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Com a chegada do inverno, é comum observar temperaturas mais baixas, grande amplitude térmica, aumento da poluição atmosférica, baixos índices de umidade relativa do ar e alguns episódios de chuva, fatores que criam condições propícias para uma maior circulação de vírus respiratórios. É também nessa época, que o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) pode circular com mais intensidade contribuindo para o aumento de casos, especialmente entre os grupos mais vulneráveis. [1-3]
Para a cidade de São Paulo, por exemplo, os meses de inverno são os mais secos e mais frios. A climatologia do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) indica agosto como o mês mais seco, e julho, o mais frio, com as manhãs mais geladas. Dados da estação do Mirante de Santana, na zona norte da capital paulista, mostram que a precipitação acumulada é de 32,3 milímetros em agosto e a temperatura mínima média é de 12.8ºC em julho. [4]
Ondas de frio são mais frequentes nos meses de junho, julho e agosto, bem como manhãs e noites muito frias intercaladas com tardes secas, mais quentinhas e ensolaradas — a conhecida amplitude térmica. Em nível de comparação, a precipitação mensal dos meses de verão ultrapassa os 230 milímetros e a temperatura mínima média oscila entre 18ºC e 20ºC, de acordo com o INMET. [4]
Com a grande variabilidade de temperatura no mesmo dia, a população fica mais exposta às rápidas mudanças do tempo. O frio também faz com que a população busque locais mais quentinhos e fechados, sem ventilação adequada — o local perfeito e favorável para a circulação de vírus e bactérias que causam doenças respiratórias. Por isso, é fundamental redobrar os cuidados nessa época do ano. [3]
O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é muito conhecido por causar bronquiolite em bebês. [1] Mas o patógeno também afeta o público com 60 anos ou mais. Em idosos, o vírus é motivo de alerta, principalmente para aqueles que têm alguma condição crônica de saúde, como diabetes, asma, ou outras doenças pré-existentes, já que pode exacerbar doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou insuficiência cardíaca congestiva (ICC), e levar a hospitalização ou ao óbito. [2]

O VSR pode ser mais grave em pessoas com doenças crônicas como diabetes, DPOC, asma e insuficiência cardíaca. [2]
A médica infectologista Lessandra Michelin (CRM 23494-RS), explica que, quando o sistema imunológico está saudável, a defesa do organismo é mais preparada. Mas quando o indivíduo começa a envelhecer, principalmente a partir dos 60 anos, observa-se a diminuição das células de defesa, processo conhecido como imunossenescência. Com isso, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) se torna um vilão para essa faixa de idade e pode causar quadros graves, como pneumonia. [2,5,6]
“Pessoas com sistema imunológico debilitado por doença ou por tratamento de alguma doença existente têm chance maior de ter complicações quando estão infectadas pelo VSR”, alerta Michelin.
“Como os sintomas do VSR são muito parecidos com os de outros vírus respiratórios, muitos casos não são notificados corretamente e não entram na estatística. O diagnóstico só é confirmado com um teste feito a partir da coleta de material respiratório para análise em laboratório, o que nem sempre é realizado”, completa ela.
O que é Vírus Sincicial Respiratório (VSR)?
É um vírus da família Pneumoviridae, com dois subtipos (A e B), que afeta o sistema respiratório. É uma das causas mais comuns de infecções respiratórias agudas inferiores em crianças no mundo todo, além de causar doenças respiratórias graves em pessoas com 60 anos ou mais. [7,8]
Como é transmitido?
A infectologista Lessandra Michelin (CRM 23494-RS), que também é líder médica de vacinas da GSK, explica que o vírus se espalha através de gotículas expelidas ao falar ou espirrar. O VSR acessa o organismo pelo nariz ou pela boca, infecta as células até chegar aos pulmões e desencadeia a inflamação. [9]

O VSR é altamente transmissível: uma pessoa infectada pode contagiar até três outras. [9]
Atenção aos sinais: sintomas
Os sintomas variam bastante de pessoa para pessoa. Famílias com crianças pequenas que frequentam creches e escolas e convivem com os avós devem ficar atentas. O vírus é muito comum em bebês e crianças menores, e a transmissão é facilitada aos idosos, que muitas vezes desconhecem o risco. [10]
Ainda segundo a médica, o VSR pode ser facilmente confundido com outras infecções do trato respiratório, como gripe e Covid-19. [11]
“A maioria dos adultos apresenta uma infecção leve do trato respiratório superior, ou podem ter sintomas como dor de garganta, febre, coriza, tosse, dor de cabeça, falta de ar, falta de apetite e mal-estar com duração de 7 a 10 dias. No entanto, alguns casos podem evoluir para problemas mais sérios do trato respiratório inferior, como a pneumonia, além de agravar doenças crônicas pré-existentes. É muito comum o idoso não querer sair da cama e apresentar confusão mental”, esclarece.

Febre, tosse, falta de ar e chiado no peito estão entre os principais sintomas do VSR. Fique atento aos sinais e procure orientação médica. [8]
Como é feito o diagnóstico?
Segundo Michelin, o diagnóstico é feito principalmente com testes rápidos de pesquisa de antígeno, ou exames moleculares como PCR, após a coleta de swab nasal. [12] A médica Nancy Bellei (CRM 60778-SP), acrescenta que o ideal é realizar o diagnóstico na primeira semana do quadro.
Ela também explica que é comum pegar o VSR mais de uma vez. [1] “Em idosos, se houver sinais de febre, falta de ar, apetite reduzido, cansaço, taquicardia, a recomendação é sempre buscar orientação médica. A maioria dos pacientes apresenta um período de incubação de um a três dias — como na Influenza ou Covid-19 — e, depois disso, dependendo da idade ou comorbidade, em geral, podem ficar doentes por cerca de 7 a 10 dias, se não houver nenhuma outra complicação”, afirma.
A médica Lessandra Michelin, acrescenta que pessoas acima de 60 anos podem ter uma recuperação mais lenta, com impactos a longo prazo, como diminuição da independência, das atividades sociais e alteração do sono. “Ações como, comer, tomar banho e caminhar podem se tornar desafiadoras. Procure sempre seu médico ao notar qualquer sintoma respiratório diferente. E é muito importante que a população conheça mais sobre o VSR, seus riscos e formas de prevenção”, orienta a médica.
O que você precisa saber sobre medidas de prevenção
Algumas medidas de prevenção podem evitar o contágio de vírus respiratórios. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos recomenda estratégias básicas para se proteger e também os outros, como lavar as mãos com frequência, evitar tocar o rosto com as mãos não higienizadas, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, evitar contato próximo com pessoas doentes, limpar e desinfetar superfícies de uso frequente, ficar em casa quando apresentar sintomas. [13,14]
A médica Nancy Bellei orienta que, uma vez diagnosticada uma síndrome respiratória — seja em criança, adulto, ou idoso —, o ideal é evitar contato e, se não for possível, usar máscaras. [13,14]
“Isso é muito importante no caso do Vírus Sincicial Respiratório (VSR). É um vírus de muito contato, presente em maçanetas, mesas, teclado de computador e celulares. Usar álcool em gel e evitar contatos de risco ajuda a prevenir a transmissão”, recomenda.
Como prevenir a propagação do vírus?
Todos podem tomar medidas para ajudar a reduzir a propagação, principalmente nesta época do ano mais fria: [1,6,9]

Medidas simples ajudam a prevenir o VSR. [13,14]
Importância da prevenção com a vacinação
A médica infectologista Nancy Bellei, explica que nos últimos anos houve um avanço muito grande em conhecimento para cuidar das doenças respiratórias e a imunização é uma das principais estratégias de prevenção. No Brasil, há imunizantes contra o VSR indicados para gestantes, recém-nascidos, lactentes, indivíduos entre 18 e 59 anos com algum tipo de comorbidade e idosos a partir dos 60 anos. [1,6]
“A prevenção contra o VSR é possível com vacinas, especialmente para idosos e pessoas com comorbidades. Por isso, é importante conversar com seu médico para saber se você faz parte do grupo que pode se proteger dessa forma. Além disso, evite contato com pessoas que estejam com sintomas respiratórios. Nesses casos, o uso de máscara e álcool em gel ajuda — e muito — a reduzir o risco de transmissão”, orienta.
VSR em números no Brasil
Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza A e por Vírus Sincicial Respiratório (VSR) continuam aumentando no Brasil. Segundo o Informe Vigilância das Síndromes Gripais, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, de 07 de junho de 2025, semana epidemiológica SE 23, a prevalência entre os casos positivos foi de: [15]

O VSR lidera a circulação de vírus respiratórios no Brasil, representando 41,1% dos casos, segundo dados de junho de 2025 do Ministério da Saúde. [15]
Referências Bibliográficas:
1. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Vírus sincicial respiratório (VSR). Disponível em: <https://familia.sbim.org.br/doencas/virus-sincicial-respiratorio-vsr>. Acesso em: JUNHO/2025;
2. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Respiratory Syncytial Virus Infection (RSV). RSV in older Adults. Disponível em: <https://www.cdc.gov/rsv/older-adults/index.html>. Acesso em: JUNHO/2025;
3. PREFEITURA DE SÃO PAULO. Doenças típicas de inverno. Disponível em: <https://capital.sp.gov.br/w/noticia/outono-inverno-e-as-doencas-mais-comuns-nesta-epoca-do-ano>. Acesso em: JUNHO/2025;
4. INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA (INMET). Dados climatológicos. Anos referência: 1991-2020 – Disponível em:
5. NATIONAL LIBRARY MEDICINE. Alterações celulares, estruturais e funcionais relacionadas ao envelhecimento: imunossenescência. Disponível em <https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8621398/>. Acesso em JUNHO/2025;
6. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Pneumologia. Guia de Imunização SBIm/SBPT (2024/2025). Disponível em: <https://sbim.org.br/images/files/guia-pneumologia-sbim-2024-2025.pdf>. Acesso em JUNHO/2025;
7. NATIONAL LIBRARY MEDICINE. Perfil de taxonomia do vírus ICTV: Pneumoviridae. Disponível em <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29087278/>. Acesso em JUNHO/2025;
8. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Vírus sincicial respiratório (VSR), 25/03/2025. Disponível em <https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/respiratory-syncytial-virus-(rsv)>. Acesso em JUNHO/2025;
9. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). Como o VSR se espalha. Disponível em <https://www.cdc.gov/rsv/causes/index.html>.Acesso em JUNHO/2025;
10. Moreira LP, Watanabe ASA, Camargo CN, Melchior TB, Granato C, Bellei N. Respiratory syncytial virus evaluation among asymptomatic and symptomatic subjects in a university hospital in Sao Paulo, Brazil, in the period of 2009-2013. Influenza Other Respir Viruses. 2018 May;12(3):326-330;
11. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). Semelhanças e diferenças entre gripe e Covid-19. Disponível em <https://www.cdc.gov/flu/about/flu-vs-covid19.html>. Acesso em JUNHO/2025;
12. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA – Diretrizes para o manejo da infecção causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR). 2017. Disponível em <https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Diretrizes_manejo_infeccao_causada_VSR2017.pdf>. Acesso em JUNHO/2025;
13. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). Prevenção de vírus respiratórios. Disponível em <https://www.cdc.gov/respiratory-viruses/prevention/index.html>. Acesso em JUNHO/2025;
14. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). Higiene e prevenção de vírus respiratórios. Disponível em <https://www.cdc.gov/respiratory-viruses/prevention/hygiene.html>. Acesso em JUNHO/2025;
15. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Informe Vigilância das Síndromes Gripais, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, 07/06/2025, semana epidemiológica SE 23, publicado em 13/06/2025, 11h43. Disponível em <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/covid-19/publicacoes-tecnicas/informes/informe-se-23-de-2025-edicao-ampliada.pdf/view> Acesso em Junho/2025.