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Foto: iStock
O dia mundial do rock ficou conhecido em 13 de julho de 1985 por causa show do Live Aid realizado para arrecadar dinheiro para combater a fome na Etiópia.
Como tudo, a meteorologia sempre influencia no tempo e isto impacta diretamente na realização dos eventos. Não apenas em saber se você vai precisar de capa de chuva ou não, ou se vai precisar ficar em alguma área coberta para fugir do sol escaldante, ou levar aquela blusa amarrada na cintura para se proteger do frio.
Fizemos um levante de alguns shows que passaram por situações extremas. Desde apresentações abaixo de zero na Antártica, à show em deserto, tempestade e até mesmo uma performance no meio de um ciclone.
Confira alguns destes shows marcantes, enquanto ouve um bom e velho rock.
Metallica: congelando todos
"Freeze 'Em all" (congelar todos) foi o nome do show que o Metallica deu quando se apresentou na Antártica. Isso mesmo, a única banda do mundo a se apresentar no continente gelado e se tornando a única banda a tocar nos cinco continentes. O evento foi realizado no dia 8 de dezembro de 2013. Embora seja verão no hemisfério sul, convenhamos que não é uma temperatura em que as bandas estão acostumadas a tocar.
Mas.. E o público? Foram os pinguins? Não. A banda norte-americana realizou uma promoção e levou 120 fãs até o continente. Tanto a equipe, banda e o público ficaram em uma espécie de cúpula durante o show que contou com 10 grandes sucessos da banda, entrando assim, para a história, até rendendo um documentário sobre o evento épico.
Red hot chili peppers: um ciclone no meio do show
"1997: o ano do nada". É assim que o vocalista da banda, Anthony Kiedis fala em sua autobiografia sobre como foi o ano de 1997 para a banda. Neste ano, os RHCP fizeram apenas um show no Japão e que foi marcado por um ciclone. Neste mesmo ano, o vocalista tinha sofrido um sério acidente, fraturando o seu punho, imobilizado até o cotovelo, mas isso não o impediu de realizar o evento inusitado.
O show foi no festival do Monte Fuji, no final de julho - quando é comum ter ciclones e tufões no Pacífico.
Saiba o que é um ciclone tropical, subtropical e extratropical
Quando chegaram ao hotel, eles ficaram sabendo da previsão de um ciclone avançando em direção ao Japão e mais, a previsão indicava o ciclone avançando sobre o país justamente na hora em que a banda estivesse no palco. Na manhã do show, a chuva começou e mesmo assim, havia 80 mil pessoas próximo à montanha aguardando o evento, mesmo todos molhados e com muito frio.
Mesmo com algumas pessoas sendo retiradas por início de hipotermia, ninguém do público deixou o local por vontade própria e com os equipamentos funcionando, mesmo com a forte chuva e as intensas rajadas de vento que fizeram algumas pessoas voar do palco. A banda resolveu fazer o show, mas reduziram o set list para apenas 8 músicas.
Lollapalooza e uma tempestade de raios
Um dos maiores festivais de música do mundo chegou em São Paulo em 2012 e foi um sucesso. Outras edições foram realizadas na capital paulista, sendo transferida para o Autódromo de Interlagos. Em 2019 havia 3 dias de shows marcados: 5, 6 e 7 de abril, tendo como bandas principais Arctic Monkeys, Kings of Leon e Kendrick Lamar. Vale lembrar que abril, apesar de ser outono, é comum ter temporais isolados em São Paulo, já que ainda tem um pouco da característica de verão. E este é um risco que os eventos ao ar livre possuem. E com o Lollapalooza não foi diferente.
Conheça a nuvem que provoca as tempestades
Alguns dias antes, havia previsão de forte chuva na Zona Sul de São Paulo e, no dia 6 de abril, a previsão se confirmou. Um forte temporal caiu sobre o Autódromo e, por conta da grande quantidade de raios que estava caindo, colocando a vida do público em risco, a organização do evento resolveu fechar os portões e paralisar todos os shows que eram para ocorrer.
A tempestade começou de tarde, tendo o primeiro show paralisado às 14h20, com os portões sendo fechados às 15h30. Logo após, o corpo de Bombeiros determinou a evacuação do público para áreas mais seguras. Somente às 16h30 que o evento voltou para a sua programação normal, abrindo os portões.
Rock in Rio: calor na cidade maravilhosa
Sem dúvidas o Rock in Rio é um dos festivais mais famosos do mundo. Tendo origem no Brasil e depois, internacionalizado em 2011, retornou ao local de origem: Rio De Janeiro. Para a edição de reestreia do festival, foram escolhidas 6 datas entre setembro e outubro. Mesmo não sendo verão, o começo da primavera pode ser muito quente no Rio de Janeiro, com máximas acima dos 30 °C.
No último dia de festival, em outubro, o sol estava muito forte na Cidade do Rock. Com poucas nuvens no céu, quem ficou na frente do Palco Mundo esperando o show dos Detonautas Roque Clube começar às 18h50 sofreu com o calor. Mesmo quando o sol se pôs, o calor não passou. No penúltimo show do dia (e do festival), da banda norte-americana descendente de Armênios, System Of a Down estava tocando no Palco Mundo, os bombeiros tiveram que socorrer e retirar da pista muitas pessoas que começaram a passar mal por conta do tempo abafado e do aperto.
Desert Trip: um festival no deserto
Em 2016, o co-fundador do festival "Coachella" resolveu fundar outro festival: Desert Trip, na cidade de Indio, Califórnia. O nome do festival faz jus ao local, já que é localizado no meio do deserto do Colorado.
As dificuldades eram muitas: por conta do Clima muito seco de um deserto, o calor é muito intenso durante o dia e com muito frio à noite e pela manhã. Uma maneira de driblar as dificuldades era escolher um período onde as temperaturas não fossem tão extremas. Desta forma foram 6 dias de muito rock no meio do deserto no começo de outubro, outono no hemisfério norte.
Para atrair um grande público para o meio do deserto, um Lineup de peso foi selecionado. Apenas grandes figuras do rock como Bob Dylan, Rolling Stones, Neil Young, The Who, Roger Waters (Pink Floyd) foram escalados, além do grande ex-Beatle Paul McCartney que fez uma grande surpresa ao tocar o sucesso "A Hard Day 's Night".