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Nome: Bárbara Regina dos Santos Souza
Instituição de Ensino: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
Nome do Curso: Mestrado em Meteorologia com linha de pesquisa Interação Oceano-Atmosfera
Os satélites meteorológicos são peças fundamentais na engrenagem da meteorologia moderna, oferecendo um monitoramento global das condições atmosféricas em tempo real. Nesse contexto, as previsões de ondas oceânicas emergem como uma área de destaque, e a mestranda em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Bárbara Regina, ressalta a importância desses dados para aprimorar as previsões de ondas em oceano aberto e compreender melhor os eventos extremos.
Desafios nas previsões de ondas e sua relevância
Com impacto em diversos setores, desde a pesquisa científica até a segurança de estruturas marítimas, as previsões de ondas são realizadas por modelos numéricos dependentes de dados precisos de ventos na superfície do mar. Estes, por sua vez, desempenham um papel crucial na geração e propagação das ondas. Contudo, os dados de vento dos modelos numéricos podem conter erros sistemáticos, afetando a acurácia das previsões de ondas.
Foto: Getty Images
Escaterômetros: Ferramentas essenciais para estimar ventos na superfície do mar
É nesse ponto que os escaterômetros entram em cena. Esses sensores a bordo de satélites espaciais têm a capacidade de estimar a velocidade e a direção do vento na superfície do mar com alta precisão, fornecendo informações cruciais para corrigir possíveis vieses nos modelos numéricos de vento, e, por conseguinte, melhorar as previsões de ondas em oceano aberto. Além dos escaterômetros, os altímetros a bordo de satélites e as medições de boias meteoceanográficas também desempenham um papel importante na acurácia das previsões.
Perspectivas futuras: contribuições para a segurança costeira
Aprimorar as previsões de ondas é especialmente relevante para eventos ciclônicos no Oceano Atlântico Sul, que frequentemente impactam a costa sul e sudeste do Brasil. Uma previsão de ondas em oceano aberto mais acurada pode ajudar a obter uma melhor compreensão da formação e propagação das ondas durante esses eventos e auxiliar nas previsões de ondas na região costeira e emissão de alertas para a população, que acabam sendo mais impactadas nessas ocasiões.
Embora ainda haja etapas a serem desenvolvidas para corrigir e avaliar os resultados do uso dos escaterômetros na melhoria das previsões de ondas em oceano aberto, próximas às regiões sul e sudeste do Brasil, as expectativas são promissoras, com base em trabalhos semelhantes já existentes na literatura. Este trabalho de pesquisa, liderado por Bárbara Regina e orientado pela Dra. Natália Rudorff Oliveira no INPE, representa um avanço significativo na compreensão e previsão das condições oceânicas, contribuindo para a segurança das regiões oceânicas e para o desenvolvimento científico.
