Navegue por uma categoria
Categorias
23/05/2018 às 22:30
por Josélia Pegorim
A crise de abastecimento de diesel que o país está vivendo tirou centenas de caminhões das ruas da Grande São Paulo, pois ficaram bloqueados nas rodovias de que são acesso à região da capital paulista.
Sabe-se que a fumaça expelida por caminhões à diesel é uma das principais fontes poluidoras nos centros urbanos, mas tirar parte da frota de caminhões e ônibus de circulação não é garantia de menos poluição em São Paulo.
Por causa da paralisação dos caminhoneiros, que vem causando a falta de combustível, a prefeitura da cidade de São Paulo suspendeu o rodízio municipal de veículos nesta quinta-feira, 24 de maio. Isto vai liberar a circulação de milhares de carros pelas ruas de São Paulo, o que vai deixar o trânsito ainda mais complicado e também aumentar a emissão de poluentes no ar da capital paulista.
A fumaça dos caminhões e ônibus movidos à diesel não é a única fonte poluidora do ar na Grande São Paulo. Tem também a fumaça das indústrias, dos carros e das construções civil, sem contar outros poluentes que são trazidos pelo vento e aqueles que são gerados indiretamente por reações químicas e fotoquimícas que ocorrem naturalmente na atmosfera.
Mesmo diminuindo a quantidade de fontes poluidoras, são as condições meteorológicas que fazem a quantidade de poluentes aumentar ou diminuir. Falta de chuva prolongada e ar parado, com pouco vento, são as condições que mais frequentemente causam o aumento da concentração de poluentes. A poluição dispersa, a concentração de poluentes diminui quando chove e-ou venta. Mas não pode ser só uma garoa. Tem que ser chuva de verdade para fazer uma “faxina” na atmosfera.
Uma frente fria passou pelo litoral paulista nesta quarta-feira, 23 de maio, mas muito fraca. Depois de ter a segunda tarde mais seca deste ano, com apenas 29% de umidade relativa à tarde, a umidade no ar aumentou na Grande São Paulo nesta quarta-feira, pois a frente fria fez o vento marítimo soprar novamente sobre a região, que trouxeram o ar úmido. O Instituto Nacional de Meteorologia registrou 50% às 15 horas.
Nesta quinta-feira, 24, a Grande São Paulo tem muita nebulosidade, mas não há expectativa de chuva. O não fica tão parado e o vento sopra com a fraca a moderada intensidade. Isto vai permitir a dispersão de poluentes e uma melhora relativa na qualidade do ar, que esteve moderada a ruim nos últimos dois dias.
A passagem desta frente fria trouxe um pequeno alívio, mas a situação pode voltar a piorar no fim de semana, quando o ar deve começar a secar novamente. Saiba mais sobre o tempo em SP.
A qualidade do ar foi considerada “ruim” em pontos da Grande São Paulo por dois dias consecutivos, terça, 22, e quarta-feira, 23 de maio, pela medição da CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo.
O que deixou o ar mais poluído na Grande São Paulo nos últimos dois dias foi o aumento de uma espécie de poeira fina que ficou em suspensão, tecnicamente chamada de partículas inaláveis finas ou material particulado fino ou ainda partículas respiráveis. Fino porque o diâmetro destas partículas não passa de 2,5 microns. Um micron é a milésima parte de um milímetro. Qualquer coisa com tamanho de microns é muito, muito pequena.
A poeira muito fina chamada de MP 2,5 é um conjunto de partículas com tamanho de 2,5 microns ou menor. Por ser extremamente fina, o MP2,5 é capaz de vencer a barreira de pelos do nosso corpo, que funciona como filtro natural e barra a sujeira do ar. O MP2,5 é tão fino que os pelos das narinas não conseguem bloqueá-los completamente. Uma vez dentro do nosso corpo, o MP2,5 por ser muito, muito pequeno consegue chegar facilmente aos alvéolos pulmonares, a parte mais profunda do pulmão, desencadeando uma série de processos respiratórios alérgicos, inflamatórios e até infecciosos.
NOTÍCIAS DOS USUÁRIOS
por FLÁVIO SANTOS
28/03/24 às 12:05
por Roberto Meira
28/03/24 às 12:05
CIDADES RELACIONADAS
18°
min
23°
max
15mm / 90%