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Várias áreas do Nordeste do Brasil voltaram a ter chuva forte e volumosa esta semana, uma situação parecida com a que ocorreu na virada para 2016 quando uma forte frente fria chegou a Bahia.
Cidades da Bahia e do Piauí estavam entre as que receberam mais chuva entre a manhã do dia 18 e a manhã de19 de janeiro, pela medição do Instituto Nacional de Meteorologia. Em Brumado, na Bahia, choveu 94,6 mm e em Castelo do Piauí, 70,2 mm. A chuva caiu com muita força sobre Canto do Buriti, no Piauí, na manhã e tarde do dia 19 de janeiro acumulando quase 86 mm. Cidades do Rio Grande do Norte, do Ceará, da Paraíba e do Maranhão também foram beneficiadas com grandes volumes de chuva no começo da segunda quinzena de janeiro de 2016.
Embora não tenha chovido de forma generalizada, a chuva forte serviu para revigorar até alguns açudes.
A ZCIT, Zona de Convergência Intertropical, sistema meteorológico que traz chuva para o norte do Nordeste, ainda está pouca ativa. A chuva com nuvens carregadas se formaram devido a atuação de vórtice ciclônico (região de baixa pressão a 10 km de altitude).
Depois de uma primavera de 2015 sob forte influência do fenômeno El Niño, que acentuou a seca no Nordeste, a chuva forte do começo de 2016 é animadora. Janeiro marca o início do retorno da chuva na faixa norte do Nordeste, entre a Paraíba e o norte do Maranhão. Mas em anos normais, o período chuvoso, com chuva frequente, ocorre de fevereiro a maio.
Com esta chuva farta fora de hora, é natural imaginar se ela veio para ficar. O El Niño não vai mais atuar no restante do verão? Tudo está voltando ao normal ou o norte Nordeste ainda sofrerá com mais seca no seu período chuvoso?
Acompanhe a análise do meteorologista Alexandre Nascimento