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Ações da Eletrobras caem 2,2% em estreia na bolsa

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Baixa é atribuída ao pessimismo no mercado, em meio a temores de recessão nos EUA. Esta foi a única privatização de grande porte realizada pelo governo Bolsonaro, contrariando promessas da campanha eleitoral de 2018

 

No dia da estreia da Eletrobras no mercado de ações, nesta segunda-feira (13/06), as ações da companhia fecharam em baixa, frustrando a expectativa do governo federal após a conclusão do processo de capitalização da maior empresa do setor elétrico brasileiro.

 

A ação ordinária da Eletrobras (ELET3) fechou com queda de 2,2%, a 41 reais. Por sua vez, o recibo de ações (ADR) negociado na bolsa de Nova York (EBRb) recuou 2,29%, a fechando a 7,57 dólares.

 

A baixa, segundo analistas, estaria diretamente ligada ao cenário desfavorável para o mercado de ações, como a queda generalizada no Ibovespa, resultante de um Clima de pessimismo entre os investidores, intensificado pela perspectiva de uma recessão econômica nos Estados Unidos.

 

A privatização da Eletrobras era vista como crucial para a equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro, por ser a única de grande porte realizada em três anos e meio de governo.

 

Até hoje, o governo federal entregou poucas vendas de ativos estatais, apesar das promessas feitas durante a campanha eleitoral de 2018.

 

No início do governo Bolsonaro, foi anunciada uma lista com 17 nomes de estatais que seriam privatizadas, entre estas, os Correios, a Serpro, a Petrobras e uma série de portos pelo Brasil.

 

Expectativa de novos investimentos
Ao contrário de outras grandes vendas de ativos estatais, nenhum investidor, estrangeiro ou brasileiro, assumiu o controle da empresa por meio do processo. O modelo da Eletrobras estabeleceu um teto de direito de voto de 10% em participações individuais.

 

A expectativa do governo é que a privatização da Eletrobras gere mais investimentos no setor elétrico e estimule a oferta de energia no país. No entanto, a lei que viabilizou a privatização deve gerar aumentos na conta de luz dos consumidores nos próximos anos.

 

A e mais de 150 mil quilômetros de linhas de transmissão, e gera emprego para 13 mil pessoas.

Após o processo de capitalização, a Eletrobras deixou de ser controlada pelo governo e passou a ser uma corporação.

 

Isso significa que a Eletrobras poderá ter um grande número de acionistas, sem que nenhum deles possa ter mais de 50% do controle. A nova diretoria e direcionamento administrativo da empresa serão definidos pelo conselho formado pelos acionistas.

 

O Estado brasileiro vai manter a chamada golden share, um tipo especial de ação com poderes maiores para intervir em temas considerados estratégicos, como ao impedir que uma empresa privada possa assumir o controle da empresa ao obter mais de 50% das ações.

 

Possíveis cortes de custos
É possível que o processo resulte em corte de custos, com o objetivo de melhorar a eficiência operacional da Eletrobras.

 

A empresa estará livre dos bloqueios impostos pela lei das estatais na contratação de funcionários e de fornecedores, e terá ainda uma extensão do prazo de concessão das usinas de geração de energia e liberdade para negociar preços e volumes dos contratos.

 

A maior parte dos recursos da capitalização – em torno de 25 bilhões de reais – será destinada para a renovação de contratos de concessões de 22 usinas hidrelétricas em um novo formato, fora do regime de cotas, que bloqueava ganhos de receita.

 

A Eletrobras poderá se beneficiar da dinâmica de preços a partir da venda de energia no mercado, que promete se expandir nos próximos anos com a abertura para novas classes de consumidores.

 

Este conteúdo é uma obra originalmente publicada pela agência alemã DW. A opinião exposta pela publicação não reflete ou representa a opinião da Climatempo ou de seus colaboradores.

 

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