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2017 pode ter mais furacões do que a média no Atlântico Norte

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A previsão inicial da NOAA divulgada em 25/5/17 aponta para a formação de 2 a 4 grandes furacões, com categoria 3, 4 ou 5 no Atlântico Norte.

 

 

Junho marca o início da temporada de furacões no Atlântico Norte e no Caribe. Em 2017, o número de tempestades e de furacões deve ficar acima da média, prevê a NOAA - National Oceanic & Atmospheric Administration. Embora tenha ocorrido a formação da tempestade tropical Arlene entre os dias 19 e 21 de abril, o que é raro, o monitoramento de furacões começa oficialmente no dia 1 de junho e vai até 30 de novembro.

 

Previsão para temporada 2017 no Atlântico Norte

A NOAA prevê que há 45% de chance de que o número de furacões no Atlântico Norte e Caribe fique acima da média este ano, 35% de que a quantidade de furacões fique dentro da média e apenas 20% de chance da temporada 2017 ter menos eventos do que a média. Em um ano normal, em média, 12 tempestades chegam a receber nomes e apenas 6 se tornam furacões, incluindo três grandes furacões.

 

Grandes furacões

A previsão para a temporada de furacões de 2017 da NOAA aponta que há 70% de chance de que 11 a 17 tempestades recebam nomes (serão nomeadas), sendo que 5 a 9 se transformem em furacões. A previsão é de 2 a 4 furacões de grande porte, com categoria 3, 4, ou 5 na escala Saffir-Simpson que mede a intensidade dos furacões. Estes números já incluem a tempestade tropical Arlene, um sistema raro que se formou em abril no Atlântico Norte.

 

Influência do El Niño

O desenvolvimento de furacões no Atlântico Norte e no Caribe diminui em anos de El Niño forte e com grande cisalhamento vertical do vento. Cisalhamento do vento é qualquer mudança de direção e/ou da velocidade do vento em uma determinada distância, tanto na horizontal como na vertical. O cisalhamento é forte quando estas variações são grandes, quando há uma grande mudança da velocidade e/ou da direção do vento de um nível de atitude para outro, de um ponto para outro.

 

A previsão da NOAA considera a ausência de um El Niño, ou a ocorrência de um fenômeno fraco no decorrer de 2017, e também que a temperatura superficial das águas do Oceano Atlântico tropical e do Mar do Caribe fique próxima ou acima da média. A água quente é o combustível para um furacão, é o que mantém a tempestade ativa. Um furacão enfraquece se passa sobre águas frias. A NOAA prevê ainda que o cisalhamento vertical do vento nestas regiões fique mais fraco do que a média.

 

Teremos El Niño em 2018?

 

Avanços tecnológicos

Os meteorologistas que fazem o monitoramento de furacões no Atlântico Norte e no Caribe terão um grande aliado na temporada 2017. É o novo satélite geoestacionário GOES-16 que está sendo posicionado num ponto no espaço que vai facilitar e melhorar o acompanhamento das tempestades que se deslocam pelo Atlântico Norte. Um dos instrumentos que será de grande ajuda para os meteorologistas é o sensor de raios do GOES-16. Com os "olhos" do GOES-16, os meteorologistas vão poder ver acompanhar a quantidade de raios que se acumula nas tempestades, o que vai ajudar a perceber um fortalecimento ou enfraquecimento.

Além disso, com GOES-16, as imagens na região de formação de furacões serão muito mais nítidas e em maior número, o que também melhora o monitoramento destes sistemas de tempo severo.

Outro fato que vai ajudar no monitoramento dos furacões este ano é que os meteorologistas do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês), vão poder contar com modelos de simulação atmosférica específicos para furacões mais avançados, com maior resolução. O NHC está, localizado em Miami, na Flórida, um dos estados norte-americanos que está sujeito aos furacões.

 

A temporada de furacões de 2016 foi considerada a mais ativa desde 2012, com 15 tempestades nomeadas, incluindo 7 furacões e 4 grandes furacões. Foi no ano passado que o super furacão Mathew arrasou o Haiti e parte da Jamaica.

No início de agosto, antes do pico da temporada, a NOAA deve atualizar a previsão feita agora.

 

Temporada de furacões no Pacífico

A NOAA também divulgou a previsão para a temporada de furacões para a região de desenvolvimento de furacões do Pacífico Leste e do Pacífico Central. A previsão aponta para uma chance de 80% de que o número de tempestades fique dentro ou até acima do normal em cada uma das duas regiões. Para o Pacífico Leste, a previsão é de 70% de chance de que em 2017 ocorram 14 a 20 tempestades nomeadas, das quais 6 a 11 devem se tornar furacões, incluindo 3 a 7 grandes furacões.

Para o Pacífico Central a previsão é de 70% de chance de formação de 5 a 8 ciclones tropicais, que inclui depressões tropicais, tempestades tropicais e furacões.

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