Últimas buscas

Você não tem nenhuma busca recente.
    1. Clima e Previsão do Tempo
    2. / Notícias
    3. / Mar do Ártico tem menor cobertura de gelo da história

    Últimas buscas

    Você não tem nenhuma busca recente.
    Ícone de alerta
    Alerta anterior Próximo alerta Fechar alerta

    Mar do Ártico tem menor cobertura de gelo da história

    Compartilhar Compartilhe no Whatsapp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter

    4 min de leitura

    Oferecido por

    Em seu ritmo anual de crescimento e derretimento, o gelo que encobre o mar do Oceano Ártico geralmente recua ao longo da primavera. Mas nem toda região derrete igualmente - no final de abril de 2018, a cobertura de gelo do Mar de Bering estava muito abaixo da média para essa época do ano.

     

    Situado na borda norte do Oceano Pacífico, o Mar de Bering se conecta ao Oceâno Ártico por meio do “estreito de Bering” – única conexão existente entre dois oceanos. Quando as bordas de gelo derretem e recuam a cada primavera, elas distribuem água fresca e nutrientes no mar.

     

    Mudanças no tempo e na localização da água de degelo podem afetar as florações dos fitoplânctons que, por sua vez, podem atingir todo o ecossistema de Bering. Entenda como ocorre a floração dos fitoplânctos.

     

    O primeiro mapa abaixo mostra a extensão de gelo no Mar de Bering no dia 29 de abril de 2018, e o segundo serve de comparação com condições consideradas “normais” para o mesmo mês. Todas as áreas brancas tiveram uma concentração de gelo de pelo menos 15% e cobrem uma área total que os cientistas chamam de “extensão de gelo”.

     

    nasa1

    Mar de Bering em abril de 2018 | Foto: NASA

     

    nasa2

    Mar de Bering em abril de 2013 | Foto: NASA

     

    Nesta época do ano, é normal que o Mar de Bering esteja coberto por mais de 500 mil quilômetros quadrados de gelo. Entretanto, no fim de abril deste ano o mar já estava praticamente sem nenhuma camada de gelo. Isso representa um recorde baixo durante a maior parte de 2018 (e assim tem sido assim desde 12 de fevereiro).

     

    A queda da quantidade de gelo no Mar de Bering desempenhou um papel importante na baixa extensão quase recorde em todo o Ártico em 2018. Mas, mesmo antes de atingir a máxima anual, condições incomuns provocaram este cenário durante o inverno de 2017-2018. Um exemplo disso é o congelamento anual, que começou tarde. Com isso, algumas áreas viram pouco ou nenhum gelo em terra firme.

     

    De acordo com uma análise realizada pelo International Arctic Research Center e pela NOAA  - Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, o último inverno trouxe menos gelo para o Mar de Bering do que qualquer outra estação desde a primeira medição, registrada em 1850.

     

    John Walsh, cientista do International Arctic Research Center da Universidade de Alasca Fairbanks, nos Estados Unidos, explicou que o que pode ter causado a quantidade de gelo inesperada no Mar de Bering foi a junção de três fatores: temperaturas acima do normal durante o outono e o início do inverno, a água quente no Mar de Bering e um dos invernos mais tempestuosos dos últimos 70 anos (embora não seja o mais tempestuoso).

     

    beringsea_mas_2013-2018

    Foto: NASA

     

    mapa1

    Fonte: NASA

     

    Na primavera, a extensão de gelo media 61,704 quilômetros quadrados (dia 29 de abril de 2018). A série de abaixo faz uma comparação entre o gelo daquele dia com o das mesmas datas desde 2013. A extensão do dia 29 de abril de 2013 era de 679,606 quilômetros quadrados, próximo à média registrada entre 1981 e 2010 (linha preta no mapa). O gelo no mar no final de abril deste ano era apenas 10% do normal.

     

    Texto: Earth Observatory/NASA

    Tradução: Amanda Sampaio

     

    Notícias Recomendadas

    X

    + mais notícias