Oferecido por
Um incêndio florestal que destruiu parte da Ilha de Páscoa danificou algumas de suas lendárias figuras monumentais esculpidas em pedra, conhecidas como moais, disseram autoridades nesta quinta-feira (06/10).
Fogo se alastra pela ilha de Páscoa três meses depois de reabertura ao turismo, após dois anos de fechamento devido à pandemia de covid-19.
"Quase 60 hectares foram afetados, incluindo alguns moais", disse Carolina Perez, subsecretária de Patrimônio Cultural, em uma postagem no Twitter.
Na Ilha de Páscoa, que fica a cerca de 3.500 quilômetros da costa oeste do Chile, 100 hectares já foram destruídos pelas chamas desde segunda-feira, segundo Perez.
A área ao redor do vulcão Rano Raraku, Patrimônio Mundial da Unesco, foi a mais afetada. Estima-se que existam várias centenas de moais nessa área, bem como na pedreira de onde é extraída a pedra usada para esculpir as esculturas.
"O dano causado pelo fogo é irrecuperável", disse à mídia local Pedro Edmunds, prefeito da Ilha de Páscoa.
Ainda não há informações sobre os danos totais. Mas o incêndio ocorre apenas três meses depois que a ilha foi reaberta ao turismo em 5 de agosto, após dois anos de fechamento devido à pandemia de covid-19.
Ilha recebia 160 mil turistas por ano
Antes da pandemia, a Ilha de Páscoa – cuja principal renda vem do turismo – recebia cerca de 160 mil visitantes por ano, em dois voos diários. Mas com a chegada da covid-19 ao Chile, a atividade turística foi completamente suspensa.
A ilha foi há muito habitada por polinésios, antes de o Chile a anexar em 1888.
Os moais foram esculpidos há centenas de anos pelo povo rapa nui, de origem polinésia, que habitava a ilha.
As estimativas variam de quando os moais foram esculpidos, mas a maioria dos pesquisadores diz que as estátuas provavelmente foram criadas entre os anos 1100 e 1600.
Este conteúdo é uma obra originalmente publicada pela agência alemã DW. A opinião exposta pela publicação não reflete ou representa a opinião deste portal ou de seus colaboradores.