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Foto: Divulgação/SABESP
O nível operacional do Sistema Cantareira caiu ainda mais em relação aos últimos dias. Na tarde desta terça-feira (5), o principal reservatório que abastece a região metropolitana de São Paulo operava com apenas 29,5% de sua capacidade. O armazenamento tem estado abaixo dos 30% desde o dia 2 de outubro, quando baixou para 29,9% Estes índices são os menores já registrados desde a crise hídrica observada há cinco anos.
De acordo com a escala criada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que mede o volume útil dos reservatórios e classifica a gravidade da situação, quando o nível é igual ou maior que 60% a situação é normal; quando é igual ou maior que 40% e menor que 60%, a situação é de atenção; quando está maior que 30% e menor que 40%, a situação passa a ser de alerta; em restrição, quando é maior que 20% e menor que 30%, mas persistindo dentro desta faixa durante um mês.
O Cantareira, junto com os outros mananciais que abastecem a região metropolitana de São Paulo (Alto Tietê, Guarapiranga, Cotia, Rio Grande, Rio Claro e São Lourenço) operavam, na manhã do dia 5 de outubro, com 37,7% de volume de água armazenado.
Chuva abaixo da média em setembro
Segundo dados da Sabesp, choveu apenas 34,7mm sobre a região do Cantareira em setembro deste ano. Mesmo assim, este é o maior volume de chuva dos últimos dois anos para o mês. A média Climatológica de precipitação para setembro é de 83,2mm.
A queda do nível do reservatório se deve ao volume de chuva abaixo da média em todos os meses deste ano, até o momento.
Outubro terá alívio, mas chuva ainda não soluciona crise
Os primeiros dias de outubro foram marcados por chuva significativa na região metropolitana de São Paulo e, até o fim do mês, a chuva começará a se regularizar no Sudeste.
O nível do sistema Cantareira deve se elevar no decorrer da primavera, o que alivia um pouco a situação da seca. No entanto, a chuva prevista para a estação não será a solução da crise hídrica. Durante a primavera, teremos a influência do fenômeno La Niña, na sua forma Modoki, que ajudará a estimular a chuva. Outubro deve terminar com um volume de chuva acima da média.
A primavera começará com aumento da chuva sobre a região do Cantareira, porém esta tendência não está garantida para o verão de 2021/2022. A influência do La Niña e de bloqueios atmosférico em alguns períodos vai alterar o volume e a frequência da chuva. O verão 2021/2022 terá chuva abaixo da média.
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