Conheça a nuvem que provoca as tempestades

28/02/2016 às 12:47
por Josélia Pegorim

Atualizado 08/01/2017 às 22:35

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A bela e perigosa cumulonimbus

O excesso de calor armazenado na atmosfera e a umidade do ar elevada são as razões básicas para a formação das grandes nuvens cumulonimbus que provocam os raios, os trovões e também intensas rajadas de vento, granizo, mas principalmente muita chuva.

Na nomenclatura usada pelos meteorologistas, a cumulonimbus é abreviada por Cb.

 

Veja também: 

- SMAC - Receba alerta de raios no seu celular

- [eBook] Raio: um perigo que vem do céu.

 

 

 

As fotos que ilustram esta matéria são de nuvens que ser formaram no Brasil, quase todas na última semana de fevereiro de 2016

Dependendo da disponibilidade de água na nuvem, apenas uma nuvem cumulonimbus pode descarregar mais de 40 mm de chuva de uma só vez, em poucos minutos.   A grande quantidade de chuva em pouco tempo causa repentinos alagamentos.

 

 

 
Nuvens cumulonimbus contem granizo e outros formas de gelo, pois uma parte de nuvem se encontra com temperatura abaixo de 0°C. O vídeo mostra uma tempestade de granizo em Bagé, no Rio Grande do Sul, em setembro de 2015.

 

 

Os raios que chegam ao solo podem matar pessoas e animais, causar sérios danos na rede elétrica, queimar transformadores e incendiar a vegetação.

 

 

 

Algumas rajadas de vento provocadas pelas nuvens cumulonimbus são tão intensas, que podem danificar telhados e outras coberturas, arrancar árvores do chão, lançar para longe objetos grandes e pesados. A velocidade das rajadas de vento pode ser da ordem de 100 km/h.

Tornados, dowburst, microburst e macroburst são fenômenos que causam grande destruição, todos associados com as intensas correntes de ar que saem da base de grandes cumulonimbus.

 

A passagem de nuvens deste tipo causou muita destruição em Panorama, no interior de São Paulo.

 

 

 

O nome cumulunimbus é a combinação das palavras em latim cumulus, que quer dizer amontoado, e de nimbus, que quer dizer chuva.

 

 

 

Uma nuvem cumulus no estágio inicial de crescimento, é branca e tem poucas elevações sobre a sua base, que é sempre reta.

 

 

O aspecto “amontoado” é facilmente percebido quando temos um cumulus congestus, que é uma nuvem cumulus já com grande desenvolvimento vertical, antes de se tornar uma cumulonimbus. Estas nuvens parecem uma branca e enorme couve-flor no céu.

O vídeo mostra um  time lapse do céu de São José da Lagoa da Tapada, no interior da Paraíba, onde é possível ver o processo de convecção, a formação do "amontoado" de nuvens.

 

 

 

 

No seu estado maduro, completamente formada, a parte superior, o topo de uma cumulonimbus assume a forma de uma bigorna, que nem sempre é visível. Esta forma é dada pelos fortes ventos na altitude do topo da nuvem, que podem alcançar mais de 10 km.

 

 

As nuvens cumulonimbus são chamadas de nuvens convectivas, ou nuvens de grande extensão vertical, porque crescem verticalmente pelo processo físico da convecção. A convecção acontece quando aquecemos muito o ar. Podem se formar em qualquer época do ano, desde que a atmosfera esteja com condições adequadas.

 

 

Para uns são belas, para outros assustadoras, mas sempre fascinantes, imponentes, enormes. Poderíamos dizer que a nuvem cumulonimbus é a verdadeira “musa do verão”.

 

 

O Explicando o Tempo, com Maria Clara Machado ensina como se formam as nuvens convectivas.

 

 

 

 

Você sabe como se formam os raios e como se proteger deles?

 

 

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