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El Niño e as variações extremas de temperatura na agricultura

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4 min de leitura

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por Willians Bini - Meteorologista
No mês de julho de 2023, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) registrou um evento notável: o mês mais quente já registrado desde 1961. Essa ocorrência excepcional está muito provavelmente associada ao fenômeno El Niño, que desempenha um papel crucial na variação climática global e, por consequência, afeta profundamente a agricultura.

 

O El Niño é um fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento anormal das águas da região central e leste do Oceano Pacífico Equatorial. Esse aquecimento provoca perturbações nos padrões de circulação atmosférica, levando a mudanças climáticas significativas em várias partes do mundo. Uma das consequências mais visíveis é o impacto nas temperaturas extremas.

 

Em regiões afetadas pelo El Niño, como partes da América do Sul, Ásia e Oceania, observa-se um aumento nas temperaturas extremas. Isso pode resultar em ondas de calor mais frequentes e intensas, levando a temperaturas recordes como a registrada em julho de 2023 no Brasil. Essas condições climáticas extremas podem ter impactos significativos na agricultura.

 

O aumento das temperaturas extremas pode prejudicar as culturas de várias maneiras:

 

  • Estresse térmico: Temperaturas excepcionalmente altas podem causar estresse térmico nas plantas, levando a danos nas células vegetais e, eventualmente, à diminuição da produção.
  • Perda de colheitas: O calor excessivo pode acelerar o ciclo de crescimento das plantas, reduzindo o tempo disponível para o desenvolvimento das colheitas. Isso pode resultar em menor tamanho e qualidade dos produtos finais.
  • Escassez de água: O calor extremo pode aumentar a evaporação da água do solo, levando à desidratação das plantas e à necessidade de mais irrigação. Isso pode sobrecarregar os recursos hídricos disponíveis.
  • Aumento de pragas e doenças: O calor prolongado pode criar um ambiente favorável para a proliferação de pragas e doenças que afetam as plantas, prejudicando ainda mais a produção.
  • Impactos na pecuária: O aumento das temperaturas também afeta os animais de criação, levando a estresse térmico, redução da produção de leite e menor ganho de peso.
  • Efeitos econômicos: A diminuição da produção agrícola devido ao calor extremo pode levar a escassez de alimentos, aumentando os preços e afetando a segurança alimentar das populações.

Para lidar com os impactos do El Niño nas temperaturas extremas, é fundamental que os agricultores adotem estratégias de adaptação. Isso pode incluir o uso de técnicas de cultivo mais resistentes ao calor, a implementação de práticas de conservação do solo e água para mitigar os efeitos da desidratação e o investimento em tecnologias que monitorem as condições climáticas e forneçam alertas antecipados sobre extremos de temperatura, serviço hoje disponível pela Climatempo.

 

Além disso, a colaboração entre governos, organizações internacionais e cientistas é essencial para entender melhor os padrões climáticos e desenvolver estratégias de mitigação e adaptação eficazes. A conscientização sobre os impactos do El Niño nas temperaturas extremas é crucial para proteger a segurança alimentar, a economia rural e a resiliência agrícola em face das mudanças climáticas contínuas.

 

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