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Como o El Niño impacta a produtividade de cultivos no Brasil

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Quando se fala em fenômenos climáticos, El Niño e La Niña chama muito a atenção do mundo agro, porque os impactos deste fenômeno são bem significativos dependendo da região e da época do ano, pois estão associados a padrões mais chuvosos, mais secos, mais quentes ou mais frios não apenas no Brasil, mas em grande em todo globo.

 

O El Niño normalmente intensifica os sistemas meteorológicos sobre o Sul do Brasil, ocasionando mais chuvas nesta região. Já entre as regiões Norte e Nordeste, aumenta o risco de estiagem. Com o El Niño em vigência e com forte intensidade prevista, os padrões de precipitação para a próxima safra tendem a ser bem diferentes em relação aos três últimos anos, que foram impactados pela La Niña.

Entre possíveis impactos que podemos destacar:

 

  • Diminui o risco de um inverno tão rigoroso e de frio tardio na primavera sobre o centro-sul do País;
  • Diminui o risco de atraso no retorno das chuvas para a área central do Brasil na primavera;
  • Está associado a aumento das chuvas e do calor entre a primavera e o verão sobre a região Sul e áreas mais ao sul de São Paulo e Mato Grosso do Sul;
  • Reduz as chuvas, aumento o risco para estiagem entre o Norte e o Nordeste e consequentemente o risco para queimadas aumenta nessas regiões.

 

DESTAQUES PARA ALGUNS CULTIVOS:

 

Café: tende a produzir melhor sobre o centro-sul do país, mas áreas do café conilon do Espírito Santo e Rondônia podem ter redução de produtividade, devido a irregularidade das chuvas e do calor excessivo;

Trigo: no Sul do País pode enfrentar excesso de umidade na hora da colheita, mas por outro lado, neste ano, é baixo o risco de frio extremo no momento da florada;

Tabaco: Os produtores tendem a antecipar o plantio este ano, mas podem enfrentar problemas com tempestades na primavera e excesso de chuva no momento da colheita;

Citros: há preocupação com a próxima safra, porque o calor excessivo e chuvas na forma de pancadas e espaçadas podem favorecer abortamento de florada, como ocorreu na safra pós El Niño 2015/16;

Milho e soja: tendem a produzir melhor sobre o centro-sul, especialmente entre PR, MS e SP, sul e Triângulo Mineiro e áreas mais ao sul de GO e MT à regiões que não devem enfrentar tantos extremos(chuvosos com o RS e secos como o Matopiba). A produtividade pode ser menor em relação aos últimos anos entre o PA, TO, MA, PI e BA, devido o risco de atraso no retorno das chuvas e forte calor previsto.

Cana de açúcar: Os produtores podem enfrentar problemas para a finalização da safra, já que o corte e moagem tendem a ser impactados pelo excesso de umidade na primavera, mas o centro-sul deve produzir bem para o próximo ciclo, enquanto o nordeste pode ter redução de produtividade, devido a irregularidade das chuvas neste momento de entressafra.

 

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Nadiara Pereira - Meteorologista

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