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02/07/2019 às 15:18
por Josélia Pegorim
Atualizado 02/07/2019 às 21:12
A primeira semana de julho de 2019 é mesmo especial, com muitas emoções meteorológicas e também astronômicas! No fim da tarde desta terça-feira, 2 de julho, ocorre um eclipse total do sol.
O melhor lugar para observar este eclipse foi na estreita faixa em rosa mais forte no mapa abaixo, que passa próxima de Montevideo (Uruguai) e de Buenos Aires (Argentina) e inclui a cidade chilena de La Serena. Esta foi a faixa de visibilidade total do eclipse solar de 2 de julho. Isto significa que quem estava dentro desta pequena faixa viu todas as fases do eclipse, do começo ao fim.
Áreas de visibilidade do eclipse solar total de 2/7/2019
Na faixa com rosa mais escuro, em um determinado momento o disco solar ficou praticamente todo escurecido pela sombra da lua, mas deixando ver uma borda iluminada
Estas imagens são de Franklin Feitosa, que estava no observatório de La Silla, no Chile, no dia 2 de julho.
Foto de Franklin Feitosa, observatório de La Silla, Chile, em 2/7/2019
Foto de Franklin Feitosa, observatório de La Silla, Chile, em 2/7/2019
Veja no esquema abaixo como ocorre o eclipse. Em (A) e (D), que representam a faixa estreita em rosa escuro, a visibilidade do evento é total, do começo ao fim. Nas outras faixas, que estão em outros tons de rosa, e que inclui parte do Brasil, a visibilidade foi parcial como em (B) ou (D).
Como ocorre um eclipse solar
Foto de Maju Coutinho, La Serena, Chile, em 30/6/2019
A maior porcentagem de visibilidade do eclipse solar de 2 julho de 2019 no Brasil foi no sudoeste do Rio Grande do Sul, em cidades na fronteira com o Uruguai. Em Uruguaiana, 82% do disco solar ficou escurecido. Em Quaraí e em Santana do Livramento, esta porcentagem foi de 84%.
Entre as capitais, a maior porcentagem de escurecimento do disco solar foi de 58% em Porto Alegre.
Eclipses não acontecem sozinhos. Tem sempre um perto de outro. Depois do eclipse solar total de 2 de julho vai acontecer um eclipse lunar parcial entre os dias 16 e 17 de julho de 2019.
A Terra, o Sol e a Lua vão se alinharam no fim da tarde de 2 de julho de 2019, com a lua no meio, para o belo jogo de sombras no espaço. Mas daqui da superfície da Terra, a visão do espetáculo dependeu da quantidade de nuvens.
A imagem mostra a nebulosidade real (manchas amareladas, verdes, azuis, vermelhas, alaranjadas) sobre o Brasil às 13h30 de 2/7/2019 captada pelo satélite meteorológico GOES 16 e a projeção de como deve ficar no fim da tarde (círculos coloridos)
Nebulosidade e visibilidade do eclipse solar total de 2/7/2019 no Brasil
Em Porto Alegre, a capital que terá a maior visão deste eclipse, é possível que o fim da tarde teve algumas nuvens, mas que não atrapalharam a apreciação.
Nos estados de Santa Catarina e Paraná, uma cobertura de nebulosidade densa persistiu na hora do evento e a visão do eclipse foi bastante comprometida.
Veja a visão em Cascavel, no oeste do Paraná.
Foto de Marco Silva,Cascavel, PR, eclipse parcial do sol em 2/7/2019
O extremo sul do Rio Grande do Sul, a fronteira com o Uruguai, em grande parte do Centro-Oeste, Rondônia e Acre ficaram com poucas nuvens, como previsto, e puderam ter uma ótima visão do eclipse, mas que foi parcial nestas áreas.
O sul e o leste de Mato Grosso do Sul, o estado de São Paulo, Rio De Janeiro, o centro-sul e leste de Minas Gerais tiveram muitas nuvens médias e altas, que impossibilitaram a observação. Foi o caso de São Paulo, que teria a chance de ver 27% do disco solar escurecido, mas não viu nada porque as nuvens não deixaram.
Palmas, capital do Tocantins, também ficou livre de nuvens e pode ver o eclipse parcial do sol.
Foto de Gleive Marcio Rodrigues, Palmas (TO)
Atenção: Sul do Brasil terá neve no fim da semana!
A tabela mostra o “tamanho da mordida”, que é a porcentagem do disco solar que estará coberta pela sombra da lua em cada capital brasileira, conforme cálculo do site timeanddate.com
Capital (UF) | % de cobertura do disco solar |
Porto Alegre (RS) | 58% |
Florianópolis (SC) | 39% |
Curitiba (PR) | 43% |
São Paulo (SP) | 27% |
Rio de Janeiro (RJ) | 8% |
Belo Horizonte (MG) | 12% |
Vitória (ES) | 0% |
Campo Grande (MS) | 47% |
Cuiabá (MT) | 33% |
Goiânia (GO) | 27% |
Brasília (DF) | 22% |
Porto Velho (RO) | 23% |
Rio Branco (AC) | 33% |
Manaus (AM) | 5% |
Boa Vista (RR) | 0% (não vê nada) |
Macapá (AP) | 0% (não vê nada) |
Belém (PA) | 0% (não vê nada) |
Palmas (TO) | 9% |
São Luís (MA) | 0% (não vê nada) |
Teresina (PI) | 0% (não vê nada) |
Fortaleza (CE) | 0% (não vê nada) |
Natal (RN) | 0% (não vê nada) |
João Pessoa (PB) | 0% (não vê nada) |
Recife (PE) | 0% (não vê nada) |
Maceió (AL) | 0% (não vê nada) |
Aracaju (SE) | 0% (não vê nada) |
Salvador (BA) | 0% (não vê nada) |
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