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Com o predomínio de ar quente e úmido sobre o Brasil, nuvens carregadas estão se formando em todas as Regiões do país. Estas nuvens provocaram temporais em muitos estados nos últimos dias.
Nuvem de temporal sobre Santo André (SP), em 9/1/24 (Foto: Fabio Luego)
Mas nesta sexta-feira e no fim de semana, o deslocamento de uma frente fria aumenta o risco de chuva forte no leste do Paraná, no estado de São Paulo, no estado do Rio De Janeiro e no centro-sul de Minas Gerais.
Manchas vermelhas indicam nuvens com potencial para temporal. Essas nuvens provocaram o temporal na quinta-feira, 11, no litoral do Paraná e no sul de São Paulo.
Impactos dos temporais recentes
A região de Grande São Paulo sofreu esta semana com muitos alagamentos e transtornos causados pela queda de árvores, com a ventania, e a queda de energia, com três dias consecutivos com temporais (veja nota abaixo). No fim da noite da quinta-feira, Barra do Turvo, cidade da região do Vale do Ribeira, no sul do estado de São Paulo, recebeu cerca de 47 mm de chuva em 2 horas, mas o acumulado até as 3 horas da da madrugada desta sexta-feira, 12, já chegava aos 61,8 mm.
A região da Grande Curitiba também teve temporal e o litoral do Paraná voltou a ter chuva muito forte na noite da quinta-feira, 11, e na madrugada desta sexta. Em 7 horas de chuva choveu 89,4 mm na reserva natural Salto Morato. A maior parte caiu em 2 horas, entre 20 horas e 22 horas da noite da quinta-feira, com um acumulado de 69,8 mm
No Grande Rio, a chuva também caiu forte na tarde e parte da noite da quinta-feira. Entre 6 e 12 horas de chuva, a região de Mesquita acumulou 85,4 mm, Queimados, 74,8 mm. São Gonçalo/Vila Três 70,8 mm, Nilópolis/Paiol 66,8 mm e na cidade do Rio de Janeiro, na região de São João de Meriti choveu 62,2 mm. Na cidade do Rio de Janeiro, a região da Pavuna, choveu 63,6 mm.
Frente fria aumento o risco de chuva forte
A grande disponibilidade de umidade no ar e o calor que predominam sobre o Brasil, a passagem de uma frente fria entre esta sexta-feira e o sábado pelo litoral do Paraná, de São Paulo e do Rio de Janeiro, e a formação de uma área de baixa pressão atmosférica no mar, entre o litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro deixa o tempo mais instável e aumenta o risco de chuva forte.
Os temporais podem ocorrer também em áreas das capitais Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, com risco de novos alagamentos e transbordamento de córregos e rios.
São Paulo já acumula quase 43% da chuva normal para janeiro
O temporal que caiu na quarta-feira, 10 de janeiro, sobre São Paulo, deixou um acumulado de 59,5 mm, conforme medição do Instituto nacional de meteorologia no Mirante de Santana, na zona norte da capital paulista. Foi o maior volume de chuva em 24 horas por lá, desde o temporal entre os dias 8 e 9 de outubro, quando choveu 86,6 mm. Mas entre os dias 15 e 16 de novembro também choveu mais de 50 mm em 24 horas, com um acumulado de 55,4 mm.
Depois do temporal da quarta-feira, o total de chuva acumulado no Mirante de Santana subiu para 124,5 mm, o que representa 42,6% da média de chuva normal para todo o mês de janeiro, que é de 292 mm.
Atenção com nível dos rios no RJ
Confira o boletim especial do Instituto Estadual do Ambiente, do Rio de Janeiro, com a previsão de volumes de chuva e impacto no nível dos rios.
Passagem de frente fria aumenta a chuva sobre o RJ entre 12 e 13 de janeiro de 2024 (Fonte: INEA/RJ)
