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O tempo seco e temperaturas elevadas favorecem o aumento de queimadas na região de Manaus, que ocorrem principalmente ao sul da região metropolitana. Normalmente o vento predominante é de nordeste, o que leva a fumaça para outro lado da cidade, porém quando o vento fica praticamente calmo, este transporte é prejudicado. Somado a este efeito, a inversão térmica com base baixa tem ficado persistente durante toda a noite nos últimos dias, o que impede a dispersão para cima, ficando as partículas que compõem a fumaça confinadas numa camada fina junto a superfície. O aeroporto Eduardo Gomes amanheceu com visibilidade de 1500m na manhã desta segunda-feira. Durante o dia, com a destruição da camada de inversão térmica, a dispersão aumenta, melhorando a situação. O modelo de simulação numérica indica a noite desta segunda-feira e madrugada de terça-feira também uma situação bem desfavorável a dispersão, com vento praticamente calmo e inversão térmica de baixa altura durante toda a noite e madrugada. Somente a partir de quarta-feira, ventos alísios que sopram junto a costa do Pará ganham uma configuração que favorece a formação de linhas de instabilidade que irão avançar para o interior do continente, avançando também sobre região de Manaus, aumentando a dispersão.
Mancha urbana de Manaus, focos de queimada e transporte de fumaça no dia 30/set
Imagem do dia 02/out, com dispersão desfavorável
