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Rio Negro, em Manaus, está a 2cm de igualar a cheia histórica

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Foto: Manaus (AM), região do porto, por Thiago Leiria

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A cheia que atinge o Amazonas neste mês de maio pode chegar a recordes históricos na próxima semana.

 

Em 2021, os rios amazônicos vêm apresentando cotas entre as máximas diárias desde o início do ano e, a partir do mês de abril, cotas de inundação severa ao longo de toda a bacia. Nesta sexta-feira (28), o rio Negro atingiu 29,95m em Manaus (AM). O nível já representa a 2ª maior cheia de toda a série histórica. Faltam apenas 2 centímetros para igualar a maior cheia em 119 anos (29,97m), em 2012.

 

O rio Solimões, em Manacapuru (AM), atingiu 20,73m, nível que representa a segunda maior cheia da série histórica, igualando a cheia de 2012. Como o recorde é de 20,78m (2015), para igualar precisa subir somente mais 5 centímetros.


Em Itacoatiara (AM), a cheia do rio Amazonas já é a 2ª maior, tendo atingido 15,19m. O recorde é 16,04 m, observado em 2009.


O último Boletim de Monitoramento Hidrometeorológico da Amazônia Ocidental, emitido em 21 de maio pelo SGB-CPRM, informa que em Manaus, o rio segue em processo de enchente acelerada, subindo a uma média de 3 cm por dia na última semana.

 

“O impacto desses eventos extremos é especialmente forte na Amazônia profunda, marcada pelas enormes distâncias e o isolamento de comunidades e aldeias. Alguns municípios do interior ficam a mais de 15 dias de viagem de barco a partir de Manaus e algumas localidades estão a mais de quatro dias de viagem a partir das sedes municipais. Essa é uma realidade totalmente distinta do restante do Brasil. As ações de socorro da Defesa Civil nessas áreas são muito mais incipientes e quase sempre abaixo do mínimo razoável. É necessário investir mais em ações de adaptação às mudanças climáticas”, diz Virgílio Viana, superintendente da Fundação Amazônia Sustentável (FAS).

 

Pelo menos dois terços dos municípios do Amazonas já sofrem as consequências da cheia, segundo boletim divulgado no início de maio pela Defesa Civil. Parte dos municípios está em situação de atenção, enquanto outros estão em estado de emergência.

 

Em Nova Olinda do Norte, o rio Madeira já superou a cheia de 2014, que era a maior da história, e mais de 3.000 famílias já foram afetadas. Em Carauari, o rio Juruá também já alcançou um novo recorde histórico e o município está em situação de emergência.

 

Previsão 

 

De acordo com a meteorologista Ana Clara Marques, em junho a tendência é de diminuição das chuvas na bacia Amazônica. 

 

Terceiro alerta
 

O terceiro Alerta de Cheias para Manaus, promovido pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), será transmitido na próxima segunda-feira, 31 de maio. O evento poderá ser acompanhado ao vivo pela TV CPRM no YouTube, às 10h pelo horário de Manaus e 11h pelo horário de Brasília.

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