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Xangai alivia lockdown após dois meses

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Cidade chinesa de 25 milhões de habitantes começou a reabrir comércio e permitir circulação da maior parte da população. Mas cerca de meio milhão de pessoas ainda permanecem sob bloqueio em algumas regiões da cidade

 

O regime draconiano de lockdown contra a covid-19 em Xangai, principal centro econômico da China, foi parcialmente encerrado à meia-noite desta quarta-feira (01/06, no horário local) após dois meses.

 

A maioria dos 25 milhões de moradores de Xangai agora pode sair livremente de casa, voltar ao trabalho, utilizar o sistema de transporte público e dirigir seus carros. Na terça-feira as autoridades já começaram a retirar as barreiras físicas que foram instaladas na cidade para impedir a circulação.

 

O porta-voz do governo chinês, Yin Xin, celebrou o fim das restrições. "Todo mundo se sacrificou muito. Este dia foi duramente conquistado, e precisamos apreciá-lo e protegê-lo. E receber de volta a Xangai que conhecemos e sentimos falta", declarou o porta-voz do regime chinês, Yin Xin.

 

No entanto, a política de "covid zero" do regime chinês ainda deve seguir parcialmente em vigor na cidade. Habitantes que forem infectados pelo coronavírus continuarão a ser obrigados a fazer quarentena em hospitais.

 

Além disso, mais de meio milhão de habitantes de Xangai ainda vão continuar sob lockdown – 190 mil que ainda estão em áreas de bloqueio, e mais de 400 mil que estão em zonas que registraram casos recentes.

 

Para mais de 20 milhões de pessoas, no entanto, a vida cotidiana poderá retomar vários aspectos da normalidade. Escolas serão reabertas parcialmente, para os dois últimos anos do ensino fundamental e terceiro ano do ensino médio.

 

Shoppings, supermercados, lojas de conveniência e drogarias vão reabrir gradualmente, mas só poderão receber 75% da capacidade. Cinemas e academias de ginásticas permanecerão fechados até segunda ordem.

 

A cidade reportou 22 novos casos de transmissão doméstica assintomática na segunda-feira, abaixo da marca de 61 do dia anterior.

 

À meia-noite, pequenos grupos se reuniram no bairro da antiga Concessão Francesa e assobiaram, gritando "proibição suspensa!" e brindando com taças de champanhe.

 

Mais cedo, as ruas estavam animadas, com moradores fazendo piqueniques nos gramados e crianças passeando com suas bicicletas nas avenidas sem carros.

 

A Disneylândia de Xangai, que ainda não anunciou sua data de reabertura, transmitiu um show de luzes para celebrar "a suspensão do lockdown em Xangai".

 

A experiência de Xangai se tornou um símbolo do que alguns criticam como a insustentabilidade da política de tolerância zero da China contra a covid-19, que busca interromper toda cadeia de transmissão do vírus a qualquer custo, mesmo enquanto a maior parte do mundo tenta voltar ao normal apesar da continuidade das infecções.

 

Este conteúdo é uma obra originalmente publicada pela agência alemã DW. A opinião exposta pela publicação não reflete ou representa a opinião da Climatempo ou de seus colaboradores. Logo Deutsche Welle Deutsche Welle

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