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Foram 12 capitais no Brasil que tiveram o outubro de 2022 com chuva acima da média, como: Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Florianópolis, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Porto Velho, Rio Branco, Recife e Aracaju, pelos dados do Instituto Nacional de Meteorologia e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais.
Com destaque para as capitais Rio Branco, no Acre; Porto Velho, em Rondônia; e em Florianópolis, em Santa Catarina, com mais de 200mm acumulados neste último mês, sendo as capitais que mais choveram neste outubro de 2022.
Gráfico com os dados de chuva entre as capitais em outubro de 2022. Fonte: INMET, CEMADEN e Climatempo.
Destaque das capitais com mais chuvas e acima da média em outubro de 2022
Belo Horizonte (MG) choveu 190,6mm em outubro de 2022, ficando 73,1% acima da sua média (135,8mm). Sendo o menor acumulado de chuva dos últimos dois anos para um mês de outubro, pois choveu 225,9mm em outubro de 2021 e 123,0 mm em outubro de 2020.Fonte: Convencional do INMET.
Rio Branco (AC) acumulou 218,7mm em outubro de 2022, ficando 51,9% acima da sua média (144,0mm). Sendo o outubro mais chuvoso dos últimos 3 anos, desde os 240,4mm em outubro de 2019. Em outubro de 2021 choveu 61,6mm. Fonte: Convencional do INMET.
Porto Velho (RO) choveu 269mm em outubro de 2022, ficando 39,6% acima da sua média (192,7mm).Fonte: Convencional do INMET.
Em Manaus(AM) choveu 169,5mm em outubro de 2022, ficando 48,8% acima da sua média (113,90mm). Lembrando que choveu 168,3mm em outubro de 2021, e assim, em outubro de 2022 foi o maior volume de chuva dos últimos 3 anos para um mês de outubro, desde 2019 quando acumulou 238,2mm.Fonte: Convencional do INMET.
Em Florianópolis(SC) choveu 206,2mm em outubro de 2022. Ficando 34,6% acima da sua média, que é de 153,2mm. Vale ressaltar que em outubro de 2021 choveu mais, 289,6mm. E este último mês foi o menor volume dos últimos 2 anos para um mês de outubro, desde os 143,2mm em outubro de 2020. Mas, foi o segundo ano seguido com acumulados acima dos 200mm em outubro. Fonte: Automática do INMET.
Como será novembro de 2022
Com relação à chuva no País em novembro:
Em novembro ainda teremos a atuação do fenômeno La Niña, com isso ao longo do mês de novembro será mais frequente a formação de corredores de umidade mais persistente entre a Região Norte e o Sudeste a parte do Nordeste. Assim, é esperado bastante chuva com valores acima da média do Amazonas até o Espírito Santo e a Bahia como na região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia com previsão de regularização da chuva na metade norte do país neste mês de novembro.
Vale lembrar que em anos de La Niña, durante a primavera e verão, temos uma maior frequência da formação da Zona De Convergência Do Atlântico Sul (ZCAS) que são corredores de umidade mais persistentes. Aliás, deve acontecer mais na segunda quinzena do mês esse fenômeno, quando o mar, na costa do Sudeste voltar a esfriar e dará mais suporte para o sistema.
Assim, e isso tudo justificará o aumento da chuva deve pela metade norte do país na segunda quinzena de novembro.
Aliás, esse corredor de umidade persistente deve atuar mais na metade norte da Região Sudeste, se olharmos apenas essa Região como análise.
Já no sul do país, conforme a precipitação aumenta na metade norte brasileira a chuva se torna mais espaçada. Mas, não é que teremos ausência de chuva no sul brasileiro. Mas, sim, períodos de chuva mais espaçada e irregulares, em especial na segunda quinzena de novembro.
Neste novo mês de novembro temos condições de três bloqueios atmosféricos, podendo já ocorrer duas nesta primeira quinzena, estamos monitorando.
Assim, na metade sul teremos chuva abaixo da média, ou seja, com períodos maiores sem chuva e até há condições para veranico entre os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e o Paraná. E neste caso o veranico é definido como ocorrências de quatro ou mais dias seguidos sem chuva dentro de um período chuvoso de uma determinada área, e consequentemente com temperaturas acima das suas médias.
Neste mês não está prevista uma chuva boa e persistente no Sistema Cantareira (em São Paulo) com precipitação abaixo da média na região e isso não trará uma situação confortável para o sistema.
Com relação às temperaturas em novembro:
Como a chuva ficará mais concentrada nas Regiões Norte e Centro-Oeste, como boa parte do centro-oeste e interior do Nordeste (como na região do MATOPIBA), por conta do corredor de umidade que poderá ocorrer mais vezes, trazendo bastante nebulosidade. As temperaturas ficam abaixo da média nessa faixa, sendo mais abaixo da média entre Minas, Goiás, Bahia e Tocantins.
Entre a costa de Santa Catarina e do Paraná, São Paulo e Rio De Janeiro é a incursão de massas de ar frio que passam de maneira mais costeira que ajuda a deixar a temperatura abaixo da média.
Apesar do frio extremo e histórico previsto neste início de novembro, e com essa onda de frio mais continental, chegando à Região Norte. O Rio Grande do Sul e o oeste de Santa Catarina e do Paraná e o sul do Mato Grosso do sul ficará mais quente que o normal, pois no decorrer deste mês teremos um maior espaçamento da chuva. Ou seja, haverá mais tempos mais firmes e com sol por mais dias, e frentes frias atuando mais de forma costeira.
Já do leste do Amapá até o Rio Grande do Norte e parte do leste nordestino as temperaturas também ficam acima da média, pois nessas áreas o tempo não ficará tão fechado, e Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) ficará mais deslocada em direção ao hemisfério norte ao longo deste mês e a umidade ficará mais canalizada do norte ao centro e leste do país.