último fim de semana, chamou a atenção a chegada de fuligem à São Borja-RS, provenientes de queimadas na Argentina. Atualmente, não apenas a Argentina está
com condições propícias para queimadas, como também boa parte do Uruguai, do
Rio Grande do Sul, noroeste do Paraná e sul de Mato Grosso do Sul.

 

O agreste e o sertão do leste do Nordeste também se encontram com solo seco e vegetação vulnerável a queimadas. 

 

Foto: Istock

 

Perdas aumentam na Argentina

 

As perdas aumentam na Argentina com a estiagem, calor e incêndios. A bolsa de cereais de Buenos Aires diminuiu a projeção de girassol em 200 mil toneladas. Mas é possível que as perdas estanquem a partir desta semana com a formação de um bloqueio atmosférico e chuva mais organizada sobre boa parte do país.

 

De acordo com a simulação COSMO-INMET, estimam-se mais de 50mm desde o Chaco e Santiago del Estero até Santa Fé e Entre Rios, passando por Córdoba. A precipitação será mais fraca em Misiones, Corrientes, Chaco e Buenos Aires.

 

O Uruguai será o país mais beneficiado pelo retorno da precipitação com acumulado acima dos 100mm sobre sua metade sul. O Paraguai, por outro lado, permanecerá sob pouca chuva e muito calor. O bloqueio atmosférico prosseguirá na próxima semana e enfraquecerá a partir da segunda semana de março.

 

Alerta de temporais com queda de granizo no Sul do BR

 

Tem possibilidade para queda de granizo entre esta quinta-feira e o fim de semana entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No estado gaúcho, os episódios de granizo poderão ocorrer no oeste e noroeste do estado, justamente onde se concentram importantes áreas produtoras de soja.

 

Atenção! O granizo também atingir áreas produtoras de arroz no Rio Grande do Sul, além de áreas produtoras de frutas na Região Serrana.

 

Tendência do Clima 

 

A formação de um bloqueio atmosférico aumentará o calor e diminuirá a chuva sobre
Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Regiões Norte e Nordeste. De acordo com a
simulações de modelos, ainda há previsão de mais de 50mm em sete dias em
nestes estados, mas a precipitação passará a acontecer na forma de pancadas ao invés de forma contínua.

 

Com isso, as atividades de plantio da primeira safra e instalação da segunda safra serão aceleradas. Ao mesmo tempo, a chuva intensificará sobre boa parte da Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul.

 

Em sete dias, estimam-se mais de 50mm na Serra Geral e em boa parte do Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina, a chuva será mais intensa no leste do Estado, enquanto o Paraná terá maior acumulado de chuva em algumas poucas áreas do sul e leste do Estado.

 

No oeste do Paraná e boa parte dos estados de São Paulo e de Mato Grosso do Sul,  a umidade do solo está abaixo do ideal para o desenvolvimento agrícola e sem perspectiva de mudança até pelo menos o fim da semana que vem, já que o bloqueio prosseguirá sobre o Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina na primeira semana de março.

 

A colheita da soja até será beneficiada, mas é possível que algumas áreas de segunda safra de milho não sejam semeadas imediatamente pela baixa umidade do solo.

 

No Rio Grande do Sul, a volta da chuva poderá salvar uma parte da soja do Estado. Atualmente mais de 80% das áreas estão em fase reprodutiva. Por outro lado, quase
20% do arroz está em maturação e a volta da chuva pode piorar a qualidade do grão.

 

O bloqueio atmosférico romperá somente na segunda semana de março, período em
que a chuva intensificará sobre o Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e partes de
Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

 

No Matopiba, embora a chuva também intensifique a partir da segunda semana de março, o acumulado permanecerá abaixo do normal para época do ano.

 

 

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