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Permanência do La Niña prolonga secas e chuvas intensas

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Fenômeno climático é responsável por agravar seca no Chifre da África e poderia atuar pelo terceiro ano consecutivo, até 2023. Estudos indicam que há cerca de 70% de chance que La Niña permaneça até o verão (inverno) no Hemisfério Norte (Hemisfério Sul).

 

 

Inundação no Chaco, Paraguai, em julho de 2014 (Foto: Unicef /Martin Crespo)

 

Segundo a Organização Meteorológica Mundial, OMM, o evento climático La Niña deve continuar até pelo menos agosto e possivelmente até o outono do Hemisfério Norte (primavera no Hemisfério Sul)  e início do inverno (verão) de 2022.

 

Algumas previsões sugerem que os efeitos podem persistir até 2023, o que seria o terceiro consecutivo com  La Niña no Hemisfério Norte desde 1950. O fenômeno afeta os padrões de temperatura e precipitação e aumenta secas e inundações em diferentes partes do mundo.

 

 

Efeitos do La Niña


O evento climático é caracterizado pelo resfriamento em grande escala da água superficial do oceano Pacífico Equatorial central e leste, juntamente com mudanças na circulação atmosférica tropical, que altera o padrão de ventos, pressão e precipitação.

Geralmente o La Niña tem impactos no Clima opostos ao El Niño, que é a fase quente da chamada Oscilação Sul do El Niño.

 

Os efeitos do La Niña podem ser observados na seca em curso no Chifre da África e no sul da América do Sul, assim como nas chuvas acima da média no Sudeste Asiático e na Australásia e nas previsões para uma temporada de furacões no Atlântico acima da média.

 

 

 

Impactos globais do La Niña no verão do Hemisfério Sul

 

 

Impactos globais do La Niña no inverno do Hemisfério Sul

 

Ação humana


No entanto, segundo a OMM, todos os eventos climáticos que ocorrem naturalmente são agravados pela mudança climática induzida pelo ser humano, que aumenta a temperatura global, deixa o clima mais extremo e impacta os padrões sazonais de precipitação e temperatura.

 

De acordo com secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, os efeitos da ação humana no clima amplificam os impactos de eventos naturais como La Niña e estão influenciando, cada vez mais, os padrões climáticos, em particular por meio de calor e seca mais intensos e o risco associado de incêndios florestais, dilúvios recordes de chuvas e inundações.

 

O líder da OMM afirma que previsões sazonais aprimoradas podem contribuir na redução dos impactos para população. Os dados permitem planejar com antecedência e proteger setores sensíveis ao clima, como agricultura, segurança alimentar, saúde e redução de risco de desastres.

 

Lembrando o objetivo de universalizar o acesso aos sistemas de alerta precoce nos próximos cinco anos, Petteri Taalas declara que a OMM está se esforçando para atingir a meta e proteger o planeta contra riscos relacionados ao clima e a água.

 

 

Presença prologada do La Niña


O atual evento La Niña começou em setembro de 2020 e continuou até meados de maio de 2022 em todo o Pacífico Tropical.

 

Segundo a OMM, houve um enfraquecimento temporário dos componentes oceânicos do La Niña durante janeiro e fevereiro de 2022, mas que voltaram a se fortalecer a partir de março de 2022.

 

Os estudos da OMM indicam que há cerca de 70% de chance de que as condições atuais de La Niña permaneçam até o verão boreal de 2022 e cerca de 50 a 60% durante os meses de julho a setembro de 2022.

 

Existem algumas indicações de que a probabilidade pode aumentar novamente ligeiramente durante o outono boreal de 2022 e o início do inverno boreal de 2022-23.

 

 

Fonte: ONU News

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