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Como o El Niño abala a energia no Sul do Brasil

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4 min de leitura

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por Pedro Regoto - Meteorologista
O fenômeno do El Niño impacta de maneiras diferentes sobre as diferentes regiões do Brasil. No Sul do país, as consequências climáticas do El Niño são severas, alterando o padrão das chuvas e da temperatura do ar.


Durante o El Niño, a Região Sul do Brasil tende a sofrer com chuvas mais frequentes e extremas do que o normal. Isso pode levar a inundações e alagamentos principalmente nas áreas urbanas de relevo mais baixo, assim como deslizamentos de terra. Esses impactos prejudicam em muito o deslocamento de equipes das operações das distribuidoras e transmissoras de energia, por exemplo, nos momentos de transtornos. 


Um fator importante a ser considerado é o efeito do Clima mais chuvoso nas fundações das torres das linhas de transmissão de energia. As fundações das torres, dependendo do tipo de terreno onde foram instaladas, podem sofrer maior erosão. Como consequência disso, as torres ficam mais suscetíveis a quedas, mas quando há rajadas de vento muito fortes.


Outro ponto é que o solo fica com menor resistividade quando está úmido. Isso torna o aterramento mais seguro, pois a eletricidade se dissipa/transporta com maior facilidade. Mas, os efeitos do El Niño favorecem as ocorrências de descargas elétricas, o que aumenta a chance de falta de energia.


Além disso, é importante entender que, chuvas mais fortes não traz só efeitos positivos para a geração de energia das hidrelétricas. Claro que, mais chuva significa uma maior geração hidráulica. Porém, todo excesso é ruim, e isso também vale nessa situação. Chuva forte pode causar enchentes em usinas hidrelétricas e a necessidade de liberar água (vertimento), o que é ruim para o sistema elétrico.


O El Niño não altera somente as condições de chuva no Sul brasileiro, mas também da temperatura do ar. Normalmente, há um aquecimento expressivo em toda a região. Isso tende a provocar uma elevação da carga/demanda de energia, principalmente no verão. As temperaturas muito altas, principalmente em períodos de ondas de calor, podem potencializar a evaporação da água em áreas de reservatórios. Vale mencionar que uma atmosfera mais quente (“pegando fogo”) favorece a formação de tempestades.


Para diminuir os efeitos do El Niño na energia, os diferentes agentes do setor elétrico podem tomar certas medidas. Realizar manutenções preventivas nas redes elétricas e nas usinas e o desenvolvimento de planos de contingência são exemplos de boas práticas nessa situação


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