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Um dia de chuva de uma frente fria não normaliza a deficiência de água de meses em um manancial como o Cantareira, por exemplo. Mas um dia de chuva de uma frente fria pode mudar um resultado histórico. É o que acaba de acontecer em São Paulo, com a passagem de uma frente fria, que finalmente teve força para vencer o forte bloqueio atmosférico e provocar um pouco de chuva sobre a capital paulista.
Depois de 48 dias de seca, choveu 9,0 mm na região do Mirante de Santana, na zona norte da cidade de São Paulo, pela medição do Instituto Nacional de Meteorologia. Até então, não havia nenhum registro de chuva em julho.
Foto: São Paulo (SP), por Marina Vieira
Julho de 2022, portanto, não vai fechar zerado de chuva, mas assume a décima segunda posição entre os 10 julhos mais secos na cidade de São Paulo, para o período de 1961 a 2022. A média de chuva para julho na capital paulista é de 44,8 mm, conforme cálculos do Instituto Nacional de Meteorologia para o período de 1991 a 2020. Em julho de 2021 choveu 39,4 mm e em 2020, 12,6 mm.
15 Julhos mais secos em São Paulo
2008: 0 mm
1961: 0,4 mm
1974: 0,4 mm
1985: 0,6 mm
2017: 0,8 mm
1988: 2,2 mm
1963: 3,0 mm
2011: 4,5 mm
2016: 6,4 mm
1977: 6,8 mm
1996: 7,2 mm
2022: 9,0 mm
1997: 10,0 mm
1998: 10,1 mm
1987: 10,7 mm
Fim de semana frio e seco
As nuvens de chuva da frente fria já se afastaram do estado de São Paulo. O sol e o tempo seco voltam a predominar em todas as regiões paulistas, mas o ar frio de origem polar tem forte influência no fim de semana e faz frio. Na cidade de São Paulo, as temperaturas na madrugada deste fim de semana ficam em torno dos 10°C.
Julho mais quente desde 1943
A presença do ar polar nos três últimos dias de julho de 2022 vai reduzir em alguns décimos a média da temperatura máxima, mas mesmo assim, julho de 2022 vai continuar sendo o julho mais quente já registrado na cidade de São Paulo desde 1943, quando se iniciaram as medições no Mirante de Santana. Até o dia 28 de julho, a média das temperaturas máximas estava em 25,9°C.
