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Relatório da ONU detalha plano para resolver emergências

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6 min de leitura

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Foto: Unesco

 

O mundo pode transformar sua relação com a natureza e enfrentar as crises simultâneas do clima, biodiversidade e poluição para garantir um futuro sustentável e prevenir futuras pandemias. 

 

Essa é a principal conclusão de um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma. O estudo publicado oerece um plano abrangente para lidar com a “tripla emergência”. 

 

Três crises 

 

A pesquisa explica como avanços na ciência e na formulação de políticas podem abrir um caminho para a realização dos Objetivos de Desenvolvimento SustentávelODS, até 2030 e promover um mundo neutro em carbono até 2050.  

 

Na apresentação do relatório, o secretário-geral, António Guterres, disse que “é hora de reavaliar e redefinir a relação com a natureza”. Para o chefe da ONU, a pesquisa pode ajudar nessa missão.  

 

Guterres contou que, em todo o mundo, os humanos estão degradando o meio ambiente em terra e no mar. Segundo ele, “os governos ainda estão pagando mais para explorar a natureza do que para protegê-la.” 

 

Globalmente, os países gastam entre US$ 4 a 6 trilhões por ano em subsídios que prejudicam o meio ambiente. 

 

Ação 


As três crises exigem ações urgentes de toda a sociedade, incluindo organizações internacionais, empresas, cidades e indivíduos. Para Guterres, “as escolhas das pessoas são importantes.” Cerca de dois terços das emissões globais de CO2, por exemplo, estão direta ou indiretamente ligadas às famílias. 

 

O relatório mostra que a economia global cresceu quase cinco vezes nas últimas cinco décadas, mas a um custo enorme para o meio ambiente global. Ele lembrou que a Terra caminha para mais de 3º C de aquecimento global neste século. 

 

O fardo recai desproporcionalmente sobre as mulheres, que representam 80% dos deslocados devido às alterações climáticas. Mais de 1 milhão dos cerca de 8 milhões de espécies vegetais e animais do planeta estão em risco de extinção. 

 

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Banco Mundial/Lundrim Aliu Países que representam dois terços da poluição global de carbono estão comprometidos neutralidade em carbono

 

 

As doenças causadas pela poluição do ar causam em torno de 6,5 milhões de mortes prematuras todos os anos. E a água poluída mata mais 1,8 milhão, principalmente crianças.  Ao mesmo tempo, 1,3 bilhão de pessoas continuam pobres e cerca de 700 milhões passam fome. 

 

Para Guterres, “a única resposta é o desenvolvimento sustentável que eleva o bem-estar das pessoas e do planeta.” 

 

Soluções 


O relatório aponta várias maneiras de atingir essa meta. Os governos, por exemplo, podem incluir capital natural em medidas de desempenho econômico. Também podem desencorajar a agricultura que destrói a natureza, colocar um preço no carbono e transferir subsídios de combustíveis fósseis para soluções de baixo carbono. 

 

Guterres diz que o resultado final deve transformar a forma como os humanos valorizam a natureza, refletindo seu verdadeiro valor em todas as políticas, planos e sistemas econômicos. 

 

Em 2021, acontece uma série de conferências ambientais internacionais importantes, começando com a Assembleia Ambiental das Nações Unidas. Os Estados Unidos estão de volta ao Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. O secretário-geral disse que, com o compromisso do presidente norte-americano Joe Biden de ter emissões líquidas zero até 2050, os países que representam dois terços da poluição global de carbono estão agora comprometidos com essa meta.  

 

Agora, Guterres diz que é preciso “tornar essa coalizão verdadeiramente global e transformadora.” Segundo ele, o mundo está “ficando sem tempo para limitar o aumento da temperatura a 1,5 graus Celsius e criar resiliência aos impactos que virão.” 

 

 

Investimento 


Com uma grande onda de investimentos para revitalizar as economias durante a pandemia, a pesquisa destaca uma oportunidade para aturar de forma urgente e ambiciosa.  

 

Em comunicado, a diretora executiva do Pnuma, Inger Andersen, disse que “ao mostrar como a saúde das pessoas e a natureza estão interligadas, a crise da Covid-19 revelou a necessidade de uma mudança radical na forma como se vê e valoriza a natureza.” 

A chefe da agência da ONU disse que refletir esse valor na tomada de decisões, sejam pessoais ou políticas, pode “trazer uma mudança rápida e duradoura em direção à sustentabilidade para as pessoas e o meio ambiente.” 

 

Segundo Andersen, “os planos de ‘recuperação verde’ para as economias atingidas pela pandemia são uma oportunidade imperdível de acelerar a transformação.” 

 

Fonte: ONU News

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