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O lado bom da chuvarada de julho no Sul

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Vertedouro da usina de Itaipu em 13 de julho de 2015 (Divulgação Usina de Itaipu)

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O volume de chuva que caiu sobre a Região Sul do Brasil em julho de 2015 foi muito acima do normal em praticamente todas as áreas.

O mapa representa a anomalia (diferença em relação à média) de chuva na Região Sul. Os tons de azul indicam que choveu acima da média. De forma geral, o volume médio normal de chuva em julho na Região Sul varia de 100 mm a 150 mm. No norte do Paraná, esta média não passa dos 100 mm. Regiões do norte e do oeste do Paraná tiveram de 3 a 5 vezes mais chuva do que média história, acumulando em torno de 300 mm a 400 mm de chuva até o dia 27 de julho.

 

Recorde na usina de Itaipu

A chuva foi muito acima do normal sobre as bacias dos rios Paraná e Iguaçu. Isto fez com que a usina de Itaipu batesse recorde de vertimento para um mês de julho em quase 20 anos. Às 2 horas da madrugada do dia 14 de julho passaram 8740 m3 /s pelo vertedouro da usina localizado no rio Paraná. Pelas medições do departamento de hidrologia da usina, julho de 2015 foi o julho mais chuvoso em Itaipu em 18 anos.

  

         Vertedouro da usina de Itaipu em 13 de julho de 2015 (Divulgação Usina de Itaipu)

 

Por causa da chuvarada de julho sobre o Sul, Itaipu e o sistema Sul estão com excesso de energia. A energia excedente está sendo exportada para o Sudeste. No dia 26 de julho de 2015, segundo dados do ONS – Operador Nacional do Sistema – a energia armazenada no sistema Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO) era de 37,5% de sua capacidade total, o maior índice em 2015 até agora e acima do que se observava há um ano nesta mesma época.

A energia armazenada nos reservatórios do SE/CO aumentou em julho, quando normalmente diminui, uma situação que nunca aconteceu no histórico de medições. Este é lado bom da chuvarada de julho no Sul do Brasil.

 

Perigo do calor

Em anos de El Niño, a Região Sudeste, a maior consumidora de energia do país, fica mais quente. Temperaturas mais altas demandam maior gasto de energia, especialmente a partir da primavera, o que leva a imaginar a possibilidade de apagões e até de racionamento.

Mas o mais improvável está acontecendo. A união de duas situações ruins, o excesso de chuva no Sul e a crise econômica brasileira, afasta a possibilidade de um colapso energético, mesmo com a grave crise hídrica pela qual passa o Brasil e que começou com a falta de chuva do verão 2013/2014.

Entenda esta situação na análise da meteorologista da Climatempo Patricia Madeira.

 

 

O que esperar da temperatura e da chuva no Sudeste na primavera ?

Confira a previsão de chuva para a Brasil para os próximos 15 dias.

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