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A importância da saúde oceânica para o desenvolvimento

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Foto: Imago/OceanPhoto

 

Promover e avaliar a ciência oceânica integrando aspectos naturais, humanos e sociais; criar fundos de financiamento que deem suporte à ciência interdisciplinar para a Década do Oceano; promover a capacitação de profissionais sobre esta agenda; incentivar a educação ambiental sobre a saúde oceânica e a disseminação de dados de forma acessível para qualquer pessoa estão entre as principais demandas da Região Centro-Oeste a serem contempladas no Plano Nacional para a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável.

 

A pauta foi discutida durante a Oficina Subnacional Região Centro Oeste, que contou com a participação on-line de integrantes de órgãos públicos, pesquisadores, gestores, empresários, técnicos, comunicadores e representantes da sociedade civil.

 

O encontro buscou identificar ações para tornar o oceano um ambiente saudável, seguro e acessível a todos, tendo em vista a articulação de diferentes atores e o engajamento da sociedade. Ao longo do evento, foram debatidos quatro temas transversais estruturantes para a Década do Oceano: desenvolvimento científico; formação de profissionais; infraestrutura e acesso a informações; comunicação e sensibilização.

 

“É essencial tornar a linguagem da ciência acessível a todos”, afirma o professor do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo, Ronaldo Christofoletti, também membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e responsável pela organização do evento. 

 

“Não adianta criar o cenário propício da ciência que precisamos para a Década do Oceano, alinhado ao conceito que engloba as ciências naturais, humanas e sociais, sem ter profissionais capacitados a transmitir todo esse conhecimento. É preciso uma visão integrada, ecossistêmica. Precisamos avançar no treinamento desses profissionais para que tenham capacidade de divulgação do conhecimento científico, tanto para os estudantes quanto para a sociedade em geral. Nas escolas, os professores podem trabalhar os problemas reais para promover o engajamento dos alunos desde a educação infantil até o ensino superior”, avalia.

 

Christofoletti, complementa: “Agora é o momento de quebrarmos as barreiras da comunicação. É essencial que os dados sejam transparentes e estejam acessíveis a todos. É preciso que chegue no patamar de governança e da tomada de decisão. A oficina da região Centro-Oeste trouxe suporte nesse sentido, como forma de fortalecer o papel da ciência brasileira para a Década do Oceano”.

 

Década do Oceano

 

A Década do Oceano, que começa em 2021 e vai até 2030, foi proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU) para que todos os países voltem atenção ao ecossistema marinho-costeiro para conscientizar a população global sobre a sua importância, assim como mobilizar atores públicos, privados e da sociedade civil organizada em ações que favoreçam a saúde e a sustentabilidade dos mares.

 

No Brasil, a série de eventos para traçar o Plano Nacional é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marinha do Brasil, Unesco Brasil, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e Rede ODS Brasil.

 

O encontro do Centro-Oeste concluiu a agenda de oficinas regionais, com debates também realizados virtualmente com participantes do Norte, Nordeste, Sudeste e Sul.

 

Está marcado para o dia 02 de dezembro o “II Webinar Nacional – O que temos e para onde vamos?”, que trará os resultados das discussões, com um panorama nacional.

 

A programação completa está disponível no site http://decada.ciencianomar. mctic.gov.br.

 

Leia também: Pandemias: destruir a natureza eleva frequência de surtos

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