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El Niño na Primavera: O Calor que Balança o Setor Elétrico

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5 min de leitura

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Imagem: Getty Images

Pedro Regoto
Especialista em Mudanças Climáticas no setor de Energia

 

Já aprendemos em edições anteriores da nossa newsletter sobre diversos impactos do fenômeno do El Niño em diferentes Regiões do Brasil. Muito se pergunta sobre o impacto em diferentes localidades, mas e em diferentes épocas do ano?

 

Estamos nos aproximando da primavera, período do ano marcado pelo forte aumento das temperaturas e início do período chuvoso no país. Quais seriam as principais consequências do El Niño na primavera brasileira, ainda mais para o setor energético? Vamos juntos entender melhor sobre isso!

 

Na primavera, quando o El Niño aparece, um dos principais impactos é o aumento das chuvas em no Centro-Sul do Brasil. Lembrando que, na verdade, a Região Sul é a mais afetada. Parece interessante, certo? Mas isso pode ser um problema para o setor de energia. Mais chuvas significam que as hidrelétricas têm mais água para gerar energia, o que pode parecer bom, mas tem seu lado negativo. Água em excesso pode levar a inundações e encher os reservatórios tão rápido que não podemos aproveitar toda essa energia de uma vez só. Isso acaba fazendo com que tenhamos que liberar água sem gerar eletricidade, o que é um desperdício. Além disso, quando os níveis dos reservatórios estão muito cheios, algumas atividades operacionais não podem ocorrer.

 

O El Niño também pode trazer temperaturas mais altas para todo o Brasil. Quando está muito quente, as pessoas ligam mais os aparelhos de ar condicionado. As indústrias também precisam manter um nível de refrigeração maior. Isso tudo aumenta a demanda por energia elétrica. Ou seja, há uma sobrecarrega do sistema e acabar levando a cortes de energia, o que ninguém quer, especialmente quando o calor está intenso.

 

O aumento da temperatura associado ao El Niño pode contribuir para o aumento das queimadas no Brasil. Isso é particularmente preocupante para as áreas próximas às linhas de transmissão de energia. As queimadas não apenas representam um risco direto para a infraestrutura elétrica, mas também podem afetar a qualidade do ar. Isso, por sua vez, pode comprometer a operação de usinas termelétricas. Além disso, as queimadas em grandes áreas de vegetação também podem liberar dióxido de carbono na atmosfera, contribuindo para as mudanças climáticas.

 

Mas os desafios não param por aí. Lembra-se de como o El Niño traz chuvas extras na primavera? Bem, no Sul do Brasil, essas chuvas geralmente vêm acompanhadas de muitas tempestades. Na verdade, tanto no Sudeste quanto no Centro-Oeste, as pancadas de chuva são mais frequentes durante a primavera em ano de El Niño. Com mais tempestades, mais raios acontecem. Isso é um problema adicional para o setor elétrico. Os raios podem causar danos às linhas de transmissão de energia, interrompendo o fornecimento de eletricidade. Além disso, a ocorrência frequente de raios pode aumentar o risco de incêndios em áreas próximas às linhas de transmissão, o que pode prejudicar ainda mais o setor de energia.

 

Durante um El Niño na primavera, enfrentamos chuvas fortes, tempestades, raios e mais necessidade de energia por causa do calor, além das queimadas. O El Niño desafia o setor elétrico para funcionar de forma eficiente e segura. Por isso é importante entender todos os seus impactos para melhor se planejar e operar o sistema.

 

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