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    Antártida: instabilidade e derretimento acelerado

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    4 min de leitura

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    Por Guilherme Borges - meteorologista


    A Antártida, o continente mais frio e remoto do planeta, está enfrentando uma crise de proporções imensas à medida que as mudanças climáticas causam estragos em suas massas de gelo. Dados recentes revelam tendências alarmantes, indicando que a região está à beira da desestabilização, com consequências potencialmente catastróficas para os níveis globais do mar.


    Prolongamento da temporada de derretimento


    A mais recente temporada de derretimento na Antártida, que normalmente ocorre durante os meses de verão do Hemisfério Sul, de dezembro a fevereiro, tem sido excepcionalmente prolongada. Dados do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo e da Universidade de Liège indicam que certas áreas do continente experimentaram derretimento por mais de um mês além da média de longo prazo. Especialmente impactada está a Península Antártica, onde algumas regiões viram mais 40 dias de derretimento em comparação com as normais históricas.

     

     

    Fonte: GettyImages

    Foto Getty Images


    O perigo da desestabilização: ameaças crescentes aos níveis globais do mar


    É digno de nota que a extensão do gelo marinho antártico está próxima de mínimos históricos para fevereiro, mês em que o gelo marinho geralmente atinge seus níveis mínimos. Esse desenvolvimento preocupante ocorre em meio a um padrão mais amplo de aumento das temperaturas do mar globalmente, combinado com temperaturas do ar superficiais na Antártida que estão em média 5°C acima da média de 1981-2010 durante a temporada de derretimento.


    Âncoras de gelo em perigo: a crescente vulnerabilidade do continente antártico


    Além disso, um estudo recente publicado na revista Nature sublinha a gravidade da situação. Pesquisadores da Universidade de Edimburgo descobriram que os âncoras de gelo submarinas, cruciais para manter a estabilidade do gelo terrestre da Antártida, estão encolhendo a uma taxa alarmante. Essas âncoras, que garantem as placas de gelo flutuantes que apoiam o gelo terrestre da Antártida, estão diminuindo a mais do que o dobro da taxa observada há meio século. Essa degradação representa uma ameaça direta para a contribuição do continente para o aumento dos níveis do mar.


    Os resultados pintam um quadro sombrio da vulnerabilidade da Antártida diante do crescente impacto das mudanças climáticas. Esforços urgentes e concertados são necessários para enfrentar as causas fundamentais dessa crise e salvaguardar a estabilidade das calotas de gelo do planeta. A falha em agir decisivamente corre o risco de causar danos irreversíveis com implicações de longo alcance para os níveis globais do mar e para o sistema climático mais amplo.

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