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Enquanto muito se discute a respeito da vacinação de crianças e adolescentes contra a COVID-19, o número da procura por outras vacinas recomendadas para o público infantil tem apresentado queda significativa nos últimos meses.¹
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde do Brasil, em outubro de 2020, somente 63,8% dos brasileiros se vacinaram com a vacina BCG, que protege contra formas graves da tuberculose, e 68,4% contra o rotavírus humano, uma das principais causas de diarreia grave em crianças e lactentes.¹
Foto: Getty Images
Ainda segundo as informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, a maior cobertura vacinal de 2020, até o momento da divulgação dos dados, foi obtida para a vacina pneumocócica, de 71,98%, o que representa queda de 16,6 pontos percentuais em relação a 2019.¹
Os dados divulgados representam motivo de preocupação para o Ministério da Saúde. A pasta ressaltou que, entre as 15 vacinas do calendário infantil, metade não bate as metas desde o ano de 2015.¹
Vacinação em queda durante a pandemia
A fim de manter o calendário de vacinação infantil em dia durante a pandemia, o Ministério da Saúde lançou no dia 30 de setembro de 2021, a Campanha nacional de multi-vacinação, com o objetivo de atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias).²
Mesmo com todas as medidas contra a COVID-19 sendo adotadas pelos postos de vacinação, algumas campanhas precisaram ser prorrogadas, devido à baixa adesão da população.²
Ao longo de 2 meses, foram aplicadas doses das vacinas contra BCG, hepatites A e B, febre amarela, poliomielite (VIP ou VOP), rotavírus, varicela e HPV, e as vacinas pentavalente (DTP/Hib/Hep B), pneumocócica 10 valente, meningocócica C (conjugada), tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba), tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba, varicela) e tríplice bacteriana (DTP).²
Em adolescentes, a campanha permitiu a atualização da caderneta com doses das vacinas contra HPV, hepatite B e febre amarela, e das vacinas dupla adulto (dT), tríplice viral, dTpa e meningoccica ACWY (conjugada).²
Manter a caderneta de vacinação atualizada é importante para a prevenção de doenças imunopreveníveis, o que evita a ocorrência de surtos de determinadas doenças e, consequentemente, de hospitalizações, sequelas, tratamentos de reabilitação e óbitos.¹
Referências:
1. Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Vacinação infantil abaixo da meta aumenta risco de novas epidemias. 2021. Disponível em: https://dssbr.ensp.fiocruz.br/vacinacao-infantil abaixo-da-meta-aumenta-risco-de-novas-epidemias/. Acessado em 31 de março de 2022.
2. Ministério da Saúde do Brasil. Ministério da Saúde lança campanha de Multivacinação para crianças e adolescentes. 2021. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2021-1/setembro/ministerio-da saude-lanca-campanha-de-multivacinacao-para-criancas-e-adolescentes/. Acessado em 31 de março de 2022.
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